NASCIMENTO DE JOÃO BATISTA
Na importância transcendental do trabalho de Jesus na Terra, encontram-se ascendentes na assistência do Plano Superior, desde os Profetas Maiores e Menores, dos quais falam os teólogos, até o grande Precursor, a voz da verdade que clamou no deserto árido dos espíritos humanos conturbados.
Hoje, ainda, o Consolador; porta-voz do Senhor, testemunha fiel do Precursor, caminha pelos desertos da vida, sem descanso, oferecendo trabalho fraterno e evolução, amparando e fortalecendo os ensinamentos do Mestre.
João Batista era filho de Zacarias, um sacerdote da Judéia, e de Isabel (Elizabeth), parente próxima de Maria, mãe de Jesus.
"E eram ambos justos perante Deus" (Lc 1:5-6). Segundo o testemunho, o anjo Gabriel anunciou a Zacarias o nascimento de João "com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto" (Lc 1:11-19). Isabel era estéril e de idade avançada, então Zacarias duvidou do aviso do Anjo e, por isso, ficou mudo por uns tempos.
Esse anúncio foi solenemente feito no Templo de Jerusalém, em dia em que era Zacarias quem fazia as oferendas.
Quando completou-se o tempo (Lc 1:57), Isabel deu à luz um filho; Zacarias, cheio de júbilo, disse que se chamaria João e, imediatamente, recomeçou a falar, louvando a Deus (o Cântico de Zacarias: Lc 1:67-79).
"E a mão do Senhor estava com João" (Lc 1: 66).
João cresceu cheio de virtudes, morrendo seus pais, pensa-se que passou a viver em um santuário essênio, sendo iniciado em seus ensinamentos. Mas, os manuscritos de Qumrã não se referem a ele.
Pelo testemunho de Jesus, João Batista foi Elias, Profeta maior, em vida anterior (Mateus, 11:14-15 e 17:10-12).
A PREGAÇÃO. (Lc 3:7-18)
Às margens do Rio Jordão, em Betânia, João Batista prega que "toda carne é como erva (vida efêmera) e toda a sua beleza, como as flores do campo (fenecem e caem), mas a palavra de Deus subsiste eternamente".
João alertava para a vinda próxima do Messias e insistia no preparo da Penitência, através do Batismo e do arrependimento (Mt 3: 11).
"Preparai o caminho do Senhor; endireitai as suas veredas ... ". Para o refazimento espiritual é necessário endireitar os caminhos morais, aprimorando os impulsos mentais com humildade e paciência.
Ao ver muitos saduceus e fariseus procurá-lo, clamava, "Raça de viboras quem vos ensinou a fugir da ira futura (reação da vida)? Produzi frutos dignos de arrependimento, advertindo que o arrependimento para ser sincero e válido deve ser profundo e profícuo, sofrido e renovado. A fé sem, boas obras é morta".
Anunciava a Jesus, dizendo: "Aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas alpercatas não sou digno de desatar; Ele vos batizará com o espírito e com o fogo" (Mt 3:11; Lc 3:16).
Seu batismo tinha o significado de um compromisso de mudança interior de vida (Reforma Intima).
Em sua pregação resumia, como Jesus mais tarde, a obra fraterna: (quem tem duas túnicas) reparta com o que não tem e quem tiver alimentos, faça o mesmo" (Lc 3: 11).
- "A ninguém tratai mal, nem defraudeis", significando a máxima de Jesus "fazei ao próximo o que quereis que vos façam".
- Tudo o que se faz é supervalorizado, em virtude dos interesses terrenos. O orgulho, a vaidade e o egoismo adornam a cabeça dos vendilhões da paz. A insatisfação é o alimento dos desajustados de si mesmos.
- O homem firme sabe o que deve fazer na busca da sua evolução material e espiritual, aproveitando o esforço nas oportunidades e iniciativas, com dignidade e respeito pelos semelhantes.
- Todos estes eram preceitos conhecidos e seguidos pelos Essênios.
O BATISMO DE JESUS E O TESTEMUNHO DE JOÃO BATISTA (Lc 3:21-22; Mt 3:13-17; Mc 1:9-11; Jo 1:32-34)
No tempo certo, Jesus desceu da Galiléia ao Rio Jordão, onde estava João Batista. Este ao vê-lo, disse: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do Mundo" (Jo 1:29), e não queria batizá-lo por não se achar digno disso. Jesus porém respondeu: "Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir a justiça" (as profecias).
Jesus se submete ao batismo como um acontecimento que objetivava identificar a sua personalidade, assumindo, então o seu ministério messiânico em cumprimento da justiça perfeita de Deus: justiça com misericórdia.
"É necessário que ele cresça e eu diminua" (Jo 3: 30). Fazendo-se pequeno e humilde o homem é atraído pela grandeza do coração manso e meigo de Jesus. Quanto mais elevado o homem construir o santuário do Pai em seu coração, mais será atraído e absorvido por forças espiritualizantes.
Quanto mais a mensagem de Jesus crescer no coração do homem, mais ele terá diminuído os defeitos que dormitam em sua alma, crescendo assim na qualidade dos sentimentos e da inteligência como HOMEM NOVO LIGADO AO CRISTO.
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