domingo, 11 de dezembro de 2011

Multiplicidade: A nova ciência da personalidade


Multiplicidade: A nova ciência da personalidade

Sinopse

Ser múltiplo é uma qualidade inerente ao homem. Portanto, a multiplicidade não deve ser encarada como uma aberração, pelo contrário: trata-se do estado natural do ser humano, é o que diz a escritora e conferencista Rita Carter, especialista no cérebro humano. Em “Multiplicidade: A nova ciência da personalidade”, a autora lança um novo olhar sobre os achados das pesquisas e experiências científicas mais recentes sobre a memória humana e sobre o senso de identidade de cada indivíduo, oferecendo ao leitor um guia essencial para harmonizar suas personalidades, explicando como identificar os diferentes personagens que residem em cada um de nós e como fazê-los agir em conjunto num mundo que demanda mais e mais do sujeito.

Afinal, os “eus” não trabalham juntos, mas brigam pelo poder e para gradativamente arruinar o outro. Já na Grécia Antiga, Platão havia entendido que a psique era dividida em três partes: a racional, a espiritual e a sensorial. No século IV, Santo Agostinho escreveu sobre seu “antigo eu pagão” que aparecia à noite para atormentá-lo, explica a autora. Mais tarde, a genialidade de Shakespeare criou os famosos personagens que vivem o conflito de identidades duplas, como Hamlet, Macbeth, Otelo e outros. O início do século XX trouxe as idéias de Freud sobre a existência de uma mente consciente e outra inconsciente, enquanto a teoria dos arquétipos de Jung sustentava a presença de entidades separadas no inconsciente.


Muitos autores dedicaram-se ao estudo da múltipla personalidade e várias escolas surgiram para explicar e tratar os sintomas da multiplicidade, desde a hipnose até à moderna tecnologia de imagem, passando pelos Transtorno de Múltipla Personalidade (TMP) e Desordem de Identidade Dissociativa (DID), que geraram controvertidos e polêmicos diagnósticos. As pesquisas da neurociência levaram à conclusão de que não existe um “eu essencial” no cérebro humano, mas um conglomerado de mentes menores que surgem em determinadas situações e desaparecem depois de utilizadas. As técnicas de imagem mostram claramente o que está acontecendo no cérebro, sinalizando até mesmo a mais tênue diferença entre uma afirmação verdadeira e outra falsa. As tecnologias de imagem cerebral tornaram possível ver dentro da cabeça da pessoa e observar as combinações neurais que produzem sensações, pensamentos e sentimentos.


Todos podem ver, exposto na tela, como sua vida interna é gerada, afirma a autora. Portanto, o livro de Rita Carter é sobre a multiplicidade normal, comum a todas as pessoas. Ela afirma que entender sobre esta forma extrema de multiplicidade pode ajudar o homem a se conhecer melhor. Sua intenção é mostrar que a personalidade não é um bem inato. Ao contrário, as crianças vêm equipadas com impulsos e inclinações genéticas, mas suas personalidades são construídas com os tijolos da experiência.


RITA CARTER, é jornalista especializada em ciência e medicina. Autora de livros sobre esses temas, ganhou duas vezes o Medical Lournalists´Association. Colabora para veículos como The Times, New Scientist, Telegraph e Independent. Realiza palestras nos Estados Unidos e Europa.

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