J. S. GODINHO
O PERISPÍRITO E AS PERSONALIDADES PSÍQUICAS
O Perispírito (Corpos Sutis), base de estudo para o trabalho da Apometria e “Personalidades Psíquicas”, base de estudos para a Terapêutica das Personalidades Múltiplas, ou o Desdobramento Múltiplo.
Os “Corpos Sutis” já são conhecidos do espiritualistas há séculos e foram estudados por várias escolas iniciáticas, dentre elas a teosófica, mas não as personalidades psíquicas, que foram estudadas por terapeutas, psicólogos e psiquiatras. Independentemente do que as escolas estudaram e descobriram, nenhuma é detentora de todo o conhecimento ou da verdade absoluta. Apenas, esta ou aquela escola avançou mais, estudou ou teorizou sobre uma pequena parte desse conhecimento e dessa verdade.
Uma escola iniciática é, tão somente, uma instituição que agrega determinado grupo de pessoas simpáticas a uma idéia, ou a um conjunto de idéias e postulados. É um agrupamento de adeptos ou discípulos de um determinado “mestre” que prega um contexto filosófico, científico, religioso ou artístico, como, por exemplo, a própria escola apométrica criada pelo Dr. Lacerda.
Apenas para nos situarmos no contexto, podemos dizer que a escola apométrica segue as pegadas de antigas escolas tais como a vedantina, iniciatismo egípcio (Mistérios Tebanos e Menfíticos), Zend Avesta, Cabala Hebraica, os sistemas espiritualistas industânicos e as concepções dos antigos centros iniciáticos greco-romanos.
Seguem pelo mesmo caminho os sistemas utilizados pelas correntes neo-espiritualistas contemporâneas: a Teosofia, o Rosacrucianismo, a Antroposofia, o Martinismo, etc. Em todas, perfilham o setenário humano como modelo do complexo homem-espírito, Agregado Humano ou Agregado Perispiritual.
Stanislaus de Guaita, um dos mais eruditos e profundos ocultistas contemporâneos, tentou estabelecer uma classificação baseada no setenário, a fim de unificar os ensinos da Cabala com o Ocultismo oriental e ocidental. Sua classificação definiu que o espírito puro é revestido pelos seguintes corpos: 1º corpo, o (Átma); 2º a alma inteligente e espiritual (Corpo Búdico); 3º a alma passional, lógica e compreensiva (Corpo Mental Superior); 4º a alma instintiva e impulsiva (Corpo Mental Inferior); 5º o corpo astral (Corpo Astral); 6º o corpo fosforescente (vitalidade), (Duplo Etérico); 7º o corpo material (sarcossoma), (Corpo Físico). Na realidade, a mesma classificação catalogada por Dr. Antonio J. Freire, em quem Dr. Lacerda também se baseou. Essa é a composição setenária do homem, utilizada na Apometria, base fundamental de todo o esoterismo do oriente e da Grécia antiga, e representa apenas um desdobramento do bloco intermediário do ternário clássico (Corpo, Perispírito e Espírito). Por ser baseada nesse contexto ainda desconhecido, os postulados da Apometria são discutíveis e difíceis de serem provados, pelo desconhecimento atual sobre os elementos em que se baseiam, e pela falta de fundamentação concreta, comprovável, objetiva. Basta ver o que dizem os espíritos sobre o assunto. Miramez explica na obra “Horizontes da Mente”, 8ª edição, Fonte Viva, página 186/187, que “o estudo dessa organização que chamais de perispírito, ou corpo espiritual, (...) é realmente fascinante. (...) Sua perfeição é muito maior que a do corpo fisiológico (...). Todos os corpos não passam de simples vestes do espírito imortal e de consciência permanentemente viva (...). (...) O mundo espiritual vai revelar aos homens a engrenagem do corpo bioplasmático da alma (...) e sua engenhosa feitura. As leis que ele obedece são as mesmas que regem o corpo físico (...)”.
Ramatis, em seu livro “Elucidações do Além”, psicografia do professor Hercílio Maes, editado pela antiga editora Freitas Bastos, fala do setenário e sua complexa e inimaginável estrutura com muita propriedade. No capítulo Elucidações sobre o Perispírito, página 70, ele refere: “Assim, o simples fato de o perispírito abranger o corpo mental, que é a fonte do pensamento e o corpo astral, que dá vida aos desejos, sentimentos e emoções humanas, ele já se revela um instrumento inconfundível e de assombrosa complexidade, (...)”.
Em “Chama Crística”, Ramatis, pela psicografia de Norberto Peixoto, informa:
“A centelha que está em vós, o espírito eterno, tem vários mediadores ou corpos vibracionais. O mais denso, lento e pesado é o corpo físico, verdadeiro fardo sobre as potencialidades plenas da alma, e tão necessário ao aprendizado. Os corpos mediadores, que fazem parte do perispírito na sua evolução, servem-lhe para relacionar-se com as várias dimensões vibratórias em que passará e atuará até chegar ao anjo. São impermanentes, vão se desfazendo e se desintegrando, gradativamente, (...)” (pág. 54). Deixa claro que está falando dos mediadores que atuam em “dimensões vibracionais” diversas, não de personalidades psíquicas. Uma leitura atenta da obra kardecista traz a luz o fato de que o perispírito é formado de várias camadas, como aliás, também assinala o espírito André Luiz. De fato, quanto ao perispírito (em sentido amplo) ou corpo espiritual, as revelações confluem para um modelo composto de camada, tipo “cebola”, que engloba vários corpos. Isso ninguém tem dúvida, mas corpo é estrutura de suporte, não é personalidade.
Já as Personalidades Psíquicas são estudadas por psicólogos, psiquiatras e terapeutas. É assunto corriqueiro no dia-a-dia dos consultórios e dos centros de tratamento fraternistas. É conhecimento e fato plenamente objetivo, concreto, fácil de ser provado através do comportamento das pessoas dissociadas, de diagnóstico terapêutico, dos sintomas, da incorporação, do diálogo indagador, da repetição do fenômeno, da comprovação das informações, e também os elementos podem ser observados pela vidência.
A dissociação de personalidade vem despertando a atenção dos pesquisadores da psicologia e da psiquiatria há bem menos tempo que os corpos, mas mesmo assim o tempo suficiente para se fundamentar solidamente. É com base na dissociação de personalidade que estamos construindo a técnica terapêutica do Desdobramento Múltiplo, que vem proporcionando excelentes resultados e promissoras possibilidades. Evidentemente, não somos ingênuos a ponto de pensar ou acreditar que ao desenvolver uma técnica terapêutica eficiente como é o caso do Desdobramento Múltiplo, estamos reinventando a roda ou fazendo escola. Sabemos que a par de muito estudo, observação, pesquisa e experimentação, temos o amparo da espiritualidade superior que, como nós, trabalha pelo futuro da felicidade humana. Os estudos básicos sobre Personalidades Múltiplas e Subpersonalidades não são nossos. Apenas, persistimos nesses estudos e na experimentação prática através da captação psíquica e da incorporação. Nossa é a técnica de atendimento designada de Desdobramento Múltiplo que serve para tratar os distúrbios causados por essas personalidades e subpersonalidades. Aqueles que estudam ou buscam informações sobre o assunto encontrarão farto material informativo não só em nossos escritos, mas na literatura psiquiátrica, terapêutica, psicológica e espiritual.
No dizer de Joanna de Ângelis, “o Homem-Espírito é um maravilhoso conjunto de fenômenos constituído por energia pensante, energia modeladora e energia condensada, agindo e interagindo, simultaneamente, em diversas faixas de vida, em um universo multidimensional, igualmente fantástico e maravilhoso”.
Os Corpos são as ferramentas estruturais de apoio e ação do espírito, que lhe dá condição de manifestar os fenômenos ligados a consciência em forma de personalidades (Personalidades Múltiplas e Subpersonalidades). As Personalidades Múltiplas são as personalidades vividas em outras existências. São manifestações do fenômeno anímico e podem ser chamados de “personas”, “máscaras”, “papéis”, “fachadas”, “eus”, “cisões” ou “múltiplas personalidades”. Têm certo grau de consciência de si mesmas e de suas possibilidades. São extratos ou resquícios de personalidades ainda apegadas às existências que viveram, com apegos ainda não diluídos ou não integrados totalmente à individualidade. Cindidas de seu bloco psíquico passam a agir com maior consciência de si mesmas, com relativa independência, extraindo energia do corpo físico.
Subpersonalidades são desdobramentos do “eu pessoal”, personalidade ou consciência física. São manifestações do fenômeno personímico.
Tanto um quando o outro elemento são velhos conhecidos dos mestres da psicologia, estudados e doutrinados nos consultórios psicoterápicos e terapêuticos, nos centros ou grupos espíritas ou espiritualistas. Vivem “dentro” ou “fora” de nós como se fossem outras pessoas ou parte delas, mas estão sempre dentro do nosso campo psíquico ou consciencial.
Quando apegados em aspectos negativos de passadas encarnações ou em momentos traumáticos vividos durante essas encarnações, podem gerar distúrbios de variada ordem. Permanecerão assim até que sejam orientados (doutrinados ou esclarecidos) ou se dêem conta do equívoco em que vivem.
Dentre as Funções, Propriedades e Natureza desses elementos conscienciais em estudo podemos relacionar algumas: agir, reagir ou interagir, individualmente ou em grupos, de forma integradora ou desintegradora, entre seus pares, dentro do campo vibracional da consciência, provocando reações positivas ou negativas em todo o cosmo consciencial, visando seu constante aprimoramento.
Esses elementos “hibernam” ou “acordam” “dentro” do bloco de consciência, conforme necessidade de evolução ou capacidade de resolução do espírito, tornando-se mais ou menos ativos, reativos, cooperadores, omissos ou antagônicos, dificultando ou facilitando a construção da individualidade, até que um dia se integrem ou se fundem totalmente à personalidade cósmica ou à individualidade eterna, abrindo mão dos individualismos gerados pelas existências físicas já vividas, diluindo-se totalmente.
As Personalidades Múltiplas quando cindidas, comportam-se como “pessoas” encarnadas, esquecidos da desencarnação sofrida. Discutem, defendem supostos patrimônios, teses e postulados, fazem planos, agem e não se dão conta de que estão ligados a uma personalidade física. Outras se apresentam angustiadas, agressivas, vingativas, arredias, e não entendem porque têm de permanecer ligados a uma pessoa diferente (nova personalidade física). Por isso, atacam-na, ironizam-na e a rejeitam. Existem também as que se apresentam plenamente conscientes de sua condição, como também as inconscientes. Umas tantas são simplórias, viciosas, confusas e perturbadas, outras são arrogantes, ignorantes, orgulhosas, soberbas e maldosas. Não se integram à atual personalidade porque não querem ou não sabem o que está acontecendo. Opõem-se à polaridade sexual que vestem, rejeitando-a. Dificultam a infância, a maturidade, a velhice, a aparência, a família ou a condição social em que estão inseridas. Boicotam profissões, criam dificuldades de toda a ordem, chegando a levar o encarnado a comprometer o empreendimento encarnatório.
Esses elementos ou estruturas se apresentam com várias aparências, atitudes e comportamentos. Quando vigorosos, são formas extremas de “personalidades múltiplas” altamente potencializadas com as memórias totais de uma vida passada.
Quando positivas, chamamos de “personalidades alimentadoras”, “personalidades de base”, “personalidades guias”, “personalidades mentoras”, etc. Procuram guiar a consciência encarnada, “ego”, para os aprendizados produtivos, para a moral e os bons costumes, a ética e a religiosidade, a fraternidade e a responsabilidade, o amor e as grandes realizações. Representam a conhecida “voz da consciência”.
Quando negativas denominamos de “pseudo-obsessores”, “personalidades parasitas, omissas, vingativas, ociosas, doentias, negativas”, “lado ruim”, “resíduo de personalidade”, “extrato de memória”, etc. Criam confusões de toda a espécie, geram doenças, destroem relações afetivas, dificultam aprendizados, provocam desentendimentos, estimulam comportamentos e viciações, rebelam-se, frustram-se, reagem, interferem, afastam-se, associam-se a outros elementos anímicos ou a espíritos, em prejuízo da proposta encarnatória ou contra terceiros, familiares, colegas de trabalho, vizinhos, conhecidos ou desconhecidos.
Esses elementos sempre acordam ativados por algum estímulo desencadeador qualquer, no plano da consciência física ou espiritual, um vício, uma vibração, uma imagem, um cheiro, um olhar, um tom de voz, um som, uma provocação, um ataque, um descontentamento, uma humilhação, um medo, um trauma, etc. Desarmonizam o psiquismo, prejudicam a saúde e drenam a economia energética dos encarnados.
Muitos permanecem adormecidos por séculos até que algo os ative, ou então, a própria necessidade evolutiva da pessoa os despertará para que reformulem seus conhecimentos e conteúdos conscienciais.
Através de orientação podem ser redirecionados ou integrados ao bloco de “ego”. Ou então, diante de atitudes positivas da consciência física entram em colapso, anulando-se ou integrando-se as atividades progressivas da consciência física ou espiritual.
Ao se integrar ao “projeto encarnatório”, diluem-se na personalidade atual e depois na individualidade eterna. Juntos formam, aparentemente, o bloco de consciência física ou “ego”, conservando os atributos que lhes são inerentes juntamente com o aprendizado de suas experiências. Agrupam-se por afinidade.
Muitas vezes são mais inteligentes do que a própria personalidade encarnada, ou até mesmo do que os doutrinadores e terapeutas que tentam neutralizá-los. Daí a dificuldade com a terapêutica psicológica, medicamentosa e mesmo a medianímica ou espiritual.
Terapeuticamente, nos interessa conhecer e tratar os defeitos, comportamentos, distúrbios e sintomas, que se apresentam em forma de traumas, melindres (recalques), medos, postulados, apegos (hábitos), resultantes das experiências dolorosas, vividas por cada personalidade em algum momento de seu processo evolutivo, no plano físico ou espiritual.
Assim também ocorre com as Subpersonalidades, embora em menor grau.
Devido às dificuldades de entendimento sobre o que são corpos e o que são personalidades, vale uma reflexão sobre o que Kardec estabeleceu, em forma de regras para avaliação sobre a utilidade de uma tese de trabalho, baseada em três princípios: o princípio da universalidade; o princípio da utilidade e o princípio do bom senso. As duas teses são distintas, porque baseadas em fundamentos diferentes, mas visam os mesmos resultados. Então, a discussão que vem ocorrendo é inútil, porque os dois lados obtém resultados positivos, embora os fundamentos diferentes.
Devido às dificuldades de entendimento sobre o que são corpos e o que são personalidades, vale uma reflexão sobre o que Kardec estabeleceu, em forma de regras para avaliação sobre a utilidade de uma tese de trabalho, baseada em três princípios: o princípio da universalidade; o princípio da utilidade e o princípio do bom senso. As duas teses são distintas, porque baseadas em fundamentos diferentes, mas visam os mesmos resultados. Então, a discussão que vem ocorrendo é inútil, porque os dois lados obtém resultados positivos, embora os fundamentos diferentes.
01 - O princípio da universalidade que pergunta:
P - O fenômeno das Personalidades Múltiplas e Subpersonalidades ocorre com pessoas diferentes, em lugares diferentes e pode ser percebido por médiuns diferentes?
R - Sim, desde que haja médiuns sensíveis, estudiosos, sérios, dignos e treinados.
02 - O princípio da utilidade que questiona:
R - Sim, desde que haja médiuns sensíveis, estudiosos, sérios, dignos e treinados.
02 - O princípio da utilidade que questiona:
PA – É útil uma terapêutica que trata com facilidade e resultados expressivos os desdobramentos e as dissociações desarmônicas?
R - Sim. Sem dúvida.
PB - Serve para auxiliar ao semelhante?
R - Evidentemente que serve. Não há auxilio mais bem-vindo do que aquele que devolve a esperança de cura para determinada doença aparentemente incurável, e o alívio à angústia ou dor atormentadora, e ainda sem que a pessoa tenha que pagar nada por isso.
PC - Facilita a compreensão dos sintomas apresentados pelo paciente?
R - Sim, sem dúvida, facilita. Além disto, nos possibilita uma ótima e decisiva orientação comportamental ao paciente.
03 - O princípio do bom senso confirma: a dissociação de personalidade é fato comprovado. O tratamento proposto dá excelentes resultados. Para negar tais evidências, necessário se faz negar as próprias afirmações e estudos de André Luiz, de Joanna de Ângelis, sobre o animismo e as personalidades psíquicas, os experimentos do psicólogo e neurologista francês Pierre Janet (Professor de Psicologia na Sorbonne e no Collège de France que em 1898 apresentou a tese das “personalidades múltiplas”. Da mesma forma, é a total negação dos estudos de Jung, de Roberto Assagiolli, e, por fim, é negar as assertivas do grande psicólogo americano William James, um dos pioneiros na identificação das “múltiplas personalidades”. Portanto, a terapêutica que trata dos distúrbios do psiquismo gerado pela dissociação de personalidade e do despertar das personalidades do passado (Múltiplas). Essa técnica tenderá a se firmar cada vez mais como valioso recurso de alta possibilidade e eficácia nos tratamentos das desarmonias de ordem energética e espiritual. Os atuais resulta dos já comprovam isso. Os estudos se avolumam e a nossa confiança aumenta.
Transcreveremos aqui um pequeno trecho do livro “A Alma da Matéria”, da Dra. Marlene Nobre, Presidente da Associação Médico-Espírita (AME-Brasil e AME-Internacional), no qual aduz sobre o comportamento dos pensamentos, dos veículos de consciência, e sua similaridade com o comportamento das partículas atômicas, onde explica que as referidas partículas, mesmo dissociadas, comportam-se como se fosse um todo, comportamento semelhante as dos elementos psíquicos: Só isso já induz a pensarmos que existe algo mais do que qualquer escola filosófica, isoladamente, possa ter explicado. “Essa independência do fator espacial remete-nos ao teorema de Bell, à realidade “não local”. Trabalhando em Genebra, no CERN, nos anos de 1960, John Bell, físico britânico, mostrou que “duas partículas permanecem num todo, mesmo após terem sido separadas longas distâncias, quando uma delas faz um movimento em determinada direção, a outra, ao mesmo tempo, gira na mesma direção, em sincronização perfeita”.
Coisa muito semelhante com o que percebemos nas experiências de incorporações com esses fragmentos de consciência chamados Personalidades Múltiplas e Subpersonalidades. Além do estudo de Bell, “Roger Penrose, do Mathematical Institute de Oxford, Reino Unido, afirma que “nossos cérebros agem não-computacionalmente, quando nos dedicamos a processos de pensamento consciente. Para explicar sua convicção, Penrose lembra que existe dois níveis distintos de fenômenos físicos. De um lado o nível quântico em pequena escala, em que partículas, átomos, ou mesmo molécula, podem existir em pequenas superposições quânticas, como nos foi demonstrado pelo teorema de Bell; de outro lado, o nível clássico, como o de uma bolinha de golfe, por exemplo, onde não há possibilidade de superposição”. Então, se imaginarmos isso aplicado a dissociação de personalidades teremos muito que pensar sobre o assunto.
A ciência não pára e, ainda, há um campo enorme a percorrer, em todas as áreas do conhecimento humano. Relembrando Newton, “tudo se passa como se estivéssemos catando conchinhas na praia enquanto há um imenso oceano a percorrer, a enorme extensão de nossa ignorância”.
A ciência não pára e, ainda, há um campo enorme a percorrer, em todas as áreas do conhecimento humano. Relembrando Newton, “tudo se passa como se estivéssemos catando conchinhas na praia enquanto há um imenso oceano a percorrer, a enorme extensão de nossa ignorância”.
Então, vamos nos dedicar a explorar o oceano sem implicar com os colegas que conseguiram catar algumas conchinhas, abandonando de vez a nossa cegueira espiritual.
“Sobre a constituição do ser humano, “os Instrutores Espirituais afirmam ainda que enxergamos apenas uma oitava parte do que acontece ao nosso redor, o que nos dá idéia de quanto a ciência terá que avançar para descobrir as múltiplas dimensões da vida e o tipo de “matéria” que entra na constituição de cada uma delas, o que significa decifrar os múltiplos arranjos ou modo de “coagulação” da luz, que entram na formação das partículas dessas diferentes dimensões”.
De outra forma, podemos dizer que o “Agregado Perispiritual”, também chamado de “ Agregado Humano” é formado ou composto por um conjunto de veículos ou estruturas (corpos) que revestem o espírito. Quando este se encontra encarnado, o sétimo veículo que o reveste é o Corpo Físico. É sobre ele que se constrói a personalidade humana durante a sua existência e, também, através dele que se manifestam de forma alternada as personalidades que já foram vividas em outras existências e também os desdobramentos da personalidade em construção. Tanto o corpo quanto as personalidades são animados pelo fenômeno “vida” e são manifestações transitórias do espírito. Dos sete corpos que compõem o agregado, o corpo mais conhecido e estudado pela ciência oficial é o veículo mais grosseiro de todos, chamado Corpo Físico ou Soma, estrutura de carne, músculos, nervos, ossos, vasos e pele. A partir dele, segue-se uma seqüência de estruturas ou veículos sutilizados, que servem de âncora para que o espírito possa manifestar-se dominando a pesada máquina de carne.
O sexto veículo é o Duplo Etérico, sede dos chacras e responsável pelos automatismos vitais. Verdadeira usina geradora de energias.
O quinto veículo é conhecido como Corpo Astral ou Emocional e é quem organiza o Modelo Biológico. Além de determinar o molde para a construção do corpo físico, é a sede das emoções. Recebe e executa os impulsos programáticos e delineadores oriundos das memórias pretéritas, visando o reajuste dos propósitos e ações da criatura dentro do que determinam os princípios evolutivos, atendendo à necessidade de crescimento individual de cada ser.
O quarto veículo é conhecido como Corpo Mental Inferior. É o detentor dos atributos dos cinco sentidos e da intelectualidade.
O terceiro veículo é o Corpo Mental Superior. É o "senhor" da vontade e da imaginação.
O segundo veículo é o Corpo Búdico. É o grande banco de dados da consciência, onde estão armazenados bilhões de anos de experiências vivenciadas pelo espírito eterno. É no Corpo Búdico que acontece a elaboração, triagem, seleção e delineamento dos rumos que devem ser seguidos e vividos pela parte encarnada.
O primeiro veículo é o Corpo Átmico. É na realidade o primeiro envoltório que reveste o Espírito, Mônada ou Centelha Divina. Princípio, semente e motor da vida.
Esses veículos ou corpos são constituídos de camadas, em número de sete, que podem ser afastadas pelo afrouxamento da coesão que as une, é a essas camadas que denominamos níveis e subníveis.
São os corpos Astral, Mental Inferior e Mental Superior que, pelas gravações que detém das experiências vividas e pelo influxo de seus próprios atributos, influenciam diretamente a consciência e o ego, com seus elementos de interação (Personalidades Psíquicas), o que vale dizer que influenciam os sentimentos, emoções e comportamentos da pessoa, consequentemente, o juízo de valores que leva a pessoa a reagir, depende disso. As Personalidades Psíquicas são os mesmo elementos conhecidos por Personalidades Múltiplas que o ser viveu em suas existências sucessivas e as Subpersonalidades que são os desdobramentos da “personalidade física”, “ego” ou “eu pessoal”. São todos “eus” transitórios, “eus personalidades” que existirão enquanto não acontecer sua despersonalização, fusão ou integração ao “Eu Individualidade”.
Utilizando sintonia psíquica podemos acessar as memórias e registros dos três corpos inferiores, Astral, Mental Inferior e Superior. Então, temos a possibilidade de encontrar e tratar causa de muitos distúrbios e desarmonias que se manifestam no campo físico, mental ou psicológico dos seres humanos.
Utilizando a dissociação das personalidades psíquicas existentes, ou dissociando-as quando necessário, e incorporando-as em médiuns ou sensitivos, podemos tratá-las terapeuticamente, com eficiência, eliminando a causa de muitos distúrbios.
O Desdobramento Múltiplo com seus recursos abre as portas do mundo inconsciente do ser, permitindo abordar seu lado oculto e possibilita descobrir e acessar facilmente os registros referentes aos traumas ocorridos nesta ou em outras existências, mesmo remotas.
O tratamento pode ser realizado de três formas diferentes: por vibração mental com cromoterapia também mental, e por em sintonia ou incorporação mediúnica, com esclarecimento, regressão e progressão de memória, doutrinação, tratamento fluídico ou magnético, orientação e encaminhamento para instituições do astral. Ao contrário da TVP ou terapia regressiva, que não pode ser aplicada sem a colaboração e participação do paciente, o Desdobramento Múltiplo pode ser empregado em todas as criaturas humanas não importando a idade, condição de saúde, estado de sanidade mental ou grau de resistência oferecida. Alguns recursos desse conjunto de procedimentos terapêuticos já foi objeto de estudos e interesse de alguns pesquisadores e cientistas de renome no passado. Hoje, está novamente despertando a atenção dos profissionais da medicina, psicologia, física, biologia e terapias avançadas. Muitas revistas e livros da atualidade têm abordado esse tema. A Apometria e Desdobramento Múltiplo devem ser praticados em atendimentos medianímicos ou desobsessivos, de forma gratuita, por haver o envolvimento necessário e deliberado de espíritos, nas casas ou grupos espíritas e espiritualistas. O ideal mesmo é que esse trabalho fosse realizado em casas espíritoas, ou no mínimo dentro dos moldes preconizados pela Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec, pelo seu alto grau de transcendência, e pela amplitude de recursos e as profundidade dos seus conceitos.
Mas a sintonia e a captação psíquica, por envolver somente os terapeutas e o paciente, onde se explora os conteúdos psíquicos da pessoa, sem envolvimento de espíritos ou de mediunidade, é instrumento para ser utilizado em consultório profissional.
As pessoas Normais falam sobre Coisas, pessoas Inteligentes falam sobre Idéias, pessoas Mesquinhas falam sobre Pessoas! ( Platão )
FONTE: http://www.holuseditora.com.br/artigos.html 04/07/2011
As informações são muitas e vêem de várias fontes afirmando e confirmando as múltiplas personalidades, e esta foi a proposta de Allan Kardec, pelo menos é o titulo da Revista espírita editada na época da Codificação: REVUE SPIRITE - JOURNAL D'ÉTUDES PSYCHOLOGIQUES - Revista Espírita - Jornal de Estudos Psicológicos.
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