CARMA: PUNIÇÃO
OU REEQUILÍBRIO
(Escrito por Agnaldo
Cardoso)
Nós sabemos o
que seja carma? Por que, parece, que carma virou explicação para todo problema,
toda situação triste ou infeliz na vida das pessoas. Mas quem é esse tal de
carma? De onde ele vem?
Inicialmente, é
importante entender, que não devemos nos prender demais ao conceito de carma.
Essa é uma posição da filosofia oriental que tem aproximações com a Lei de
Causa e Efeito apresentada pelo Espiritismo, mas há distinções em relação ao
entendimento disso na prática.
Quando se usa o
termo carma, no entender de muitos, há uma conotação de fatalidade, enquanto
que a Doutrina enfatiza a possibilidade de minimizar ou até eliminar as
ocorrências de sofrimento, mediante uma ação positiva no bem.
Carma, meus
irmãos, ao invés de ser um castigo como muitos pensam, é sinônimo de
reequilíbrio.
E a vida material é a maravilhosa e insubstituível escola que possibilita que aprendamos e tomemos consciência das nossas atitudes erradas nesta e em vidas pretéritas.
E a vida material é a maravilhosa e insubstituível escola que possibilita que aprendamos e tomemos consciência das nossas atitudes erradas nesta e em vidas pretéritas.
Mas como é que o
carma aparece? Do nada? Em um passe de mágica? Não! O Princípio do Livre
Arbítrio dá ao homem o direito de escolher seus caminhos, de ser o autor de sua
história, o construtor do seu destino. Entretanto, o Princípio de Causa e
Efeito, Plantação e Colheita, torna o homem refém de seus atos, das suas
escolhas.
Nós construímos
nosso carma, no exercício do nosso livre arbítrio, na escolha de nossas opções.
E optar, não é o que sempre estamos fazendo? Ajudo ou prejudico? Cuido da minha
saúde ou me vicio em drogas? Sou amigo ou inimigo? Prego a paz ou fico criando
intrigas? Elogio ou critico? Trabalho ou fico ocioso? Construo ou quebro? São
as nossas escolhas! Nossas decisões!
Nós, meus queridos
irmãos, somos os únicos responsáveis pela escolha do nosso caminho. O problema,
é que, após a escolha, temos que trilhar pelo caminho escolhido!
Útil, não é necessariamente aquele que quando está na erraticidade, solicita reencarnar como um deficiente, para purgar atitudes equivocadas. Muito mais importante é aquele que procura, quando está encarnado, adquirir condições para, na próxima vez, reencarnar perfeito, para auxiliar, construtivamente, os seus irmãos.
Útil, não é necessariamente aquele que quando está na erraticidade, solicita reencarnar como um deficiente, para purgar atitudes equivocadas. Muito mais importante é aquele que procura, quando está encarnado, adquirir condições para, na próxima vez, reencarnar perfeito, para auxiliar, construtivamente, os seus irmãos.
A expiação,
muitas vezes, por conta de uma visão distorcida, soa como castigo divino. Mas,
nós, espíritas, sabemos e devemos demonstrar pelo exemplo, que as deformidades
físicas não estão punindo, mas eliminando as deformidades perispirituais, que
causamos anteriormente.
Podemos atenuar,
ou mesmo eliminar, as situações cármicas? Sim, por atos de amor.
Cabe a nós
demonstrarmos “que o amor cobre uma multidão de pecados”. As pessoas quando
enfrentam uma situação difícil, seja ela física, financeira ou psicológica e
que não sabem, não conseguem, nem desejam modificá-la, enfrentando-a, costumam
dizer:
– Não posso mudar. É meu carma. Eu sou assim! É a anestesia da consciência! É o famoso complexo de Gabriela! Sabem aquela música? Eu nasci assim, eu cresci assim, eu vivi assim... E com isso, tenta esquecer que a sua obrigação é mudar! É progredir!
– Não posso mudar. É meu carma. Eu sou assim! É a anestesia da consciência! É o famoso complexo de Gabriela! Sabem aquela música? Eu nasci assim, eu cresci assim, eu vivi assim... E com isso, tenta esquecer que a sua obrigação é mudar! É progredir!
Dentro desta
verdade divina, não existe o perdão de Deus, pois recebemos segundo o que
obrarmos, ou seja, segundo o que fizermos. Deus não nos criou para nos punir!
Deus é amor... e o Carma não é punição Divina: é conseqüência retificadora.
Considerando que
a Lei de Causa e Efeito, é uma Lei Divina, e que as Leis Divinas foram escritas
por Deus, conclui-se que: “Na natureza não há prêmios ou castigos. Há
conseqüências”!
A falsa noção de
carma inflexível, nos conduz a dois grandes erros. Um é que o Espiritismo,
prega ou endossa a necessidade da dor; isto não é verdade.
A dor só seria uma necessidade, se o Espiritismo pregasse que todos deveríamos ser um grupo de masoquistas! O que a Doutrina dos Espíritos demonstra com clareza, é a utilidade da dor, quando persistimos no egoísmo, no orgulho, na vaidade e demais defeitos lesivos à comunhão de solidariedade com os semelhantes. A dor não é uma criação divina. A dor é criação de quem sofre!
A dor só seria uma necessidade, se o Espiritismo pregasse que todos deveríamos ser um grupo de masoquistas! O que a Doutrina dos Espíritos demonstra com clareza, é a utilidade da dor, quando persistimos no egoísmo, no orgulho, na vaidade e demais defeitos lesivos à comunhão de solidariedade com os semelhantes. A dor não é uma criação divina. A dor é criação de quem sofre!
O outro erro é a
crença de que a Doutrina Espírita, aconselha o conformismo diante da “má
sorte”; isto também não é correto; o que ela ensina é a resignação, atitude
bastante diferente, adequada para nos fazer aceitar sem desespero aquilo que
não podemos mudar.
Compreendamos, o
carma como espécie de conta corrente das ações que praticamos no Banco deste
mundo, onde há séculos caminhamos endividados, cadastrados no SPC da vida, pela
constante emissão de cheques sem os necessários fundos de bondade, caridade,
amor, etc... Resgatemos nosso débito, limpemos o nosso nome no SPC, emitindo
cheques com a devida provisão de fundos e isso é possível, através da prestação
de serviços de caridade ao próximo, e estejamos convencidos de que, dessa
forma, tanto economizaremos lágrimas, como conquistaremos um bom saldo de
felicidade!
“Aquele que muito amou foi perdoado, não aquele que muito sofreu.” O amor é que cobriu, isto é, resgatou a multidão de pecados, não a punição ou o castigo.
“Aquele que muito amou foi perdoado, não aquele que muito sofreu.” O amor é que cobriu, isto é, resgatou a multidão de pecados, não a punição ou o castigo.
Transformar
ações, amando, é alterar nosso carma para melhor, atraindo pessoas e situações
harmoniosas para junto da gente. É, em última instância, a nossa indispensável
e indelegável reforma íntima!
Nós decidimos,
nós plantamos e nós colhemos!
Nossa vida é
simplesmente o reflexo das nossas ações. Se queremos mais amor no mundo,
criemos mais amor no nosso coração.
Se queremos mais
tolerância das pessoas, sejamos mais tolerantes.
Se queremos mais
alegria no mundo, sejamos mais alegres.
Nossa vida não é
uma sucessão de coincidências, de acasos, nossa vida é a simples conseqüência
de nós mesmos!!!
FONTE:http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=932:carma-punicao-ou-reequilibrio&catid=34:artigos&Itemid=54
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