domingo, 20 de novembro de 2011

SÍNDROME DO PÂNICO


SÍNDROME DO PÂNICO

(Valdeniza Sire Savino)

De acordo com a Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10 (Descrições clínicas e diretrizes diagnósticas): Transtorno de pânico (ansiedade paroxística episódica).

 Os aspectos essenciais são ataques recorrentes de ansiedade grave (pânico), os quais não estão restritos a qualquer situação ou conjunto de circunstâncias em particular e que são, portanto, imprevisíveis. Assim como em outros transtornos de ansiedade, os sintomas dominantes variam de pessoa para pessoa, porém início súbito de palpitações, dor no peito, sensações de choque, tontura e sentimentos de irrealidade (despersonalização ou desrealização que é a sensação de que o ambiente está estranho, não familiar) são comuns. Quase invariavelmente há também um medo secundário de morrer, perder o controle ou ficar louco.

Os ataques individuais usualmente duram apenas minutos, ainda que às vezes sejam mais prolongados; sua freqüência e o curso do transtorno são, ambos, muito variáveis. Um indivíduo em um ataque de pânico freqüentemente experimenta um crescendo de medo e sintomas autonômicos, o qual resulta em uma saída, usualmente apressada, de onde quer que ele esteja. Se isso ocorre numa situação específica, tal como em um ônibus, metrô ou em uma multidão, o paciente pode subseqüentemente evitar aquela situação. De modo similar, ataques de pânico constantes e imprevisíveis produzem medo de ficar sozinho ou ir a lugares públicos. Um ataque de pânico com freqüência é seguido por um medo persistente de ter outro ataque.

Para um diagnóstico definitivo, vários ataques graves de ansiedade autonômica devem ter ocorrido num período de cerca de um mês: em circunstâncias onde não há perigo objetivo; sem estarem confinados a situações conhecidas ou previsíveis e com relativa liberdade de sintomas ansiosos entre os ataques (ainda que ansiedade antecipatória seja comum).
Segundo a psiquiatria, não existe uma causa evidentemente originária para este transtorno. Alguns pesquisadores sugerem o fator genético com alta carga de preponderância e, o excesso de serotonina no Sistema Nervoso Central. Joanna de Ângelis, através da psicografia de Divaldo Pereira Franco, na obra “Amor, imbatível amor”, nos diz que existe uma série de fatores predisponentes:


“Entre os primeiros se destacam os fatores que se responsabilizam pela fragilidade psíquica e pela ansiedade de separação. Tais fatores genéticos facultam o desencadear da predisposição biológica para a instalação do distúrbio do pânico. Por outro lado, os conflitos infantis, geradores de insegurança e ansiedade, facultam o campo hábil para a instalação do pânico quando se dá qualquer ocorrência direta, ou indireta, que se responsabiliza pelo desencadeamento da crise”.

Continua: “O distúrbio do pânico encontra-se enraizado no ser que desconsiderou as Soberanas Leis e se reencarna com predisposição fisiológica, imprimindo nos gens a necessidade da reparação dos delitos transatos que permaneceram sem justa retificação, porque desconhecidos da Justiça humana, jamais porém da divina e da própria consciência do infrator. Por isso mesmo, o portador de distúrbio do pânico não transfere por hereditariedade necessariamente a predisposição aos seus descendentes, podendo, ele próprio não ter antecessor nos familiares com essa disfunção explícita”.

Através desse esclarecimento, lembramos que na estrutura de energia do Perispírito (laço que une o Espírito ao corpo físico, constituído de matéria hiperfísica), se localizam os distúrbios nervosos, que se transferem para o campo biológico e que procedem dos compromissos negativos das reencarnações passadas, por tratar-se de um organismo vivo e pulsante, sendo constituído por trilhões de corpos unicelulares rarefeitos, muito sensíveis que imprimem nas suas intrincadas peças as atividades morais do Espírito, assinalando-os nos órgãos correspondentes.


É necessário, para o tratamento desse transtorno o atendimento multidisciplinar:
- Médico (psiquiátrico), pois como foi possível observar, o paciente apresenta uma disfunção fisiológica, uma vez que o Perispírito ativou um desequilíbrio nos componentes químicos do cérebro, e através da medicação, serão administradas substâncias químicas, restabelecendo-lhe o equilíbrio fisiológico.


- Psicológico, que trará ao indivíduo, através das diversas abordagens terapêuticas, o conhecimento de si mesmo, a análise e resolução das situações traumáticas ocorridas, assim como dos diversos fatores internos e externos desencadeantes dos desequilíbrios emocionais.


Conjugando-se a Psicologia aos ensinamentos e esclarecimentos da Doutrina Espírita, complementa-se de maneira ideal o entendimento do Ser Humano como uma totalidade em todos os seus aspectos: social, biológico, psicológico e espiritual, conscientizando-se, enquanto Ser Eterno de ser ele mesmo o artífice da sua caminhada.

- Assistência espiritual, que assume fundamental importância, pois traz como objetivos primordiais, as técnicas (por ex: entrevista, palestras evangélico-doutrinárias e fluidoterapia), que se desenvolvem para atender as pessoas, que buscam nas casas espíritas o alívio e a cura para os males que vivenciam em determinados momentos da vida.


Espero ser esta pequena contribuição esclarecedora quanto à necessidade dos tratamentos associados no quadro do transtorno do pânico, depressão, estresse, assim como tantos outros.


VALDENIZA SIRE SAVINO, psicóloga clínica licenciada em pedagogia, expositora espírita e diretora de ensino e psicologia do Centro Espírita Elos de Amor e também da assistência psicológica do Grupo Espírita Geam, ambos localizados na Zona Norte da cidade de São Paulo.

Fonte: http://www.irthomas.com.br/reportagens_arquivos/sindrome_do_panico/sindrome_do_panico.htm

MEDICINA RECONHECE OBSESSÃO ESPIRITUAL



CÓDIGO INTERNACIONAL DE DOENÇAS (OMS) INCLUI INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS - MEDICINA RECONHECE OBSESSÃO ESPIRITUAL
Por Dr. Sérgio Felipe de Oliveira*

A obsessão espiritual como doença da alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito.
No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.

Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral: iológico, psicológico e espiritual.
Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado de transe, que é um item do CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obcessora.

O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.

Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual.
Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.

O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.
Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, que coordena a cadeira (HOJE OBRIGATÓRIA) de Medicina e Espiritualidade.

Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.
Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.

Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).
Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.

*Dr. Sérgio Felipe é médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP.
Fonte: http://www.febnet.org.br/site/noticias.php?CodNoticia=903

domingo, 6 de novembro de 2011

Fenômenos de desdobramento


                                            Fenômenos de desdobramento

De uns tempos para cá, venho tendo muita falta de ar, dores no peito e palpitações, mas, sempre que isso ocorre, normalmente três dias depois, acontece algo trágico. Há aproximadamente um ano, sempre quando estou dormindo, sinto meus pés ficarem gelados e, depois disso, meu corpo inteiro trava, não conseguindo me mexer de jeito algum e nem abrir olhos. Mesmo assim, sei de tudo o que acontece ao meu redor, consigo escutar e enxergar. Há pouco tempo, enquanto dormia, senti como se uma pessoa me desse um beijo na testa. Quando abri os olhos, vi minha avó, falecida há oito anos, saindo do meu quarto, toda vestida de branco. Logo em seguida, meu corpo gelou inteiro e novamente fiquei com ele todo travado. Todas as vezes que isso acontece, sempre acabo sonhando com a minha avó, tentando me dizer alguma coisa. Da última vez, ela me perguntou se eu queria saber o porquê de estar acontecendo aquilo comigo, e eu disse que sim. Mais uma vez ela voltou a perguntar, com voz firme, e afirmou que mais tarde eu ficaria sabendo! Todas as vezes que isso acontece tudo volta ao normal quando começo a rezar o Credo. O que quer dizer tudo isso? (Suzana dos Santos Pereira, Ilhabela – SP)


Querida Suzana,

Os fenômenos psíquicos, ou extrafísicos, estão além da capacidade de compreensão das pessoas em geral e mesmo das religiões, ainda que tenham formado a base de todas as revelações proféticas e também do Espiritismo.

O que tem acontecido com você, querida irmã, é o que chamamos de desdobramento do perispírito (ou corpo astral, segundo muitos). Isso acontece porque nossa constituição mais íntima vai além do corpo físico e alcança a alma, que nada mais é que o espírito eterno ligado a um envoltório fluídico, semimaterial, chamado perispírito.

No sono fisiológico, normal, o perispírito deixa o corpo físico, como envoltório do espírito, carreando consigo nossa essência eterna. E nosso cérebro registra esse desdobramento como sonhos, mas as lembranças nem sempre são claras. No desdobramento do perispírito, geralmente induzido espontaneamente ou, em casos especiais, por algum espírito, o cérebro mantém a consciência, e a saída do perispírito do corpo físico é registrada lucidamente, acompanhada de sensações físicas, geralmente muito agradáveis, mas um tanto incomuns, a ponto de assustar quem não tem o chamado costume com esses fenômenos, que você registrou muitas vezes como “tranco no corpo”.

Fatores físicos podem predispor ao desdobramento do perispírito, como estresse e fadiga física excessiva, estados febris, algumas doenças toxêmicas que causam febre alta, entre tantas coisas. Substâncias químicas também provocam esses fenômenos.

Recomendamos a você a prática regular da oração e a dedicação de poucos minutos na semana para a leitura e comentário do Evangelho, seguida de oração sincera e a certeza de que você está amparada por amigos espirituais leais e dedicados, entre eles, seu anjo da guarda.

Também recomendamos que você estude sobre mediunidade e desdobramento, que é exatamente o que acontece com você quando vê sua avó. Leia O Livro dos Médiuns e O Livro dos Espíritos, capítulo VIII, de Allan Kardec, assim como O Dom da Mediunidade (também em DVD), de Marlene Nobre.

Que Jesus nos abençoe sempre.
Seu servidor em Cristo,
Jorge Cecílio Daher Júnior
Associação Médico-Espírita de Goiás
FONTE:Folha Espírita
http://www.folhaespirita.com.br/v2/node/85?q=node/91

A Angústia Interior


                                          A Angústia Interior

Por Pedro Valiati

 No início de maio foi judicialmente reconhecido no Brasil todos os direitos relativos à união homossexual. Entre apoio e protestos, tal lei demonstra a maturidade de uma sociedade em aceitar a minoria, motivando o exemplo para muitos e reflexão para outros tantos

 Recorramos a Carl Gustav Young, apenas para fomentar e iniciar a nossa reflexão de hoje.

“Que eu faça um mendigo sentar-se à minha mesa, que eu perdoe aquele que me ofende e me esforce por amar, inclusive o meu inimigo, em nome de Cristo, tudo isto, naturalmente, não deixa de ser uma grande virtude. O que faço ao menor dos meus irmãos é ao próprio Cristo que faço. Mas o que acontecerá, se descubro, porventura, que o menor, o mais miserável de todos, o mais pobre dos mendigos, o mais insolente dos meus caluniadores, o meu inimigo, reside dentro de mim, sou eu mesmo, e precisa da esmola da minha bondade, e que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar.”

 No início de maio foi judicialmente reconhecido no Brasil todos os direitos relativos à união homossexual. Entre apoio e protestos, tal lei demonstra a maturidade de uma sociedade em aceitar a minoria, motivando o exemplo para muitos e reflexão para outros tantos.

Apenas de forma elucidativa, muito mais aproveitando a oportunidade, vejamos o que o Livro dos Espíritos nos traz acerca do homossexualismo:

 202. Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?

 “Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar.”

 Comentário de Kardec: Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres, porque não têm sexo. Visto que lhes cumpre progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhes proporciona provações e deveres especiais e, com isso, ensejo de ganharem experiência. Aquele que só como homem encarnasse só saberia o que sabem os homens.

Portanto, OLE deixa de forma clara e patente que a homossexualidade não passa de experiência necessária ao espírito, seja como prova ou expiação. Naturalmente, que o espírito encarnado por diversas oportunidades em um pólo sexual estranhará o novo “habitat” do espírito, em polaridade invertida. Isso traz à tona as diferenças no proceder e principalmente no sentir e, consequentemente, no agir. Portanto, a homossexualidade não é doença, é apenas uma experiência, um aprendizado necessário aos olhos de Deus. Nosso papel é respeitar-lhes as escolhas. Por vezes, a encarnação em corpo inverso à bagagem espiritual é prova duríssima, atentemos para não dificultar-lhes a jornada, transformando o respectivo aprendizado em prova ainda mais dura. Tal ato reveste-se em pura falta de caridade. Sendo mais abrangente na questão, há muito as minorias vem sofrendo. O Brasil não é exceção. São ações e declarações homofóbicas incitando a raiva, atos de violência a indígenas e moradores de rua, queimando-os em puro ato de vandalismo e barbárie. Em uma escala bem menor de hediondez, o próprio bullying, palavra da moda, também é verdadeiro exercício contra a cidadania, a amizade. A definição de preconceito já não cabe mais para esses casos, é preciso ir além. Necessário se faz analisarmos os nossos conflitos interiores, pois, por trás de atos de violência injustificáveis contra o próximo pode estar o puro reflexo da miséria moral.

Podemos classificar como conflito toda e qualquer querela não resolvida, situação ainda a inflamar a raiva, a ira, a revolta em nós. Quando não aplicamos a dose diária de tolerância nas situações não resolvidas, estas crescem, viram conflitos, irritação crônica, revolta com o mundo. Em algumas mentes doentes cria-se uma enorme necessidade de extravasar para todos a revolta sentida, como uma metralhadora giratória, uma missão na qual acham-se investidos. Mentes adoecidas, entorpecidas pelo sofrimento interior. Descontam as próprias frustrações em forma de violência contra as minorias. Preocupam-se demais em atacar as angústias alheias por não terem forças e nem coragem de lutar contra as respectivas. Eis o motivo dos ataques covardes, a covardia moral em olhar para si, resolver os próprios conflitos. Naturalmente, que me refiro aos atos mais extremistas, os quais passam dos limites da justiça.

Entretanto, interessante se faz a reflexão de todos acerca do respectivo comportamento, as irritações crônicas, as mágoas infindáveis, as frustrações na família e no trabalho, a revolta excessiva em relação às notícias cotidianas. Todos esses podem ser reflexos de angústias mal resolvidas, necessitadas do tratamento da reflexão e do auto-amor, em forma de tolerância. Para o mau humor e irritação eterna, naturalmente, é mais fácil culpar o mundo. Por vezes, quando vasculhamos o nosso íntimo, verificamos que as maiores revoltas e mágoas se encontram latentes em nós. Impossível conviver bem, se a matriz, o espírito, a consciência está doente. Como disse Jung, o maior inimigo pode estar dentro de nós e este necessita de altas e pacientes doses de amor.

FONTE: Correio Espírita
http://www.correioespirita.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=843&Itemid=48