O Fenômeno da Dupla Personalidade
Estudado principalmente
pela psicologia, pode estar associado com uma influencia espiritual intensiva,
que pode ser um processo obsessivo por subjugação, fazendo com que o espírito
de um desencarnado assuma temporariamente o controle sobre o encarnado, atuando
sobre o seu sistema nervoso e o seu perispírito. Mas pode ser também a
exteriorização de lembranças espontâneas de outras existências, que de tão
fortes, fazem com que a pessoa assuma temporariamente determinada personalidade
vivenciada em outra encarnação. Movida por um distúrbio psicológico, passa a
agir como agia antes, naquela existência, apresentando a personalidade passada.
Há casos em que um indivíduo pode sofrer um processo de dividir – se em
personalidades que podem repentinamente se manifestar. Do ponto de vista
psíquico, esse fenômeno pode ser chamado de ” subpersonalidades “, por tratar –
se de um fenômeno que ocorre com a mesma pessoa, mas que apresenta
manifestações próprias e diferenciadas, como se fossem de outra pessoa.
Sob a ótica espírita, a pergunta é: Trata – se ou
não de um outro espírito habitando o mesmo corpo ? Leon Denis, no livro ” O
Problema do Ser, do Destino e da Dor “, nos esclarece: ” Em certo casos, vê –
se aparecer em nós um ser muito diferente do ser normal, possuindo não só
conhecimentos e aptidões mais extensas que as da personalidade comum, mas, alem
disso, dotado de modos de percepção mais poderosos e variados. Às vezes, mesmo
nos fenômenos de segunda personalidade, o caráter se modifica e se difere de
tal fomra do caráter habitual, que tem havido observadores que se julgaram na
presença de um outro individuo “.
Se enxergamos o fenômeno mediante a compreensão
espírita de que somos a soma de nossas experiências passadas, poderemos chegar
à conclusão de que sofremos a interferência do que já fomos ou fizemos em
outras experiências na carne em nossa atual encarnação, que podem se fazer
presentes quando alguns fatos nos remetem a medos e traumas antigos. Para Jung,
um trauma nunca desaparece, apenas torna – se, ao longo dos anos (e de nossas
existências), mais conhecido de nós mesmos.
Trazemos em nós muitas pessoas, e todos esses ”
eus ” possuem capacidades e atributos que podem nos ajudar em nossa evolução;
isso quando temos a consciência de utilizar essas qualidades para favorecer a
nossa atual vivencia.
O fenômeno das múltiplas personalidades,
psicopatologias e possessões, pode ser um sintoma de que o individuo não se
encontra bem, e que esse espírito não se encontra bem, e que esse espírito pode
se encontrar gravemente doente. Nesse caso, é necessário avaliar cada
personalidade que se manifesta. O mais importante é saber diferenciar a
manifestação de nossas vivencias passadas, de um quadro distúrbio psíquico mais
grave. Saber aproveitar essas manifestações é integrar as antigas experiências
ao nosso Espírito, fazendo com que a cada encarnação possamos ser uma alma
muito mais evoluída e experiente.
Fone: Revista Espiritual de Umbanda
http://estudoreligioso.wordpress.com/2008/10/16/o-fenmeno-da-dupla-personalidade/