domingo, 8 de setembro de 2013

PSICOLOGIA TRANSPESSOAL


O Psicólogo Clínico Transpessoal Junguiano

trata o doente e não a doença

O ser humano tende a repetir-se, nos seus comportamentos, nas suas relações afetivas com os outros e consigo mesmo. Muitas vezes estes "afetos" ou tendências que lhe direciona, ou guia sua vida, são imagens, ou referências distorcidas que traz em seu próprio psiquismo. Por exemplo, se traz, uma imagem distorcida de mãe ou pai, pode influenciá-lo nas suas relações com o feminino/masculino. Podem também trazer complexos de rejeição, de inferioridade que geram muita culpa e acabam contaminando qualquer relacionamento. Na prática clínica temos vivenciado, como as criaturas tendem à repetição, aos vícios, às compulsões. Quando falo de vícios, me refiro de uma forma mais abrangente, vícios: de culpa, auto anulação, vitimização, etc.
Gerando uma auto sabotagem inconsciente, parecendo que a criatura busca ser penalizada, por um sentimento de culpa muito grande inconsciente.

Jung propunha que o paciente possui seu próprio "curador interno" e cabe ao analista estimulá-lo a este encontro. Chamou este processo de Individuação, ou seja, a busca do “Eu Interior” ou “Si Mesmo”, para isto, a coragem de confrontar-se consigo mesmo, más num processo de reconciliação e não mais de luta interior, de uma auto sabotagem.

Segundo Jung a doença se instala a partir de imagens distorcidas que o doente traz no seu psiquismo, portanto para buscar sua cura, este doente terá que contrapor novas imagens,  lentamente, substituir as imagens distorcidas, contaminadas, sabotadoras, destrutivas, etc., por novas, amigáveis, saudáveis, estimuladoras, etc. Entendendo, que o curador é interno.

Psicólogo João Januário Martins – CRP: 06/53413
Fonte: http://www.jungpsicologiatranspessoal.com.br/artigos

sábado, 7 de setembro de 2013

CIENTISTA CONFIRMA; MORTE NÃO EXISTE


CIENTISTA CONFIRMA; MORTE NÃO EXISTE


Conceituado cientista na Inglaterra e no mundo, professor universitário, fez pesquisas com médiuns ingleses e confirma: A vida continua depois da morte do corpo físico. O Prof. Fontana, que assistiu à materialização de seres espirituais, deu uma entrevista ao Jornal de Espiritismo nº 6 (Set / Out) da qual retiramos algumas partes. Ora veja! 

Jornal de Espiritismo - O Senhor é o Vice-Presidente da Society for Physical Research, (Sociedade de Pesquisas Psíquicas, de Londres) ? 

David Fontana - Sim, com efeito fui o Presidente Fundador da Society, agora sou o Vice-Presidente e sou também o Presidente do Survival Research Commitee, que se dedica à pesquisa da sobrevivência. 

 JDE- Falando sobre as suas experiências, onde é que elas ocorreram? Em Inglaterra? 

DF- Sim decorreram em Inglaterra. Estamos a falar das investigações levadas a cabo pelo Grupo Scole, acerca da produção de fenômenos físicos, num compartimento especificamente preparado para os cientistas, pois situava-se debaixo do solo, isolado com paredes de tijolos, de modo a que não pudesse haver interferência do exterior. Dois anos de investigação com este grupo, inicialmente uma  vez por mês, durante cerca de três horas, em que tivemos oportunidade de verificar toda uma vasta gama de fenômenos, em condições em que não seria possível haver fraude. 

 JDE- Onde se passou isso? 

DF- Em Scole, Norfolk. 

 JDE- Quando, exactamente? 

DF- Publicamos os nossos relatórios em 1999, tendo a investigação terminado no início desse ano. 

 JDE- O que pensa ser necessário fazer, atualmente, para alterar os veredictos científicos, no que respeita à sobrevivência do espírito como sendo uma realidade comprovada? 

DF- Penso que não há dúvidas, temos evidências suficientes para demonstrar que esses acontecimentos paranormais acontecem. Demonstramos isso em condições inequívocas. O próximo passo é o de demonstrar, para satisfação dos cientistas cépticos, que parecem ser muito difíceis de convencer, que não se trata apenas de possíveis capacidades psíquicas, mas sim que a vida continua após a morte. Aliás, não devemos chamá-los de mortos, porque, na verdade, eles estão bem vivos, uma vez que têm o poder de produzir tais fenômenos. Em complemento, é certo que obtivemos determinadas informações que nenhum dos vivos sabia. Obtivemos comunicações de pessoas que nem sequer conhecíamos, tendo pesquisado e chegado à conclusão que tinham existido e que os detalhes que nos tinham sido fornecidos estavam correctos. Vejamos, nenhum “vivo” possui necessidades emocionais de produzir essa espécie de informação detalhada. Eles não conhecem as pessoas, nem quem são, nada conhecem do seu passado, não têm qualquer ligação com elas, ou qualquer coisa do género e, mesmo assim, a informação é totalmente verdadeira. 

 JDE - Haverá uma revolução no nosso mundo? Acredita que a Ciência criará algum instrumento para detectar as vibrações dos espíritos? 

DF- Bem, os cientistas estão sempre a mudar e o desenvolvimento, agora com a TCI (Transcomunicação Instrumental – comunicação com o mundo espiritual através de aparelhos eletrônicos), sugere, mas sugere fortemente mesmo que, da maneira como estes instrumentos se desenvolvem, poderão ser abertas novas “avenidas” para as comunicações. Estou, na verdade, muito otimista acerca do que pode vir a acontecer com todo este trabalho no âmbito da TCI. A Eletrônica move forças tão rapidamente, que poderemos descobrir, acidentalmente, algum equipamento novo capaz de provocar efeitos muito melhores do que os conseguidos através da gravação em cassete, por fax, computador, etc., através dos quais temos vindo a obter mensagens há tanto tempo! 

 JDE - Bem, mais uma ou duas questões, se me permite: que outras espécies de pesquisas se estão a desenvolver na procura de outras vidas ou de outros mundos espirituais? 

DF- Há muito trabalho em curso, na Inglaterra, na área da mediunidade. Existe uma grande rede de pesquisas acerca da mediunidade mental e física, mas a TCI está muito mais avançada aqui, na parte continental da Europa, do que na Inglaterra. Por exemplo, em França, na Espanha e, em particular, na Itália, está muito mais desenvolvida. Na Inglaterra, a TCI tem sido um pouco relegada para segundo plano mas, por outro lado, a mediunidade tem muito mais aceitação do que na Europa continental e a verdade é que muitos dos grandes médiuns eram ingleses ou americanos. 

 JDE - Pensa que a Física pode ajudar a compreender tudo de que temos estado a falar? 

DF- Sim, penso que a Física é uma ajuda, pelo menos a Física Quântica, porque é uma ciência que estuda a parte mais pequena do mundo, o mundo subatômico; ela reconhece que não existe matéria do modo como sempre a temos compreendido, mas sim que é composta por energia. No pequeno mundo subatômico, o tempo e o espaço agem de forma diferente, por isso as nossas leis físicas, aplicadas a esse mundo, até resultam, se pensarmos num mundo no interior dos átomos ou fora do espaço. Olhando para a astrofísica, encontraremos, de novo, as leis físicas, essas leis que não podem ser quebradas. Assim, há uma linha limite aplicada ao mundo material, mas não ao mundo subatômico e nem ao mundo astral. Há Físicos que já têm a mente aberta a estas ideias e que nos ajudam a reconhecer que a matéria não é aquilo que pensávamos. 

 JDE - Professor está a fazer alguma pesquisa, atualmente? 

DF- Sobre a mediunidade? Sim, estamos a trabalhar com a mediunidade mental e física, na Inglaterra, onde se podem encontrar médiuns muitos bons, pode ter a certeza. 

 JDE - Sabemos que está a preparar um novo livro…. Podemos saber o título? 

DF- Bem, temos um título ainda provisório… O livro sairá no próximo Outono, está na editora. Ainda não decidimos o título final, mas poderá ser: Is there an After Life? (Há uma Vida Depois da Morte?) 
O objectivo do livro é a demonstração das evidências de que há vida após a morte. 

Fonte: Jornal de Espiritismo nº 6, Set / Out 2004, Portugal 
http://www.redeamigoespirita.com.br/profiles/blogs/cientista-confirma-morte-n-o-existe

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Emoções Básicas do Ser Humano


As Emoções Básicas do Ser Humano


Segundo Eric Berne são cinco as emoções básicas do ser humano:

• RAIVA,
• MEDO,
• TRISTEZA,
• ALEGRIA,
• AFETO.

Diante de um estímulo, o nosso corpo reage de acordo com a circunstância e intensidade, desencadeando uma das cinco emoções básicas. Desde a detonação da carga emocional até seu efeito corporal, podemos identificar três tempos da emoção:

• O SENTIR,
• O EXPRESSAR VERBAL,
• O ATUAR CORPORAL.

1º Tempo: O SENTIR
É um processo intrapsíquico. Todo ser humano vem programado para sentir as cinco emoções básicas. É natural e normal que tanto o homem quanto à mulher sintam: Raiva, Medo, Tristeza, Alegria e Afeto. Embora alguns homens garantam que não sentem medo, isto é balela, pode até ser que o processo educacional tenha sido repressor do medo, aliás, veremos adiante que assim começam as emoções de disfarce: proibição de uma emoção autêntica e imposição para que você não sinta o que sente, e sinta o que o outro quer que você sinta.

2º Tempo: O EXPRESSAR VERBAL

É traduzir a emoção por palavras. É humano, e até onde sabemos, somente os humanos têm a possibilidade de exprimir o que estão sentindo através das palavras, é o processo verbal, é o grande diferencial do homem para os demais animais: o poder da palavra. Sendo as palavras símbolos mentais, a expressão verbal é algo de extraordinário na vida humana: a palavra tem o poder de CURAR se expressam de modo adequado, como também podem FAZER ADOECER e até MATAR se expressar de modo inadequado. Há palavras que alegram e as que entristecem, assim como induzir ao medo, a raiva ou podem aclamar, algumas trazem dúvidas ou esperança, outras negam e outras afirmam determinados sentimentos. Enfim, as palavras têm substância e poder, representam o fio de ouro do pensamento, das crenças dos sentimentos.

3º Tempo: O ATUAR CORPORAL

É a expressão corporal das emoções, ou seja, o modo como a emoção sentida ou verbalizada se exprime através da linguagem do corpo. Sabemos que a energia da emoção se espalha por todo o corpo, atingindo determinados setores, e que ao alcançar nossos músculos, as emoções produzem movimentos diversos: finalista e não finalistas, repentino ou calmamente, aproximativos ou separativos, espontâneas ou provocativas.

A TABELA ABAIXO MOSTRA A ESSÊNCIA DO QUE FOI DITO, CORRELACIONANDO CADA EMOÇÃO AOS FATORES: ESTÍMULOS, EFEITOS E CONSEQÜÊNCIAS:

Estímulo (Causa)
Efeito (Emoção)
Conseqüência (Conduta)
Obstáculo
RAIVA
Agressão/Superação/Defesa
Perigo
MEDO
Fuga ou Luta
Perda
TRISTEZA
Paralisação/Recuperação
Conquista
ALEGRIA
Aproximação
Contato
AFETO
Conjugação

AS EMOÇÕES BÁSICAS DO SER HUMANO: RAIVA, MEDO, TRISTEZA, ALEGRIA, AFETO.
EMOÇÃO DA RAIVA:
Induz movimentos violentos de ataque ou de defesa, aumentando a força corporal, gera força e energia para superar obstáculos, todas as vezes que houver ameaça á sua vida, ou condição de vida a raiva se apresenta como defesa natural, uma espécie de força vital. Como não existe uma emoção chamada coragem, a raiva funciona como antídoto natural contra o medo.

FACETAS DA RAIVA:

Agressivo, Crítico, Irado, Histérico, Invejoso, Rabugento, Decepcionado, Chocado, Exasperado, Frustrado, Arrogante, Ciumento, Agoniado, Hostil, Vingativo, Colérico, Sentido, Indignado, Chateado, Revoltado.

EMOÇÃO DO MEDO:
O medo é um impulso, geralmente desqualificado pelos seres humanos. É muito comum nos referirmos ao medo como um impulso negativo, ou até mesmo como uma falha grave ou defeito nas pessoas. O medo nos ensina o respeito ao limite, precisa ser eliminado ou superado, quando ele é ou se torna patológico.

FACETAS DO MEDO:
Tímido, Apavorado, Medroso, Horrorizado, Desconfiado, Incrédulo, Envergonhado, Embaraçado, Afeito, Surpreso, Culpado, Ansioso, Prudente, Indeciso, Constrangido, Modesto.

EMOÇÃO DA TRISTEZA:
Leva a cessão dos movimentos. O medo e a tristeza levam a baixa estima, a tristeza é a negação da alegria. A alegria foi frustrada aparece uma raiva impotente e logo dará lugar a uma tristeza: tristeza por perda real ou condição de vida. O positivo é expressar a tristeza por palavras e gestos, entre em contato com o sentimento e permita-se chorar e ou recolher-se. Você precisa de um tempo para recuperar a energia e avaliar a extensão da perda e se redirecionar para outras emoções: passar a contatar como uma emoção autêntica subjacente e ir fundo nela. Longo período de tristeza leva a depressão, como já dissemos, baixa estima, baixa nos níveis de anticorpos, predispondo o ser a infecção com maior facilidade, é uma das mais perigosas a saúde quando muito prolongada. As modificações corporais provocadas pela tristeza são menos evidentes do que as das demais emoções.

FACETAS DA TRISTEZA:
Triste, Desesperado, Desgostoso, Depressivo, Entediado, Solitário, Ferido, Desolado, Meditativo, Estafado, Retraído, Apiedado, Concentrado, Deprimido, Melancólico, Nostálgico.

EMOÇÃO DA ALEGRIA:
É a emoção mais boicotada, a alegria expande o ego e contagia. A alegria é salutar, é desfrutar a vida com prazer e compartilhar com os amigos, parentes, entes queridos. Ter alegrias por suas vitórias, seus feitos e suas realizações é auto-estima. Os efeitos da alegria são impulsos fortalecedores da energia geral. Sendo a alegria uma emoção contagiante há tendência a aproximação física, toques, abraços afagos.

FACETAS DA ALEGRIA:
Alegre, Contente, Confiante, Feliz, Satisfeito, Animado, Interessado, Deslumbrado, Otimista, Aliviado, Eufórico, Embriagado, Espirituoso, Numa Boa.

EMOÇÃO DO AFETO:
Emoção presente nos estados de amor, em seus diversos rótulos, amor maternal, paternal, filial, fraternal e romântico. O afeto expande a alma engrandecendo-a, correlaciona-se ao prazer, sexo e ao amor, induzindo-nos a uma aproximação física tão grande que permite ou traz proteção e reprodução.

FACETAS DO AFETO:
Amoroso, Apaixonado, Solidário, Malicioso, Deslumbrado, Vidrado, Saudoso, Encabulado, Indiferente, Curioso, Enternecido, Comovido, Esperançoso

Compilado por Maria de Fátima Estimado Corga – Psicóloga - CRP 13521/06, Terapeuta do Instituto Luz 
FONTE: http://www.institutoluz.com.br/artigos/item/128-as-emocoes-basicas-do-ser-humano

REFORMA ÍNTIMA


A CASA MENTAL E A
REFORMA ÍNTIMA SEM MARTÍRIO

“Não podemos dizer que possuímos três cérebros simultaneamente. Temos apenas um que, porém, se divide em três regiões distintas. Tomemo-lo como se fora um castelo de três andares: no primeiro situamos a residência de nossos impulsos automáticos, simbolizando o sumário vivo dos serviços realizados.

No segundo localizamos o domicílio das conquistas atuais, onde se erguem e se consolidam as qualidades nobres que estamos edificando; no terceiro, temos a casa das noções superiores, indicando as eminências que nos cumpre atingir. Num deles moram o hábito e o automatismo; no outro residem o esforço e a vontade; e no último demoram o ideal e a meta superior a ser alcançada. Distribuímos, deste modo, nos três andares, o subconsciente, o consciente e o superconsciente. Como vemos, possuímos, em nós mesmos, o passado, o presente e o futuro.” – André Luiz, capítulo 3, No Mundo Maior, FEB.

Entendendo a casa mental

O estudo deste tema é fundamental em quaisquer assuntos da reforma íntima. É um tema de fácil entendimento e usaremos da ilustração para ajudar a compreensão.

André Luiz fez uma comparação dos níveis mentais com uma casa. O porão é onde guardamos tudo aquilo que poderá nos servir em algum momento. É o armazém ou depósito da mente, denominado pelo autor espiritual como subconsciente, no qual se encontram todas as experiências boas ou infelizes, representando todo o nosso passado desde que fomos criados por Deus. Tudo que nós fazemos é registrado nessa parte da mente.

A parte social da residência é o local no qual mais movimentamos, assim como a cozinha, quarto, sala e demais cômodos mais usados em uma casa. É o nível chamado de consciente e corresponde a todas as operações relativas ao momento presente, constituindo a personalidade atual desde o renascimento na matéria até o momento atual.

O sótão é a parte da casa que mais raramente utilizamos no intuito de relaxar, descansar ou refletir. Representa o superconsciente ou região nobre da mente onde se encontram todos os germens divinos da perfeição, em estado latente. É o nosso futuro.

Na ilustração você pode ver uma relação entre as cores amarelo, branco e preto como sendo superconsciente, consciente e subconsciente e os respectivos andares da casa.

Os três níveis mentais têm correspondência com três áreas da vida cerebral no corpo físico, mas não vamos aqui aprofundar esse aspecto que poderá ser estudado no livro de André Luiz.

Os moradores dos três níveis

Segundo o autor espiritual André Luiz, no subsconsciente mora o automatismo e o hábito. No consciente reside o esforço e a vontade e no superconsciente encontramos o ideal e a meta.
A compreensão dos mecanismos de interação entre estes moradores auxilia-nos imensamente entender como se opera o grande objetivo espiritual da reforma íntima.

Conceituando reforma íntima

Essas três partes da vida mental estão em constante interatividade. Do subsconsciente partem apelos automatizados que foram consolidados ao longo de várias reencarnações e que podem dominar nossas ações, pensamentos e sentimentos. Por exemplo: quem já tenha fumado em outras reencarnações ou tenha desenvolvido o talento de tocar piano terá impulsos para fumar novamente e grande facilidade para aprender piano na presente existência corporal.

Na reforma íntima, como temos que superar muitos impulsos ou tendências do passado é necessário que os moradores do consciente, ou seja, o esforço e a vontade, sejam manejados decididamente para tomar conta da vida mental e escolher com sabedoria o que queremos fazer, pensar e sentir, diante dos ideais de transformação moral. Aqui temos um primeiro conceito de reforma íntima: a ascendência da vontade e do esforço sobre nossos milenares hábitos cristalizados no subconsciente.

O conflito interior nasce dessa luta entre consciente e subconsciente. É preciso muita disciplina para conter os impulsos, nem sempre nobres, dessa parte subconsciente da vida mental.

Outro conceito importante de reforma íntima é o aprendizado de despertar os valores divinos que se encontram adormecidos no superconsciente. Educação é exatamente esse ato de extrair ou colocar para fora os tesouros de nossa divindade que se encontram adormecidos nesse nível.

Todos nós os temos guardado nesse campo da vida mental superior. Por exemplo: quando buscamos a calma, a alegria, a fé e tantos outros patrimônios espirituais, em verdade todos eles já se encontram no superconsciente.

A meditação, a oração, o desenvolvimento da honestidade em relação aos nossos sentimentos, o hábito do auto-amor através do cuidado conosco e o serviço do bem são algumas das muitas formas de acessar essa zona mental nobre, e recolher o conteúdo energético que nos fará sentir o bem-estar de uma vida saudável e plena.

A casa mental e a reforma íntima sem martírio

O estudo da casa mental lança uma luz sobre o tema reforma íntima, porque auxilia-nos a entender que não destruímos nada daquilo que fomos, apenas transformamos para melhor.

O subconsciente não morre, não acaba. Ele faz parte do processo de ascensão do Espírito. Ali estão gravadas as experiências felizes e infelizes e, ambas, serão importantes para seu progresso.

Portanto, focar o conceito da melhoria espiritual ou reforma íntima apenas na ótica de “matar o homem velho” ou exterminar o passado (subconsciente), pode conduzir-nos a um esforço de contenção e disciplina muito acentuado ao ponto de criarmos o martírio.

Mais do que contenção ou repressão, precisamos de educação, isto é, aprender a trabalhar o desenvolvimento das potencialidades que estão no superconsciente. Ninguém faz reforma íntima legítima apenas disciplinando o subconsciente.

É sobre esse ponto que quero refletir com os leitores e amigos no próximo número da revista, quando desenvolverei a parte 2 deste artigo.

Procure fazer um estudo da obra “No Mundo Maior”, de André Luiz e conjugue-a com a obra “Reforma Íntima sem Martírio”, de Ermance Dufaux. Você verá o quanto aprenderá sobre seu mundo mental em favor da construção de uma pessoa nova e melhor a partir de você mesmo.

Fonte:http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1017:a-casa-mental-e-a-reforma-intima-sem-martirio&catid=34:artigos&Itemid=54

SONAMBULISMO


SONAMBULISMO: INDEPENDÊNCIA DO ESPÍRITO
(matéria publicada na Folha Espírita em março de 2005)

A Folha Espírita entrevistou o Dr. José Roberto Pereira Santos (Secretário da AME-Brasil),

reumatologista e médico intensivistado.

Folha Espírita – O que é o sonambulismo?

José Roberto Pereira Santos – A palavra sonambulismo origina-se do latim somnus = sono + ambulare = marchar, passear. O transtorno de sonambulismo diz respeito a episódios repetidos de comportamento motor complexo iniciado durante o sono, freqüentemente durante a primeira terça parte do sono. Nos episódios leves, o indivíduo pode simplesmente sentar-se na cama, olhar em volta ou se remexer no leito. Mais tipicamente, o indivíduo levanta-se da cama, podendo ir ao banheiro, sair do quarto, subir ou descer escadas e mesmo sair de casa. Pode usar o banheiro, comer e falar durante os episódios, que duram, em sua maior parte, de alguns minutos a meia hora. No entender da Medicina, o sonambulismo é tratado como uma parassonia. As parassonias são fenômenos físicos compreensíveis, que acompanham o sono e envolvem atividade muscular esquelética ou mudanças do sistema nervoso autônomo, ou ambas.

FE – E pelo lado espiritual?

Santos – Segundo o conhecimento trazido pelos espíritos (O Livro dos Espíritos, questão 425), o sonambulismo “é um estado de independência do espírito (emancipação da alma), mais completo do que no sonho, estado em que maior amplitude adquirem suas faculdades. A alma tem então percepções de que não dispõe no sonho, que é um estado de sonambulismo imperfeito”. Esta é a descrição do sonambulismo natural, que é um fenômeno produzido espontaneamente. Existem algumas pessoas dotadas de uma organização especial que podem, através de ações magnéticas, entrar em estado sonambúlico, que nesse caso é denominado sonambulismo magnético.

FE – Por que as pessoas que são sonâmbulas levantam, fazem coisas, mas não se lembram de nada depois?

Santos – Uma das características do sonambulismo é que, ao ser despertado do episódio, ou pela manhã, quando acorda, o indivíduo tem amnésia para o episódio. Tal fato não tem uma explicação satisfatória pela ciência médica. De acordo com as elucidações espíritas, no sonambulismo, o espírito está na posse plena de si mesmo. Os órgãos materiais, achando-se de certa forma em estado de catalepsia, deixam de receber as impressões exteriores (O Livro dos Espíritos, questão 425). O sonâmbulo age sob a influência do seu próprio espírito; é sua alma que, nos momentos de emancipação, vê, ouve e percebe, fora dos limites dos sentidos (O Livro dos Médiuns, item 172). No sonambulismo, portanto, o cérebro físico não é envolvido nas percepções do episódio. Quem percebe é o corpo espiritual, e é uma percepção bem mais ampliada do que no sonho, em que as percepções têm a participação do cérebro físico. Como não há registro cerebral das impressões, o indivíduo não se recorda de nada, ao acordar.

FE – Existe alguma semelhança entre sonambulismo e atividade mediúnica inconsciente? Se sim, explique o que acontece com o espírito nos dois casos...

Santos – O sonâmbulo age sob a influência do seu próprio espírito e exprime o seu próprio pensamento, enquanto o médium inconsciente exprime o pensamento de outrem, ou seja, é instrumento de uma inteligência estranha. Segundo O Livro dos Médiuns (item 172), o espírito que se comunica com um médium também o pode fazer com um sonâmbulo. Muitos sonâmbulos vêem perfeitamente os espíritos e os descrevem com tanta precisão quanto os médiuns videntes. Podem confabular com eles e transmitir-nos seus pensamentos (ver item 173 de O Livro dos Médiuns). Nesse caso, pode-se considerar o sonambulismo como uma variedade da faculdade mediúnica, mas não uma mediunidade inconsciente. O processo de sonambulismo magnético, induzido por passes energéticos, é utilizado por alguns grupos mediúnicos, mormente aqueles que têm treinamento com a técnica da apometria (desdobramento magnético), para intensificar as percepções medianímicas dos médiuns.

FE – Ouvimos muito falar que as pessoas sonâmbulas são, geralmente, adolescentes. Isso é verdade? Por quê?

Santos – Não. O sonambulismo ocorre com maior freqüência entre os 4 e 12 anos de idade, e sua ocorrência diminui a partir dos 15 anos, sendo mais raro no adulto. Como causa do sonambulismo no adulto, devem ser afastados alguns distúrbios médicos como: síndrome da apnéia do sono, uso ou abuso do álcool, doença febril, privação do sono, gravidez e medicamentos específicos (carbonato de lítio e agentes com efeitos anticolinérgicos).

FE – Mas há uma explicação sobre o porquê de ocorrer com maior freqüência entre 4 e 12 anos?
Santos – Não li, até hoje, nenhuma explicação para essa ocorrência, mas com o conhecimento espírita entendemos que nada ocorre por acaso e nenhum atributo da alma (nesse caso o sonambulismo) aparece para prejuízo de alguém. Acredito que a ocorrência do processo em crianças é uma oportunidade de aprendizado do espírito, na fase infantil da encarnação (em que se encontra mais influenciável aos exemplos e ensinamentos), nos momentos de maior desprendimento espiritual do sonambulismo, em que pode receber instruções e diretrizes dos bons espíritos para uma melhor evolução.

FE – O sonâmbulo corre riscos? Deve haver sempre alguém por perto? Se sim, por quê?
Santos – Riscos existem. Acidentes como quedas de janelas e de escadas, ou acidentes com objetos pontiagudos ou de vidro podem ocorrer. Não é sempre que os pais percebem as “caminhadas” da criança e, portanto, alguns cuidados devem ser tomados para garantir a segurança do sonâmbulo: evitar o uso de beliches e camas altas, trancar portas que possam levar as crianças para fora de casa, fechar ou colocar grades em janelas, impedir o acesso para escadas e esconder objetos pontiagudos ou que possam machucar as crianças.

FE – Como ficam essas crianças que, durante o sonambulismo, se atiram de prédios, vindo a desencarnar? Não existe proteção espiritual nesse caso?

Santos – A ocorrência de traumatismos durante o sono ocorre geralmente em adultos. Nesses casos deve ser afastada a associação com a ingestão de álcool. Nos casos de crianças é importante recordar que elas são espíritos encarnados com um passado de realizações positivas e negativas. No momento do sonambulismo, estado em que a alma encontra-se mais emancipada do que no sono, a alma desprendida, caso esteja em consonância vibratória com as regiões espirituais inferiores, pode sofrer maior interferência de espíritos obsessores, através de técnicas hipnóticas, que influenciam o espírito do sonâmbulo no comando da atividade mecânica do seu corpo físico, conforme as suas orientações. Por isso, devemos recomendar às crianças sonâmbulas e aos seus pais a prática da oração antes do sono, solicitando a proteção dos bons espíritos, bem como uma vivência familiar diária, baseada em uma orientação cristã. O culto evangélico no lar, qualquer que seja a orientação religiosa da família, é um excelente instrumento de equilíbrio familiar, colaborando de forma positiva para uma melhor ambiência em que vive o sonâmbulo.
FONTE: http://www.amebrasil.org.br/html/duv_sonamb.htm