O Transtorno de Personalidade Limítrofe (TPL), também muito conhecido como Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), Transtorno Estado-Limite da Personalidade é definido como um grave transtorno de personalidade caracterizado por desregulação emocional, raciocínio extremista (cisão) e relações caóticas. Pessoas com personalidade limítrofe podem possuir uma série de sintomas psiquiátricos diversos como humor instável e reativo, problemas com a identidade, assim como sensações de irrealidade e despersonalização. Com tendência a um comportamento briguento, também é acompanhado por impulsividade sobretudo autodestrutiva, manipulação e chantagem, conduta suicida, bem como sentimentos crônicos de vazio e tédio. Esses indivíduos são aparentemente vistos como “rebeldes”, “problemáticos” ou geniosos e temperamentais, no entanto, na realidade possuem um grave distúrbio. É frequentemente confundido com depressão, transtorno afetivo bipolar ou portador de psicopatia, sendo considerado um dos mais complicados transtornos de personalidade, com grande dificuldade de tratamento.
O TPB é um grave distúrbio que afeta seriamente toda a vida da pessoa acometida causando prejuízos significativos tanto ao próprio indivíduo como às outras pessoas. Frequentemente eles precisam estar medicados com algum tipo de medicamento psicotrópico como antidepressivos para evitar um descontrole emocional intenso.
Os sintomas aparecem durante a adolescência e se concretizam nos primeiros anos da fase adulta (em torno dos 20 anos) e persistem geralmente por toda a vida. Essa fase pode ser desafiadora para o paciente, seus familiares e seus terapeutas, mas na maioria das vezes a severidade do transtorno diminui com o tempo. Como os sintomas tornam-se perceptíveis principalmente na adolescência, a família desses indivíduos podem supor que a rebeldia, impulsividade, descontrole emocional e instabilidade da auto percepção e valores são coisas típicas da idade, mas geralmente não fazem ideia que estão diante de um ente com um grave distúrbio que sofre muito por ser assim.
As perturbações sofridas pelos portadores do TPL alcançam negativamente várias facetas psicossociais da vida, como as relações em ambientes escolares, no trabalho, na família. Envolvimento com drogas, tentativas de suicídio e suicídio consumado são possíveis resultados sem os devidos cuidados e terapia. A psicoterapia é indispensável e emergencial.
A maioria dos estudos indica uma infância traumática (diversas formas de abusos; separação dos pais, ou a soma de ambos e outros fatores) como precursora do TPL, ainda que alguns pesquisadores apontem uma predisposição genética, além de disfunções no metabolismo cerebral.
Estima-se que 2% da população sofram deste transtorno, com mulheres sendo mais diagnosticadas do que homens.
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