domingo, 28 de agosto de 2011

Jesus, o Exemplo Maior

Jesus, o Exemplo Maior

Francisco Rebouças

Não há ser humano na face da Terra que possa ser comparado a Jesus, pois foi exatamente por seu estado de perfeição que Deus, nosso Pai e Criador, no-lo enviou para servir de modelo e guia a toda a humanidade imperfeita, que compõe um planeta no nível do nosso de Provas e Expiações, ainda muitíssimo afastado da perfeição.
Em O Livro dos Espíritos encontramos a razão para afirmar que é o Cristo o nosso maior exemplo de perfeição, conforme nos afirmam os Imortais da Vida Maior na questão que abaixo transcrevemos:
625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem para lhe servir de guia e modelo?
“Jesus.”
Para o homem, Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra, o Espírito Divino o animava.
Quanto aos que, pretendendo instruir o homem na lei de Deus, o tem transviado, ensinando-lhe falsos princípios, isso aconteceu por haverem deixado que os dominassem sentimentos demasiado terrenos e por terem confundido as leis que regulam as condições da vida da alma com as que regem a vida do corpo. Muitos hão apresentado como leis divinas simples leis humanas estatuídas para servir às paixões e dominar os homens.
Os emissários Divinos, interrogados pelo insigne Codificador do Espiritismo, afirmaram-lhe que Jesus foi o maior exemplo de amor que um ser já pode ofertar a outro ser, chegando a tal ponto esse amor que ELE aceitou a sublime e espinhosa tarefa de voltar à condição de vida do homem na Terra, vivenciando nossas dores em termos físicos, sem qualquer tipo de privilégio, de modo a se constituir no exemplo único de que se tem notícia em todos os tempos.
Embora tenhamos conhecimento da presença de inúmeros outros emissários de sua mensagem, que nos trouxeram notícias de suas revelações precisas das Leis imutáveis da vida, missionários da Boa Nova, conforme citamos entre tantos: Krishna, Buda, Pitágoras, Lutero, Allan Kardec, etc... entre centenas de outros que poderiam ser citados também, aos quais a Providência Divina confiou como missão mais importante – não deixarem a chama da verdade se apagar.
Jesus é o modelo porque jamais se utilizou de subterfúgios ou artifícios escusos para vivenciar o Ministério a que foi designado pelo Pai Celestial, nem mesmo no momento da sua Crucificação; não se deixou desarmonizar nem duvidou da bondade, da assistência e do amor de Deus por si e por seus algozes, dando-nos exemplo supremo de sua fidelidade à missão a ELE confiada, e ainda demonstrou toda sua superioridade quando dirige-se ao Pai suplicando que nos perdoasse a ignorância e a violência cometida contra ele.
Em todas as passagens narradas pelos evangelistas, Jesus manteve-se sempre na qualidade de Espírito Puro na conduta, não recuando ante as adversidades da sua incomparável missão, constituindo-se dessa forma no Pastor Compassivo e misericordioso, amando de forma incondicional a todos que constituímos seu Rebanho.
Sem Jesus, a humanidade estaria muito mais perdida no labirinto das paixões e desenganos, pois com tudo o que ELE exemplificou e ensinou, ainda se encontra imersa no vale dos equívocos, por fruto da teimosia, da rebeldia, da insanidade a que se entrega na procura desenfreada dos prazeres mundanos, em detrimento das coisas do Espírito imortal.
Está mais que na hora de buscarmos seguir seus ensinamentos, nas diretrizes que traçou para nosso crescimento espiritual, contidas no seu Evangelho de Luz, trabalhando disciplinadamente e com toda dedicação no desenvolvimento e cristalização das virtudes latentes em nosso SER, fazendo a parte que nos compete fazer em benefício da coletividade, na certeza de que mãos caridosas estão a nos impulsionar em direção aos cimos da Criação, onde Jesus nos asseverou ser o nosso destino final.

Bibliografia:
Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos – FEB, Edição 76ª
FONTE: http://www.oclarim.com.br/index.php?id=7&tp_not=1&cod=79

Lei de Causa e Efeito x Lei de Ação e Reação

Lei de Causa e Efeito x Lei de Ação e Reação
Rodrigo Machado Tavares

Todos nós vivemos neste universo infinito, criado por Deus, o nosso Pai. Consequentemente, tudo e todos estão sujeitos às Leis de Deus (ou como ainda falam alguns: às leis da natureza). Essa verdade é muito bem explicada pelos ensinamentos espíritas, particularmente, através dos seguintes livros da Codificação Espírita (i.e., o Pentateuco Espírita), a saber: O Livro dos Espíritos (Livro Primeiro – das Causas) e A Gênese (Capítulo II).
Uma dessas “leis naturais” é a conhecida Lei de Ação e Reação, a famosa terceira lei de Newton. Tal lei nos ensina que: para toda força aplicada de um objeto para outro objeto, existirá outra força de mesmo módulo, mesma direção e sentido oposto. Em outras palavras, a Lei de Ação e Reação nos diz que, para cada ação, existirá uma reação oposta e de mesma intensidade. É oportuno salientar que as Leis de Newton são somente aplicáveis para os movimentos nos quais as velocidades dos objetos/corpos em deslocamento são bem menores do que a velocidade da luz. Por essa razão, a Física Quântica e a Teoria da Relatividade estão sendo usadas para a compreensão dos movimentos de objetos/corpos nos mundos microcósmico e macrocósmico. Em resumo, a própria lei de ação e reação não é adequada para descrever certos fenômenos, na esfera material dentro do planeta Terra.
Uma outra lei natural é a Lei de Causa e Efeito, a qual não foi descoberta, mas revelada para todos nós, de forma verossímil, através da Doutrina Espírita, no século XIX. Essa lei é bem discutida nos livros da Codificação Espírita, sobretudo nos seguintes livros: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo e O Céu e o Inferno. O conhecimento da Lei de Causa e Efeito é bastante importante para que possamos compreender o amor de Deus. Em verdade, o entendimento claro e racional dessa lei tem o potencial de fazer com que nós ajamos em concordância com o Amor. Em outras palavras, a compreensão da Lei de Causa e Efeito pode nos ajudar a tomarmos decisões sábias, em nossas existências, e, consequentemente, a evoluirmos de forma mais eficiente.
Considerando, portanto, essas duas leis e suas “similaridades”, é comum escutarmos frases, como estas: A Lei de Causa e Efeito é a mesma coisa que a Lei de Ação e Reação, aquela lei de Isaac Newton. Para falar a verdade, a Lei de Causa e Efeito é um exemplo prático da Lei de Ação e Reação, pois nada é por acaso. Baseados nisso, podemos nos perguntar: i) essas leis são sinônimas? ii) se são, por que são? iii) se não são, qual é a implicação direta e/ou indireta de se pensar que essas leis são iguais? iv) qual é a relação entre essas duas leis?
Esses tipos de questionamentos podem ser bastante comuns, especialmente quando se está começando a estudar os ensinamentos do Espiritismo. Tendo isso em mente, nós devemos sempre relembrar o que o Espírito de Verdade nos disse: Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento. Instruí-vos, eis o segundo. É interessante observar que o Espírito de Verdade incluiu um segundo mandamento: a instrução, que claramente não é mais importante que o Amor, contudo deve também ser um objetivo de todos nós, espíritas.
Sir Isaac Newton publicou o seu trabalho sobre as Leis do Movimento, em 1687. Já a ideia sobre a Lei de Causa e Efeito nos foi dada no século XIX, com o advento do Espiritismo. Dessa forma, é razoável pensarmos que a maioria de nós é (ou era) possivelmente mais familiarizada com a Lei de Ação e Reação do que com a Lei de Causa e Efeito. Isso pode ser afirmado, levando-se em consideração que todos nós somos seres imortais e, sendo assim, já ouvimos falar e aprendemos sobre a Lei de Ação e Reação muito mais que sobre a Lei de Causa e Efeito.
Sendo assim, poderíamos dizer que o entendimento da Lei de Causa e Efeito é algo razoavelmente novo, aqui na Terra. Além do mais, o seu conceito é ainda “restrito”, ou melhor, mais e melhor difundido entre nós, espíritas. Seguindo essa linha de pensamento, muitos de nós, quando iniciamos os nossos estudos espíritas, muito possivelmente, ao aprendermos novos conceitos (incluindo a Lei de Causa e Efeito), fazemos comparações, analogias, associações etc., a fim de que possamos tê-los mais claros, em nossas mentes. Por exemplo, é muito comum, durante o processo de aprendizagem, usar um objeto de comparação, para poder explicar o objeto de estudo.
Seguindo esse pensamento, o objeto de estudo é a Lei de Causa e Efeito, e o objeto de comparação é a Lei de Ação e Reação. Apesar da associação entre essas duas leis ser feita durante a aprendizagem, não é correto dizer que as mesmas sejam as mesmas leis. Ao dizer que essas duas leis são a mesma coisa, estamos a assumir que o objeto de estudo é a mesma coisa que o objeto de comparação e vice-versa. Tal afirmativa pode nos levar a perceber a sentença “nada é por acaso”, de forma incorreta. Como consequência disso, existe uma possibilidade de se criar uma “teoria de fatalismo divino”, a qual não tem nada a ver com os ensinamentos espíritas. É recomendável a leitura do Capítulo 10 (Lei de Liberdade), de O Livro dos Espíritos.
Por essa razão, é correto afirmar que a Lei de Causa e Efeito não é a Lei de Ação e Reação. Claramente, tais leis têm um princípio semelhante: entretanto são leis diferentes. A semelhança entre essas leis se baseia no fundamento de que, para cada ação, existirá uma reação; i.e., para cada causa, tem-se um efeito. Esse fundamento é algo lógico, para tudo na vida; entretanto, as maneiras como a Lei de Causa e Efeito e a lei de ação e reação se processam são completamente diferentes. A Tabela 1 resume as principais diferenças entre essas duas leis.


Tabela 1: Principais diferenças entre a Lei de Causa e Efeito e a Lei de Ação e Reação
 
Lei de Ação e Reação; Lei de Causa e Efeito

Natureza; Binária; Não-binária
Característica; Lei física; Lei moral (lei não-física)
Processo; Não-complexo; Complexo
Predictabilidade; Determinado; Variável
Aplicabilidade; Corpos/objetos dentro de certas condições, no mundo material, no planeta Terra; Relações intrapessoais e interpessoais, em ambos os mundos, material espiritual, não só na Terra, como possivelmente no Universo como um todo.
Dependência do Tempo; Imediata; Variável
Fatores de dependência; Limitada; Muitos
Como é possível observar, as duas leis são completamente diferentes. Sendo assim, nós devemos estar cientes disso. Isso é oportuno de ser dito, porque nada é por acaso, mas cada caso é um caso.
Seguindo, então, essa lógica, nós não devemos tentar “adivinhar” as possíveis causas dos efeitos, sobretudo, quando as circunstâncias são completamente desconhecidas e, em especial, se o conhecimento dessas causas não nos adicionará algo de importante para a nossa evolução. Por exemplo, nós não devemos conjecturar as causas que geraram as atuais situações (i.e., efeitos) as quais nossos irmãos estão a vivenciar. De outra maneira, estaríamos a julgá-los, e isso seria contra os ensinamentos do nosso Mestre Jesus (Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados – Lucas 6,37). Nós não devemos – nem tampouco nos punir – através dos sentimentos de culpa pelas decisões menos sábias as quais tomamos e/ou pelos “sofrimentos” pelos quais passamos. Contudo, devemos, sim, evitar cometer os mesmos erros do passado, buscando sempre refletir, antes de quaisquer de nossas ações (o que inclui também os nossos pensamentos). Nós não devemos “culpar” Deus, nem o governo, nem nossos familiares ou amigos pelos nossos erros ou “sofrimentos”, em nossas atuais existências. Se agirmos assim, estamos, de forma indireta, afirmando que a Lei de Causa e Efeito é a mesma coisa que a Lei de Ação e Reação. E, ao afirmarmos que tais leis são a mesma coisa, é promover, de forma inconsciente, a doutrina ilógica do fatalismo.
Em resumo, responsabilidade é a palavra-chave. Nós devemos usar o nosso livre-arbítrio de forma sábia, o que significa dizer: amando a nós mesmos e amando o nosso próximo. Essa é a forma de se amar a Deus, tão bem demonstrada por Jesus, aqui na Terra, e, agora, tão bem explicada pelo Espiritismo.

Nota da Editora: Esta matéria foi publicada, em inglês, na The Spiritist Magazine (TSM)
(http://www.thespiritistmagazine.com). O autor, em Londres, Inglaterra, participa do Sir Willian Crookes Spiritist Society.
FONTE: http://www.oclarim.com.br/index.php?id=7&tp_not=2&cod=1454

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Os Fundamentos Científicos e Espiritualistas Sobre as Personalidades Psíquicas.

J.S.Goudinho

Os Fundamentos Científicos e Espiritualistas Sobre as Personalidades Psíquicas.
(Por J.S.Goudinho)

 Jung
Jung entendia que “os vários grupos de conteúdos psíquicos ao desvincular-se da consciência, passam para o inconsciente, onde continuam, numa existência relativamente autônoma, a influir sobre a conduta". E que “a psiquê, tal como se manifesta, é menos um continente do que um arquipélago, onde cada ilha representa uma possibilidade autônoma de organização da experiência psíquica”.
Afirmava ele que: "Tudo isso se explica pelo fato de a chamada unidade da consciência ser mera ilusão. (…) Somos atrapalhados por esses pequenos demônios, os nossos complexos. Eles são grupos autônomos de associações, com tendência de movimento próprio, de viverem sua vida independentemente de nossa intenção. Continuo afirmando que o nosso inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo, constituem um indefinido, porque desconhecido, número de complexos ou de personalidades fragmentárias.”
É interessante sua descrição sobre esse conjunto de fenômenos:
“Senhoras e senhores, isto nos conduz a alguma coisa realmente importante. O complexo, por ser dotado de tensão ou energia própria, tem a tendência de formar, também por conta própria, uma pequena personalidade. Apresenta uma espécie de corpo e uma determinada quantidade de fisiologia própria, podendo perturbar o coração, o estômago, a pele. Comporta-se enfim, como uma personalidade parcial.” (...) “A personificação de complexos não é em si mesma, condição necessariamente patológica.”
 (Jung, Carl Gustav, Fundamentos de Psicologia Analítica. Editora Vozes, 4º ed. páginas 67/68).

A Natureza da Psique.
“(253) Voltemonos primeiramente para o problema colocado pela tendência da psique a cindir-se. Embora seja na psicopatologia que mais claramente se observa esta peculiaridade, contudo, fundamentalmente trata-se de um fenômeno normal que se pode reconhecer com a maior facilidade nas projeções da psique primitiva. A tendência a dissociar-se significa que certas partes da psique se desligam a tal ponto da consciência, que parecem não somente estranhas entre si, mas conduzem também a uma vida própria e autônoma. Não é preciso que se trate de personalidades múltiplas históricas ou de alterações esquizofrênicas da personalidade, mas de simples complexos inteiramente dentro do espectro normal.
Os complexos são fragmentos psíquicos cuja divisão se deve a influências traumáticas ou a tendências incompatíveis. Como nolo mostra a experiência das associações, eles interferem na intenção da vontade e perturbam o desempenho da consciência; produzem perturbações na memória e bloqueios no processo das associações; aparecem e desaparecem, de acordo com as próprias leis; obsediam temporariamente a consciência ou influenciam a fala e ação de maneira inconsciente. Em resumo, comportam-se como organismos independentes, fato particularmente manifesto em estados anormais. Nas vozes dos doentes mentais assumem inclusive um caráter pessoal de ego, parecido com o dos espíritos que se revelam através da escrita automática e de técnicas semelhantes. Uma intensificação do fenômeno dos complexos conduz a estados mórbidos que nada mais são do que dissociações mais ou menos amplas, ou de múltiplas espécies, dotadas de vida.
 (254) Os novos conteúdos ainda não assimilados à consciência e que se constelaram na inconsciência comportam-se como complexos. Pode tratarse de conteúdos baseados em percepções subliminares de conteúdos de natureza criativa. Como os complexos, eles conduzem também a uma existência própria, enquanto não se tornam conscientes e não se incorporam à vida da personalidade. Na esfera dos fenômenos artísticos e religiosos estes conteúdos aparecem ocasionalmente também sob forma personalizada, notadamente como figuras ditas arquetípicas. A pesquisa mitológica denominaos de "motivos"; para LévyBruhl tratase de “representações coletivas”, (representations collectives) e Hubert e Mauss, chamamnos “categoria de fantasias” (catégories de Ia phantaisie).
Coloquei todos os arquétipos sob o conceito de inconsciente coletivo. São fatores hereditários universais cuja presença pode ser constatada onde quer que se encontrem monumentos literários correspondentes. Como fatores que influenciam o comportamento humano, os arquétipos desempenham um papel em nada desprezível. É principalmente mediante o processo de identificação que os arquétipos atuam alternadamente na personalidade total. Esta atuação se explica pelo fato de que os arquétipos provavelmente representam situações tipificadas da vida. As provas deste fato se encontram abundantemente no material recolhido pela experiência. A psicologia do Zaratustra de Nietzsche constitui um bom exemplo neste sentido. A diferença entre estes fatores e os produtos da dissociação provocada pela esquizofrenia está em que os primeiros são entidades dotadas de características pessoais e carregadas de sentido, ao passo que os últimos nada mais são do que meros fragmentos com alguns vestígios de sentido, verdadeiros produtos de desagregação, mas uns e outros possuem em alto grau a capacidade de influenciar, controlar e mesmo reprimir a personalidade do eu, a tal ponto que surge uma transformação temporária ou duradoura da personalidade.”
(A Natureza da Psique”, parágrafos 253 e 254, Jung, Editora Vozes)
Roberto Assagioli
O psiquiatra e psicólogo italiano Roberto Assagioli (18881974), ao criar a Psicossíntese, por volta de 1910, reconheceu os vários aspectos do nosso psiquismo, em níveis sempre crescente de organização, oferecendo, através de sua técnica e postulados, um entendimento mais completo sobre nós mesmos, sobre nossas capacidades e sobre nossas relações, proporcionandonos recursos de ajuda para lidarmos com estes elementos de maneira eficiente e segura. São suas estas palavras:
"A personalidade do indivíduo é como uma orquestra. Cada parte dela, chamada de subpersonalidade, é um músico, e o EU é o maestro. Não se pode eliminar um músico, mas fazer com que todos atuem em harmonia. O maestro determina quem vai tocar e a que horas. O compositor é o lado transpessoal do indivíduo, o que cria. O importante é a ligação harmoniosa entre todos para a boa execução da sinfonia.”
(O Ato da Vontade. Roberto Assagioli. Editora Cultrix: São Paulo, 1985)
Alexandre Aksakof.
"Hoje, graças às experiências hipnóticas, a noção da personalidade sofre uma completa revolução. Não é mais uma unidade consciente, simples e permanente, como o afirmava a antiga escola, porém uma "coordenação psicológica", um conjunto coerente, um consenso, uma associação dos fenômenos da consciência, enfim, um agregado de elementos psíquicos; por conseguinte, uma parte desses elementos pode, em certas condições, se dissociar, se destacar do núcleo central, a tal ponto que esses elementos tomem “pro tempore” o caráter de uma personalidade independente.”
 (Animismo e Espiritismo. Alexandre Aksakof. FEB).
Joana de Angelis (Divaldo Franco).

 Da mesma forma, Joana de Angelis, através da psicografia de Divaldo Franco, no livro “O Despertar do Espírito”, páginas 31 a 42, fez várias referências ao fenômeno e a importantes cientistas e pesquisadores do assunto. Afirma ela:
“na imensa área do ego, surgem as fragmentações das subpersonalidades, que são comportamentos diferentes a se expressar conforme as circunstâncias, apresentando-se com freqüência incomum”.
”As personalidades secundárias assomam com freqüência, conforme os estados emocionais, dando origem a transtornos de comportamento e mesmo a alucinações psicológicas de natureza psicótica e esquizóide. Certamente, muitos fenômenos ocorrem nessa área, decorrentes das frustrações e conflitos, favorecendo o surgimento de personificações parasitárias que, não raro, tentam assumir o comando da consciência, estabelecendo controle sobre a personalidade, e que são muito bem estudadas pela Psicologia Espírita, no capítulo referente ao Animismo e suas múltiplas formas de transes.”
“O trabalho de integração das subpersonalidades é de magna importância para o estabelecimento do comportamento saudável”
“A própria personalidade, não poucas vezes, apresentando-se fragilizada, fragmenta-se e dá surgimento a vários “eus” que ora se sobrepõe ao ego, ora se caracterizam com identidade dominante.”
 (O Despertar do Espírito. Joanna de Angelis. Psicografia de Divaldo Pereira Franco. ,Editora Leal)
André Luiz
“Freqüentemente, pessoas encarnadas, exprimem a si mesmas, a emergirem das subconsciências nos trajes mentais em que se externavam noutras épocas,...”
Parecenos evidente que na instância denominada “subconsciente” estão gravadas e adormecidas as memórias que ainda não foram devidamente elaboradas. O despertar das personalidades, “nos trajes mentais em que se externavam noutras épocas...”, ocorre quando a memória é ativada por um motivo deflagrador qualquer.
(Mecanismos da Mediunidade. André Luiz. Psicografia de Francisco Cãndido Xavier. FEB. Capítulo sobre “Obsessão e Animismo”, página 165)


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A CIÊNCIA ESPÍRITA

Alan Kardec

Os fundamentos que compõem a base da doutrina espírita foram passados por espíritos através da mediunidade. Ainda que os graus de sintonia espiritual sejam variados, para que alguém possa ser considerado médium, sua mediunidade deve se apresentar de forma ostensiva, ou seja, bastante clara. Portanto, nem todos os espíritos que reencarnam são preparados e terão condições para atuarem como médiuns de forma ostensiva, porém, todos possuem, ainda que em grau quase imperceptível, a mediunidade, pois isso é algo inerente ao espírito.
Povos antiquíssimos, como os africanos e os indígenas, praticavam seus rituais, em que o sacerdote da tribo, também conhecido como pajé ou xamã, em sintonia com determinadas forças da natureza, entrava em estado de êxtase profundo (animismo) e outras vezes, tornava-se passivo às influências de algum espírito que através dele se manifestava (mediunismo), trazendo esclarecimentos espirituais e materiais de grande importância para toda tribo. Infelizmente, grande parte destes ensinamentos espirituais foi se perdendo ao longo dos milênios e, do que restou, muito foi deturpado por outros povos colonizadores. Isso aconteceu e ainda acontece com povos e culturas do mundo todo. Portanto, médiuns existiram, existem e existirão em todas as religiões e fora delas, ainda que estes não aceitem ou não saibam a respeito de sua mediunidade.
 No século XIX houve uma grande onda de manifestações mediúnicas em todo mundo nos EUA e Europa. Ocorrências de ruídos estranhos, pancadas em móveis e paredes, objetos que se moviam, flutuavam ou eram arremessados no ar sem causa aparente se tornaram frequentes.
Nesta época, um dos fenômenos mediúnicos mais comuns era os chamados raps, golpes e pancadas, geralmente fortíssimos, que produziam um barulho estrondoso. No início, acreditava-se que estes golpes eram produzidos por alguma causa material, como a dilatação da matéria ou algum fluido oculto acumulado na mesma, porém, com o tempo, estas hipóteses foram sendo abandonadas pela maioria dos pesquisadores.
A ciência espírita tem como base a experimentação, ainda que, oficialmente, não seja reconhecida.
No início de seu desenvolvimento, grandes pesquisadores, reconhecidos mundialmente, se proporam a estudar e experimentar os fenômenos espíritas com o objetivo de ridicularizar o Espiritismo, porém, conforme se aprofundavam em suas pesquisas, ficavam cada vez mais convencidos da veracidade dos fatos. Isto aconteceu com o próprio Kardec, que foi quem desenvolveu os fundamentos básicos da doutrina.
Atualmente, a mediunidade e a sobrevivência da alma após a morte do corpo têm se tornado temas de pesquisas de um número cada vez maior de universidades. Aos poucos, o preconceito está sendo vencido e a verdade triunfará, independente de qualquer segmento religioso.
FONTE:http://ww2.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=299:a-ciencia-espirita&catid=34:artigos&Itemid=54


MEDIUNIDADE E EVOLUÇÃO

O Espiritismo tem como base a análise e compreensão das comunicações mediúnicas e o raciocínio lógico – fé raciocinada – dos ensinamentos dos espíritos. Portanto, a doutrina não se resume no estudo dos fenômenos espíritas ou do mundo espiritual. Precisamos estudar e, principalmente, vivenciar os preceitos e valores morais que servem de base da doutrina, ou seja, a proposta do Evangelho, que em sim mesmo é universal e não-sectário.
Se não vivenciarmos, no dia a dia, a mensagem cristã, e apenas ficarmos admirados com os fenômenos, agiremos como um homem sedento que encontrou um copo de cristal cheio de água, mas morreu de sede por se demorar admirando a beleza do copo.
A mediunidade, trabalhada com princípios elevados e altruístas, é como um belo cristal a refletir a Sabedoria divina. Os ensinamentos que os espíritos superiores nos transmitem é a água fresca que a humanidade tanto necessita para revigorar seu espírito sedento de Paz.
Quando falamos em tratamento espiritual, nos referimos não apenas à cura do corpo físico, mas, sobretudo, à cura da alma.
Os ensinamentos que os espíritos elevados nos transmitem têm como objetivo despertar a consciência humana para seus potenciais divinos. Os distúrbios emocionais e psíquicos, conforme nos ensinam, causam desequilíbrios energéticos que acabam desestruturando a harmonia celular, culminado, assim, nas doenças comumente diagnosticadas pelos médicos.
Portanto, devemos entender que a proposta maior do centro espírita não é a de substituir o hospital. Isso seria, até mesmo, contra a legislação brasileira. Sua missão maior é fornecer subsídios para que a criatura humana encontre condições para efetuar o seu amadurecimento e equilíbrio espiritual, o que trará, como consequência, o bem-estar e a saúde integral. Para tanto, muitas vezes se faz necessário o uso de determinados recursos, como sessões de desobsessão, passes e fluidificação da água. Jamais um dirigente espírita deverá recomendar a suspensão do acompanhamento médico.
A mediunidade é um fenômeno espiritual que ocorre com muito mais frequência do que imaginamos. Interagimos, em maior ou menor grau, com os espíritos em nosso dia a dia. Por se manifestarem em planos mais sutis, imperceptíveis para a maioria, com leis ainda desconhecidas pela ciência acadêmica, temos dificuldade em compreender suas influências.
Em potencial, todos somos médiuns, independente de nossa religião, pois a mediunidade é algo inerente ao espírito (lembre-se de que você é um espírito, apenas está temporariamente encarnado). Porém, as pessoas não possuem a mediunidade no mesmo grau. Alguns a possuem em estado bastante aflorado, de forma ostensiva; outras, a possuem apenas em estado latente e recebem do plano espiritual apenas uma vaga impressão. Costumamos chamar de médiuns aqueles que possuem esta faculdade de maneira ostensiva, portanto, poucos podem ser considerados médiuns (ostensivos).
Mediunidade não significa, necessariamente, que a pessoa que a possua seja um espírito evoluído. A grande maioria dos médiuns recebe uma preparação em seu perispírito (corpo astral) antes de reencarnar, para estarem em condições de exercer a mediunidade. Muitas vezes, é uma expiação, sendo uma valiosa oportunidade de evolução e de repararem os erros cometidos em outras encarnações através da caridade, do auxílio ao próximo. Portanto, mediunidade deve, sempre, rimar com caridade e responsabilidade!

Artigo publicado na edição 81 da Revista Cristã de Espiritismo.
Ao reproduzir o texto, favor citar o autor e a fonte.

EU FUI UM MAGO NEGRO!

Luiz Roberto Matos

Esta é uma revelação que fiz apenas uma única vez, em uma comunidade de projeção astral no ORKUT, da qual participo.
Eu fui um mago negro!
Não nesta vida! No passado!
Olhando para trás, para o tempo em que fui o que hoje chamam de mago negro, eu mudei muito! Evoluí bastante!
O que é um mago negro, para princípio de conversa?
É um mago da raça negra? É um mago que se veste de preto?
Não, não é nada disso!
A palavra mago deriva de magia. Assim, mago é quem pratica magia. Antes o mago também era chamado de mágico! E os mágicos de hoje tentam imitar o que antigos magos faziam! Só que, com a perda do conhecimento e dos poderes, os mágicos de hoje fazem apenas truques, enquanto que os antigos mágicos realizavam realmente coisas extraordinárias!
Há hoje várias formas de magia, e todas elas são superficiais.
O verdadeiro conhecimento de magia, que era praticado desde os tempos da Atlântida se perdeu no tempo. Isso já me foi dito por espíritos amigos, e de confiança!
O que restou, e que ainda é praticado por poucos atualmente, não é nem um pálido reflexo da magia praticada na Atlântida, na Pérsia e Egito antigo.
Quando vejo escritor famoso sendo chamado de mago, e se vestindo apenas de preto, dou risada, pois ele nem sabe o que é magia de verdade.
Os verdadeiros magos negros jamais escreveriam sobre santos, sobre cristianismo, igrejas, etc. E os “magos brancos” não se vestiriam de preto!
Não conheço hoje um único mago de verdade encarnado! Mago com os conhecimentos e poderes que os antigos magos possuíam, e utilizando-os efetivamente!
O conhecimento da magia antiga se perdeu no tempo com o afundamento da Atlântida, e apenas um pálido reflexo sobreviveu após o seu afundamento, em pequenas escolas iniciáticas no Egito e na Caldeia.
O que é um mago negro?
Na antiguidade remota, sobretudo na Atlântida, havia ordens religiosas compostas por sacerdotes, que eram seres vindos de um planeta do sistema solar em torno do sol chamado Capela.
Esses sacerdotes eram, em grande parte, seres orgulhosos e vaidosos, expulsos de seu planeta por não mais acompanharem o progresso evolutivo da maioria de seus habitantes.
Vieram para a Terra para regeneração, e começaram a encarnar.
Muitos dos capelinos eram seres ligados a religião, seitas e caminhos iniciáticos em seu planeta, e aqui acabaram sendo atraídos para ordens religiosas em templos dirigidos por sacerdotes mais evoluídos, que buscavam ensinar não apenas a magia, o desenvolvimento dos poderes psíquicos, mas também ensinavam moralidade.
Todavia, alguns dos discípulos, dos alunos, por serem ainda muito orgulhosos e vaidosos, intentaram tomar o poder das organizações, dominando-as.
Esses praticantes de magia, não a magia que hoje conhecemos, mas algo muito mais profundo, e com grande desenvolvimento de poderes psíquicos, se desviaram do caminho da magia de cura, utilizada para auxiliar as pessoas, e então nasceram o que hoje se chama de mago negro.
Se lembrarmos do filme Star Wars (Guerra nas Estrelas), veremos como um jovem iniciado, vaidoso, orgulhoso, revoltado, e com ciúme do mestre, mudou de lado, aliando-se a outros seres voltados ao mal, representado no filme como “o lado negro da força”.
O que é o lado negro da força?
É a utilização da força, da energia, do conhecimento psíquico para o domínio dos outros, para a conquista do poder sobre os outros.
O que levou os antigos magos da Atlântida a se desviarem do bom caminho e se tornarem magos negros foi o desejo de poder, acima de tudo, e aí entrou o orgulho excessivo, e a vaidade extrema.
Os antigos sacerdotes da Atlântida não eram negros, nem usavam roupas pretas!
A expressão mago negro se refere ao fato de terem se voltado para o lado negro da força, como chama o filme citado, e por se aliarem a espíritos das trevas, das regiões escuras, e por isso negras. Daí mago negro.
Eram sacerdotes que se desviaram do bom caminho, por orgulho, por vaidade, e por ainda desejarem muito o poder.
Alguns já vieram de Capela com esse potencial para a busca do poder, e cheios de orgulho e vaidade. E outros eram seres simples, terráqueos, que se deixaram enebriar pelos pensamentos dos que buscavam avidamente o poder psíquico para usar na dominação das massas.
Eu estava entre os terráqueos com alguma inteligência já despertada quando os capelinos aqui chegaram. Não sou capelino!
Isso me foi revelado muitos anos trás por um capelino amigo, incorporado em uma médium de minha confiança, com quem trabalhava em um centro espírita.
Eu era um hominoide peludo inteligente, que admirava o fogo, quando os capelinos aqui chegaram, pelo menos uma leva deles, pois houve várias, em épocas diferentes. E eles me usaram, me ensinaram, “fizeram a minha cabeça”, e eu gostei do que aprendi, e do poder que conquistei, e me tornei orgulhoso, vaidoso, e terminei me tornando um mago negro.
Não posso culpar ninguém por isso! Eu tinha livre-arbítrio!
Depois, fui sacerdote na Pérsia, e em seguida no Egito, com grande poder! Eu já tive muito poder, conforme me disse um amigo espiritual!
Juntei-me a grupos de sacerdotes orgulhosos e vaidosos que gostavam demais do poder que tinham!
Fazíamos experiências médicas com as pessoas! E aprendemos muito sobre o corpo humano, e assim a medicina egípcia se desenvolveu!
O que os médicos nazistas fizeram em termos de experiências médicas com os judeus não foi nada perto do que era feito por sacerdotes no Egito com a população local!
Hoje faço parte de um trabalho de cura, junto com alguns antigos companheiros que já se regeneraram, para resgate desse passado no Egito. São antigos magos negros resgatando seu passado delituoso, alguns encarnados e outros desencarnados dando suporte. Mas nem todos os nossos trabalhadores foram sacerdotes no Egito.
Assim nasceram no Egito muitos médicos e cientistas do corpo humano na antiguidade!
A Grécia aprendeu medicina com o Egito, e isso se deveu aos sacerdotes egípcios e suas experiências médicas, inclusive no processo de mumificação!
O conhecimento de magia dos antigos sacerdotes egípcios não se comparava mais ao que se sabia na Atlântida, mas mesmo assim o conhecimento ainda era grande, se pensarmos no que alguns ainda acreditam ser possível fazer nos dias atuais.
A Bíblia contém muitas referências a poderes psíquicos, a magia, inclusive por parte de Moisés, que foi iniciado no Egito.
Quando Moisés jogou o cajado no chão em frente ao Faraó do Egito, e o cajado se transformou em serpente, ele não estava fazendo um mero truque, como os de David Copperfield. Moisés tinha poderes psíquicos muito desenvolvidos!
Havia disputa pelo poder dentro das organizações iniciáticas no Egito! E muita! Porque havia muito orgulho, muita vaidade, e muito desejo de poder!
Terminado o tempo do Egito, como havia terminado o tempo da Pérsia, em termos de ordens religiosas, o que sobrou?
Muito pouco!
As escolas iniciáticas posteriores detinham apenas uma pálida lembrança dos áureos tempos da magia ritual dos antigos sacerdotes do Egito e da Pérsia! Da Atlântida nada mais restara!
Reencarnei na Grécia no século IV a.C., junto a um filófoso, Epicuro, e aprendi muito com ele, sobre moralidade! Mas ainda assim me envolvi em política e disputei o poder com antigo companheiro do Egito!
Depois reencarnei em Roma, onde também disputei o poder com o mesmo espírito!
Então nasci em Israel, no tempo do mestre Galileu, a quem conheci, a quem ouvi, e me converti ao cristianismo, dando apenas início ao meu processo de regeneração, que duraria séculos.
Mais tarde, no século XVII, fui padre católico na Espanha, e ajudei a desvirtuar a igreja, fazendo sexo com freiras, mandando matar gente na Inquisição, etc.
Julgava estava servindo a Cristo, e de certo modo servi, mas também desvirtuei sua mensagem.
Foram muitas vidas ligadas a religião, em várias partes do planeta. Fui monge budista na China, fui yogue na Índia, fui místico muçulmano. Tudo depois de conhecer Jesus.
Algumas vidas voltadas para a meditação, para a interiorização, alternadas com vidas voltadas para a guerra, e para a busca do poder.
Nas últimas reencarnações estive longe de igrejas e centros iniciáticos, tendo sido escravo no Brasil, índio na América do Norte, advogado no Brasil, militar e guerreiro nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, e por fim juiz no Brasil, a atual.
Aquele mago negro que eu fui um dia está cada vez mais distante da minha realidade!
Um mago negro é um psicopata, para utilizar uma nomenclatura antiga e mais conhecida da psiquiatria e psicologia, ou um sociopata, ou ainda portador de síndrome de comportamento antisocial, denominação atual.
Encontramos magos negros hoje encarnados como empresários, como chefes de tráfico de drogas, como políticos influentes e ditadores, mas, na sua esmagadora maioria, estão eles desencarnados, e muitos deles estão há vários séculos sem reencarnar, agindo apenas no mundo espiritual, como um antigo companheiro do Egito, com quem travo contato há anos, através de médiuns de psicofonia e também quando saio do corpo durante o sono.
Fui um dia um mago negro, frio, incapaz de sentir empatia com a dor alheia, incapaz de sentir compaixão, perverso, sedento de poder a qualquer custo, orgulhoso e vaidoso, como todos são.
Depois que conheci Jesus, há 2.000 anos, comecei a mudar, e hoje não sou nem reflexo do homem poderoso que fui um dia.
Fora do corpo ainda tenho algum poder, mas no corpo sou apenas um homem comum!
Hoje choro ao assistir o filme A Paixão, de Mel Gibson, ao ver o sofrimento de Jesus, e isso me faz querer ser melhor, e também choro ao assistir ao filme Pedro, com Omar Charif.
Choro em muitos filmes tristes, como Nas Profundezas do Mar Sem Fim, tenho compaixão pela dor das pessoas, sou honesto, um homem de bem, e um homem do bem, que já recusou algumas vezes propostas de antigos companheiros, magos negros, para ficar rico e poderoso, mas mudando novamente de lado.
Poderia ser hoje um homem muito rico, e muito poderoso, se quisesse! Mas isso não é mais o meu foco de vida! Mudei!
Isso para mim hoje é impensável!
Sou hoje um servo do bem! Um soldado do “exército” do Cordeiro, como o pessoal das trevas chama Jesus.
Mesmo estando muito longe da perfeição, meu caminho não tem volta!
Não sinto mais nenhuma atração pelo caminho do mal, da dominação, da luta pelo poder, da luta contra aqueles que trazem luz para o mundo.
Meu caminho hoje é o caminho do bem, da luz, da paz e do amor!
Fui um mago negro!
Hoje, no entanto, sou um ex-mago negro em processo de permanente transformação e regeneração!
Sou ainda cobrado e perseguido por antigos companheiros, e assediado por eles sem piedade. Eles ainda esperam pacientemente que eu volte atrás na minha decisão.
No entanto, não tenho a menor pretensão de voltar atrás!
Estou bem, seguindo o caminho do amor ao próximo!
Desenvolvo um amor cada vez maior por Jesus, pelo próximo, e pelo bem, e busco ajudar aos outros a refletirem sobre muitas coisas na busca da espiritualidade.
Esse é hoje o caminho de um antigo e poderoso mago negro que renegou a sua classe e “se bandeou para o lado do Cordeiro”, como dizem eles!
Isso mostra que todos podem se regenerar!
Mesmo os mais temíveis magos negros um dia serão dóceis trabalhadores do cristo, velando pela paz do mundo, pelo bem, pelo amor, como hoje eu sou. Se isso não acontecer aqui na Terra, acabarão mudando em outro planeta, pois serão exilados da Terra.
Fui um mago negro!
Hoje, sou um fã incondicional de Jesus, e um incansável trabalhador da sua seara!
Temos que crescer, que mudar, que evoluir, para conquistarmos não mais o poder, como buscávamos no passado, mas para alcançar a paz, o amor e a felicidade!
O meu caminho hoje é o caminho do guerreiro pacífico!
Desejo apenas paz, luz, amor, e trabalhar para que todos tenham isso tudo também!
Muita Paz.

Salvador, 12 de julho de 2011.
Luiz Roberto Mattos
FONTE:http://www.mestresanakhan.com.br/

domingo, 7 de agosto de 2011

ESPIRITISMO E ESPIRITOLOGIA

Espiritismo e Espiritologia

Apesar de Allan kardec definir o espiritismo como a ciência que estuda a vida ativa após a morte e a relação entre o mundo espiritual e o material, os kardecistas abandonaram essa definição, criando suas próprias interpretações sobre o tema. Por exemplo, em seu livro Mediunidade: caminho para ser feliz, Suely C. Schubert esclarece, do ponto de vista kardecista, o que é espiritismo:

“A doutrina espírita ou espiritismo é o ensino dos espíritos, codificados por Allan Kardec. Este criou a palavra espiritismo para designar o conjunto destes ensinamentos, como também o termo espírita – que designa o adepto”.

Essa definição é perfeita do ponto de vista kardecista, pois define que apenas o conjunto dos ensinamentos e os espíritos codificados por Kardec formam o espiritismo. E os ensinamentos de outros espíritos, codificados por outros egos humanizados?  Obviamente que, pela definição acima, não podem ser chamados de espiritismo.

É por isso que desde os anos de 1930, discute-se, acirradamente, se os livros de André Luiz, psicografados por Chico Xavier, são espíritas ou não. O mesmo acontecendo, há cinqüenta anos, com os ensinamentos de Ramatís, psicografados por Hercílio Maes e outros médiuns, ou os ensinamentos mais recentes de Joanna de Angelis, psicografados por Divaldo Franco.

Essa eterna discussão estéril vai continuar existindo enquanto não se decidir com qual definição de espiritismo irá se trabalhar: com a de Kardec ou com a dos kardecistas. Se ficarmos com a definição que diz ser apenas os ensinamentos codificados por Kardec o espiritismo, como aparece com clareza na definição acima, todo o movimento espiritual pós-Kardec poderá ser complementar, concorrencial ou antagônico aos ensinamentos codificados por Kardec.

Nesse sentido, faz-se mister, para amenizar os ânimos, a criação de uma ciência capaz de estudar todos os conhecimentos espiritualistas transmitidos pelos espíritos, sem preconceitos e tomada de partido. Essa ciência poderia ser chamada de Espiritologia.

Através da Espiritologia, deixaria de fazer sentido discutir se os livros de André Luiz são espíritas ou não, se a vida em colônias espirituais é um tema espírita ou não, pois a Espiritologia seria uma ciência que estuda os ensinamentos dos espíritos, que podem ser tanto os codificados por Kardec como aqueles codificados por outros pesquisadores e/ou médiuns. O espiritólogo, como cientista, não toma partido, não briga por verdades; ele apenas estuda. Assim, procura correlacionar os temas e abordagens que são complementares ou que são antagônicos entre os ensinamentos transmitidos pelos espíritos.

Pode comparar os ensinamentos atuais com aqueles que formaram o Espiritismo, ou seja, os codificados por Kardec.
O campo de atuação da Espiritologia, como está explícito no nome, é o da pesquisa. Não é mais um “ismo”, e sim uma nova “logia”.

O espiritólogo, nesse caso, deve ser alguém capaz de transcender os limites do Espiritismo, no sentido kardecista, obviamente. Assim, necessita ter a mente aberta para estudar sem pré-conceitos o inefável mundo dos espíritos, estudando, inclusive, o que estes têm a dizer sobre a Apometria, sobre o Reiki, sobre o Baghavad Gita, sobre a Psicologia Transpessoal, sobre os Chakras, sobre os Orixás, sobre a Magia Negra, sobre a Transcomunicação Instrumental etc. Ou seja, uma série de ensinamentos não codificados por Allan Kardec.

Em suma, o espiritólogo não precisa ser, necessariamente, espírita; mas um espírita que deseja ser um espiritólogo deve estar preparado para separar a ciência do proselitismo, do doutrinismo. Por exemplo, recentemente, em um programa “espírita”, em uma rádio de São Carlos, atacou-se de forma velada a Umbanda pelo fato de alguns umbandistas acreditarem que os Orixás são espíritos criados puros e que não encarnam, quando, há anos, espíritos como Ramatís, Vovó Maria Conga e Pai Joaquim de Aruanda afirmam, em livros e palestras, que orixás não são espíritos, mas identificação de padrões de energia. Orixás são nomes para definir ondas eletromagnéticas com determinada velocidade e amplitude.

Ficou evidente, para o ouvinte atento, o interesse do programa em rebaixar a Umbanda, ao invés de fazer um estudo aprofundado sobre o tema. Mas isso aconteceu porque se tratava de um programa “espírita”, preocupado, obviamente, com proselitismo e doutrinação.

O mesmo deve acontecer com os programas de rádio e de TV das igrejas evangélicas ou católicas. Critica-se, veladamente, a igreja rival para atrair mais adeptos e se colocar como a única e verdadeira religião.

Esse exemplo acima nos ajuda a compreender o objetivo da Espiritologia. Esta deve estudar, com espírito isento de pré-conceitos, os ensinamentos dos espíritos e se libertar de toda e qualquer forma de doutrinação religiosa. De seus estudos e codificações podem até surgir novas filosofias, novos “ismos”, mas, nesse caso, já não é mais o seu campo de atuação. O seu é o de pesquisar e sistematizar os ensinamentos dos espíritos, de forma imparcial e neutra.
(Trabalhos Práticos de Apometria – Circulo de São Francisco Instituto de Animagogia, RiMa Editora, 2006, São Paulo – SP)

FONTE: 4shared - Apometria - shared folder - free file sharing and storage.mht

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

AS ENFERMIDADES ESPIRITUAIS


AS ENFERMIDADES ESPIRITUAIS
Marta Antunes Moura

 As enfermidades  espirituais produzem distúrbios ou lesões no corpo físico decorrentes de desarmonias psíquicas originadas das condições pessoais do enfermo, da influência de entidade espiritual, ou por ação conjunta de ambos. Podem ser consideradas como de  baixa, média ou de alta gravidade .
As de baixa gravidade, mais fáceis de serem controladas,  costumam surgir em momentos específicos da vida, quando a pessoa passa por algum tipo de dificuldade: perdas afetivas ou materiais; doenças físicas; insucesso profissional, entre outras. São situações  que as emoções afloram impetuosamente, gerando diferentes tipos de somatizações: ansiedade, angústia, dores musculares, enxaqueca, distúrbios na digestão (náuseas, cólicas, azia, má absorção alimentar etc.). Ocorrem distúrbios do sono, da atenção e do controle emocional. Nessa situação, a  prece representa um poderoso instrumento de auxílio pois eleva o padrão vibratório do necessitado. A mudança vibratória permite que a assistência dos benfeitores espirituais favoreça  o reajuste  psíquico, emocional e físico. A pessoa recupera, então,  as rédeas sobre si mesma,  rompendo com as idéias perturbadoras, próprias ou de outrem.
As doenças espirituais de média gravidade podem prolongar- se por anos a fio, mantendo-se dentro de um mesmo padrão ou evoluindo para algo mais grave. Com o passar do tempo,  podem apresentar  um quadro sintomatológico característico de um tipo específico de patologia: insônia persistente; gastrite e ulceração gástrica; infecções microbianas repetidas; crises alérgicas costumeiras; dores musculares penosas, formadoras de nódulos ou pontos de tensão;  dificuldades respiratórias seguidas das desagradáveis “falta de ar”; hipertensão; obesidade ou magreza; crises de enxaqueca prolongadas, não controláveis por medicamentos; humor claramente afetado, oscilante entre crises de irritabilidade e impaciência incomuns  e  momentos de indiferentismo e submissão emocionais; episódios depressivos repetidos seguidos de euforia exagerada.
Se não ocorre a desejável assistência espiritual em benefício do necessitado,  nessa fase da evolução da  enfermidade, os doentes  podem desenvolver comportamentos, caracterizados, sobretudo, por “manias” e  pelo isolamento social.  As idéias e os desejos do enfermo  ficam girando  dentro de um círculo vicioso, conduzindo à criação de formas-pensamento, alimentadas pela vontade do  próprio necessitado  e  pela dos Espíritos desencarnados, sintonizados nesta faixa de vibração.  As orientações espíritas, se aceitas e seguidas,  proporcionam imenso conforto, podendo reduzir ou eliminar o quadro geral de perturbações, sobretudo se associada às ações médicas e  ou psicológicas.  Assim, faz-se necessário desenvolver persistente trabalho de renovação mental e comportamental da pessoa necessitada de auxílio. A prece, o passe,  a água fluidificada, o estudo do Evangelho no lar, a assistência espiritual (atendimento e diálogo fraterno, freqüência  às reuniões de explanação do Evangelho e de irradiações espirituais), o estudo espírita, entre outros, representam instrumentos de auxílio e de renovação psíquica, em geral disponibilizados pelas nossas Casas Espíritas.
As enfermidades espirituais, classificadas como graves, são encontradas em pessoas que revelam  perdas temporárias  ou permanentes da consciência. A perda da consciência, lenta ou repentina, pode estar associada a uma causa fisiológica (velhice) ou a uma patologia (lesões cerebrais de etiologias diversas). Nessa situação, o enfermo vive períodos de alheamentos ou alienações mentais, alternados com outros de lucidez. Esses períodos são particularmente difíceis pois a pessoa passa a viver numa realidade estranha e dolorosa,  sobretudo quando o espírito enfermo ver-se associado a outras mentes enfermas, em processos de simbioses espirituais.  O doente requisita atendimento médico especializado, no campo da psiquiatria. A  fluidoterapia espírita suaviza a manifestação da doença, auxiliando o tratamento médico. A assistência espiritual, oferecida pela Casa  Espírita, age como bálsamo, minorando o sofrimento dos encarnados – doente, familiares e amigos – e dos desencarnados envolvidos na problemática. O atendimento ao perturbador espiritual nas  reuniões de desobsessão, assim como as irradiações mentais em benefício  do obsessor e do obsidiado, produzem resultados significativos, fundamentais ao processo de libertação espiritual.

As enfermidades espirituais  representam uma realidade, impossível de ser ignorada, sobretudo nos tempos atuais quando  sabemos  da existência  de um alerta superior que nos aponta para a urgente  necessidade de avaliarmos a nossa conduta moral, desenvolvendo ações e atitudes compatíveis com a Lei de amor, justiça e caridade.
As enfermidades espirituais deixarão de existir, nos esclarecem os benfeitores espirituais, quando nos renovarmos para o bem. Nesse sentido, são oportunas as elucidações do Espírito André Luiz: (...)  a enfermidade, como desarmonia espiritual (...) sobrevive no perispírito. As moléstias conhecidas no mundo e outras que ainda escapam ao diagnóstico humano, por muito tempo persistirão nas esferas torturadas da alma, conduzindo-nos ao reajuste. A dor é o grande e abençoado remédio. Reeduca-nos a atividade mental, reestruturando as peças de nossa instrumentação e polindo os fulcros anímicos de que se vale a nossa inteligência para desenvolver-se na jornada para a vida eterna. Depois do poder de Deus, é a única força capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-nos a indispensáveis modificações, com vistas ao Plano Divino, a nosso respeito, e de cuja execução não poderemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos (¹).
(1) XAVIER, Francisco Cândido. Entre A Terra
Fonte: http://amigoespirita.ning.com/group/saudeeespiritismo/forum/topic/show?id=2920723%3ATopic%3A319036&xgs=1&xg_source=msg_share_topic