Síndrome da Ressonância
Vibratória com o Passado
Lembranças sugestivas de uma outra
encarnação, seguramente, fluem de um arquivo de memória que não o existente no
cérebro material, sugerem a evidência de arquivos perenes situados em campos
multidimensionais da complexidade humana, portanto, estruturas que preexistem
ao berço e sobrevivem ao túmulo. O espírito eterno que nos habita, guarda todas
as cenas vividas nas encarnações anteriores. Tudo, sensações, emoções e
pensamentos, com todo seu colorido.
Ressonância vibratória com o passado, são vislumbres fugazes de fatos vivenciados em uma outra equação de tempo e que, em certas circunstâncias, na encarnação atual, emergem do psiquismo de profundidade através de flashes ideoplásticos de situações vividas em encarnações anteriores. A pessoa encarnada não se recorda de vidas passadas porque o cérebro físico não viveu aquelas situações, e, logicamente, delas não tem registro. Nosso cérebro está apto a tratar de fenômenos que fazem parte da existência atual, e não de outras.
Se a ressonância é de caráter
positivo, expressando a recordação de um evento agradável, não desperta maiores
atenções, confundindo-se com experiências prazerosas do cotidiano. Porém, no
caso de uma ressonância negativa, ocorrem lembranças de certas atitudes
infelizes do homem terreno, a exemplo, de suicídios, crimes, desilusões
amorosas e prejuízos infligidos aos outros, podem gerar conflitos espirituais
duradouros. São contingências marcantes, responsáveis por profundas cicatrizes
psicológicas que permanecem indelevelmente gravadas na memória espiritual.
Nas reencarnações seguintes, essas
reminiscências podem emergir espontaneamente sob a forma de "flashes
ideoplásticos" e o sujeito passa a manifestar queixas de mal-estar
generalizado com sensações de angústia, desespero ou remorso sem causas aparentes,
alicerçando um grupo de manifestações neuróticas, bem caracterizadas do ponto
de vista médico-espírita e denominadas – Ressonâncias Patológicas - como bem as
descreveu o Dr. Lacerda.
Uma determinada situação da vida
presente, uma pessoa, um olhar, uma jóia, uma paisagem, uma casa, um móvel, um
detalhe qualquer pode ser o detonador que traz a sintonia vibratória. Quando a
situação de passado foi angustiosa, este passado sobrepõe-se ao presente. A
angústia, ocorrendo inúmeras vezes, cria um estado de neurose que com o tempo
degenera em psicopatia. Estados vibracionais como estes podem atrair parasitas
espirituais que agravam o quadro.
Durante um atendimento, incorporou o
espírito de uma criança. O pai desta criança foi convocado para a guerra e disse
a ela que ele voltaria para buscá-la. O pai morreu em uma batalha. A aldeia em
que moravam foi bombardeada, a criança desencarnou junto com outros. O
doutrinador, naquela encarnação foi o pai da criança. O corpo mental da criança
ficou preso à situação de passado pela promessa do pai e os outros habitantes
da aldeia ficaram magnetizados àquela situação. Todos foram atendidos. O fator
desencadeante: a criança, em sua atual encarnação é dentista e tendo o
doutrinador como paciente.
Fonte:
SBA/SOCIEDADE BRASILEIRA DE APOMETRIA