domingo, 15 de dezembro de 2013

FLUIDOS

Os Fluidos

Projeto Reler

“... e quando semeias, não semeias o corpo que há de ser, mas o simples grão, como de trigo ou de qualquer outra semente. Mas Deus dá o corpo como lhe aprouve dar e a cada uma das sementes, o seu corpo apropriado. Nem toda carne é a mesma; porém uma é a carne dos homens, outra a dos animais, outra a das aves, outra a dos peixes. Também há corpos celestiais e corpos terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais e outra, a dos terrestres. Uma é a glória do sol, outra a glória da lua, outra a das estrelas; porque até entre as estrelas há diferenças de esplendor” - (I Coríntios, cap. 15 - 37 a 41).

CONSIDERAÇÕES
Um dos grandes mistérios que a Ciência humana procura esclarecer é o da existência de uma matéria básica universal, capaz de servir como ponto de partida para a origem dos elementos físicos conhecidos. Embora pesquisadores em todo o mundo tenham se empenhado no estudo da estrutura íntima dos átomos, ainda não se conseguiu encontrar esse elemento básico primitivo. Acredita-se que o Universo, em seu lado material, tenha uma idade calculada aproximadamente entre 9 e 16 bilhões de anos. Estudos modernos afirmam que no princípio todos os elementos materiais estavam reunidos num só “ponto”, sob uma pressão incalculável. Num dado momento, esse ponto teria explodido, dispersando matéria pelo espaço, dando origem às nebulosas, aos sistemas estelares, aos planetas e aos astros. O Universo, de acordo com a física moderna, continua a se expandir e não se sabe até quando continuará neste processo. A Ciência entende que, encontrando o elemento material primitivo, estaria frente à solução de muitos mistérios sobre a origem das coisas. No século XIX, quando começaram as manifestações dos Espíritos, eles revelaram uma teoria onde explicavam de forma racional a origem das coisas materiais e espirituais. Diziam que havia por toda a Criação um elemento primitivo etéreo, denominado “fluido universal”, e que todos os elementos materiais conhecidos seriam formas modificadas deste fluido. Alguns cientistas no passado pesquisaram a matéria básica, também denominada “éter”, mas não conseguiram convencer os meios científicos de sua existência. A Ciência não podia compreender a presença, no espaço, de uma matéria tão sutil que não fosse detectada pelos instrumentos existentes. O Espiritismo, através dos fenômenos de efeitos físicos, demonstrou a existência do fluido universal, base de todos os elementos materiais.

FLUIDO UNIVERSAL
O fluido universal é a matéria básica fundamental de todo o Universo material e espiritual, a matéria elementar primitiva. É altamente influenciável pelo pensamento (que é uma forma de energia), podendo se modificar, assumir formas e propriedades particulares. A ação do Pensamento Divino sobre o fluido universal deu origem às nebulosas, aos sistemas estelares, aos planetas e astros. É nessa matéria fluídica que o Criador executa o plano existencial. O fluido universal preenche todo o espaço existente entre os mundos. Por meio dele viajam as ondas do pensamento, do mesmo modo que as ondas sonoras se projetam na camada atmosférica.

Em torno dos planetas, o fluido universal apresenta-se modificado. A presença da vida no orbe impõe-lhe características especiais, pois que é alterado pela atividade mental dos habitantes. Assim, nos mundos mais primitivos, o fluido universal que os circunda apresenta-se escuro e pesado. Nos mundos mais civilizados, a atmosfera espiritual é mais leve e luminosa. Para melhor compreensão, pode-se dizer que esse princípio elementar tem dois estados distintos: o da imponderabilidade ou de eterização (estado normal primitivo), e o de ponderabilidade ou de materialização. Ao primeiro estado pertencem os fenômenos do mundo invisível e ao segundo os do mundo visível. Logicamente entre os dois pontos existem inúmeras formas intermediárias de transformação do fluido em matéria tangível. No estudo deste importante assunto poderemos entender a origem de muitas afeções do ser humano e os fundamentos da fluidoterapia, largamente empregada nos centros espíritas, na profilaxia e tratamento das enfermidades físicas e espirituais.

“No estado de eterizarão, o fluido universal não é uniforme; sem cessar de ser etéreo, passa por modificações tão variadas em seu gênero, e mais numerosas talvez, do que no estado de matéria tangível. Tais modificações constituem fluidos distintos que, se bem sejam procedentes do mesmo princípio, são dotados de propriedades especiais, e dão lugar aos fenômenos particulares do mundo invisível. Uma vez que tudo é relativo, esses fluidos têm para os Espíritos, que em si mesmo são fluídicos, uma aparência material quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados, e são para eles o que para nós são as substâncias do mundo terrestre; eles as elaboram, as combinam para produzir efeitos determinados como o fazem os homens com seus materiais, embora usando processos diferentes” - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 3).

FLUIDO VITAL
Os Espíritos afirmam que uma das modificações mais importantes do fluido universal é o fluido vital. Ele é o responsável pela força motriz que movimenta os corpos vivos. Sem ele, a matéria é inerte. Podemos dizer que ele é responsável pela animalização da matéria, pois, segundo os Espíritos, a vida é resultado da ação de um agente sobre a matéria. Esse agente é o fluido vital. É ele que dá vida a todos os seres que o absorvem e assimilam. A matéria sem ele não tem vida assim como ele sem a matéria não é vida. Quando os seres orgânicos perdem a vitalidade, por ocasião da morte, a matéria se decompõe formando novos corpos e o fluido vital volta à massa, ao todo universal, para novas combinações e utilizações no Universo. Cada ser tem uma quantidade de fluido vital, de acordo com suas necessidades. As variações dependem de um série de fatores. Allan Kardec nos instrui sobre o assunto em O Livro dos Espíritos, pergunta 70:

“A quantidade de fluido vital não é a mesma em todos os seres orgânicos:

varia segundo as espécies e não é constante no mesmo indivíduo, nem nos vários indivíduos de uma mesma espécie. Há os que estão, por assim dizer, saturados de fluido vital, enquanto outros o possuem apenas em quantidade suficiente. É por isso que uns são mais ativos, mais enérgicos, e de certa maneira, de vida superabundante.

A quantidade de fluido vital se esgota. Pode tornar-se incapaz de entreter a vida, se não for renovada pela absorção e assimilação de substâncias que o contêm.

O fluido vital se transmite de um indivíduo a outro. Aquele que o tem em maior quantidade pode dá-lo ao que tem menos, e em certos casos fazer voltar uma vida prestes a extinguir-se”.

Estudando esses fundamentos à luz do Espiritismo, chegamos à compreensão de muitas coisas simples que nos pareciam complicadas e irreais, como por exemplo a citação de Moisés na Bíblia sobre a origem do homem. Diz ele: “ Deus formou o corpo do homem do limo da terra e lhe deu uma alma vivente à sua semelhança”. Ele estava certo, pois queria dizer que o corpo material era formado dos mesmos elementos que tinham servido para formar o pó da terra. A “alma vivente à sua semelhança” é o princípio inteligente ou espiritual retirado da essência divina, fazendo grande distinção entre o material e o espiritual.

O homem pode manter o equilíbrio de sua saúde vital através da alimentação, da respiração de ar não poluído e, acima disso, mantendo uma conduta mental sadia. O Princípio vital é a lei que rege a existência do fluido vital.

ATMOSFERA FLUÍDICA
“Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável” - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).

Vimos que o pensamento exerce uma poderosa influência nos fluidos espirituais, modificando suas características básicas. Os pensamentos bons impõem-lhes luminosidade e vibrações elevadas que causam conforto e sensação de bem estar às pessoas sob sua influência. Os pensamentos maus provocam alterações vibratórias contrárias às citadas acima. Os fluidos ficam escuros e sua ação provoca mal estar físico e psíquico.

Pode-se concluir assim, que em torno de uma pessoa, de uma família, de uma cidade, de uma nação ou planeta, existe uma atmosfera espiritual fluídica, que varia vibratoriamente, segundo a natureza moral dos Espíritos envolvidos.

À atmosfera fluídica associam-se seres desencarnados com tendências morais e vibratórias semelhantes. Por esta razão, os Espíritos superiores recomendam que nossa conduta, nas relações com a vida, seja a mais elevada possível. Uma criatura que vive entregue ao pessimismo e aos maus pensamentos, tem em volta de si uma atmosfera espiritual escura, da qual aproximam-se Espíritos doentios. A angústia, a tristeza e a desesperança aparecem, formando um quadro físico-psíquico deprimente, que pode ser modificado sob a orientação dos ensinos morais de Jesus.

“A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem conseqüências de importância direta e capital para os encarnados. Desde o instante em que tais fluidos são o veículo do pensamento; que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é evidente que eles devem estar impregnados das qualidades boas ou más, dos pensamentos que os colocam em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos” - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).

À medida que cresce através do conhecimento, o homem percebe que suas mazelas, tanto físicas quanto espirituais, é diretamente proporcional ao seu grau evolutivo e que ele pode mudar esse estado de coisas, modificando-se moralmente. Aliando-se a boas companhias espirituais através de seus bons pensamentos, poderá estabelecer uma melhor atmosfera fluídica em torno de si e, consequentemente, do ambiente em que vive. Resumindo, todos somos responsáveis pelo estado de dificuldades morais que vive o planeta atualmente.

“Melhorando-se, a humanidade verá depurar-se a atmosfera fluídica em cujo meio vive, porque não lhe enviará senão bons fluidos, e estes oporão uma barreira à invasão dos maus. Se um dia a Terra chegar a não ser povoada senão por homens que, entre si, praticam as leis divinas do amor e da caridade, ninguém duvida que não se encontrem em condições de higiene física e moral completamente outras que as hoje existentes” - (Allan Kardec - Revista Espírita, Maio, 1867).

O PERISPÍRITO
Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual” - (Coríntios I, cap. 15, versículo 44). Sabe-se que a alma é revestida por um envoltório ou corpo fluídico, chamado perispírito, constituído das modificações do fluido universal. É, por assim dizer, uma condensação do fluido cósmico em redor do foco de inteligência ou alma, deduzindo-se daí que o corpo perispiritual e o corpo humano têm sua fonte no mesmo fluido, posto que sob dois estados diferentes. O perispírito, ou corpo astral, pode ser definido como um veículo intermediário entre o Espírito e a matéria. É o agente das sensações externas. Paulo de Tarso, na Bíblia, chamou-o corpo espiritual. O Espírito, quando encarnado, não age diretamente sobre os corpos materiais. Sua natureza abstrata não o permite. O perispírito é o laço que serve de elo entre ambos, pois, enquanto de um lado sofre a influência do pensamento, do outro exerce contato com a matéria. É o perispírito quem transmite as ordens conscientes e inconscientes do Espírito para a atuação do corpo físico. No sentido contrário, o corpo astral leva as sensações captadas pelo corpo físico à apreciação da alma. a) Constituição do perispírito O corpo espiritual é de natureza semimaterial, constituído de uma modificação do fluido universal do orbe onde o Espírito está encarnado. A estrutura do perispírito varia de mundo para mundo. Quanto mais evoluído é o planeta, mais sutil é o corpo fluídico dos que nele vivem. O perispírito modifica-se de acordo com a evolução do Espírito. Isso se dá por causa da influência do pensamento da entidade, na estrutura molecular do corpo espiritual. Diz Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, pergunta 182: “À medida que o Espírito se purifica o corpo que o reveste aproxima-se igualmente da natureza espírita”.

O perispírito não é uma massa homogênea. Possui órgãos como o corpo físico e centros vitais, por onde são absorvidas as energias espirituais. Segundo as provas que certos Espíritos devem passar em suas encarnações, o corpo astral poderá exercer influência na formação do corpo carnal, dando origem a enfermidades ou anomalias orgânicas. O perispírito é altamente plasmável. Quando o Espírito está em liberdade, pode mudá-lo de forma pela ação da sua vontade. Esta propriedade explica as freqüentes referências às aparições de seres angelicais e demoníacos, narradas na história da humanidade.

As aparições de Espíritos são chamadas “materializações”. Nesses fenômenos, o que se vê é o perispírito da criatura manifesta e não o Espírito, como pensam alguns. b) Funções do perispírito Quando migra de um mundo para outro, o Espírito troca de perispírito como se trocasse de roupa, pois seu corpo espiritual é formado de uma variação do fluido universal, existente em torno do planeta onde encarna. O corpo fluídico reflete as experiências da entidade, mas não é a sede da memória. O perispírito registra as experiências vividas pela criatura e as envia ao “sensorium comune” do Espírito (que é o próprio Espírito), arquivo definitivo de todas as passagens da entidade pelo processo evolutivo. Sabe-se que os fluidos são o veículo do pensamento do Espírito e que este pode imprimir naqueles as características que lhe aprouver, com a força de sua vontade, exercendo sobre a matéria a ação resultante desta atuação. É através do perispírito que se dá essa ação na matéria. Funciona, portanto, como uma esponja que absorve do meio as emanações fluídicas boas ou más existentes nele. Deduz-se daí a origem de certos processos de enfermidades, como também compreende-se os mecanismos da cura através da fluidoterapia. O perispírito tem importante papel nos fenômenos psicológicos, fisiológicos e patológicos. Quando a Medicina humana der abertura aos conhecimentos da Ciência Espírita, ela abrirá novos horizontes para uma abordagem e um tratamento mais completos das moléstias orgânicas e psíquicas. O Espiritismo contribuirá com as técnicas de manipulação das energias para revitalizar o corpo astral e fornecerá elementos morais educativos, necessários ao equilíbrio definitivo do ser.

“O perispírito dos encarnados é de natureza idêntica à dos fluidos espirituais, e por isso os assimila com facilidade, como a esponja se embebe de líquido. Esses fluidos têm sobre o perispírito uma ação tanto mais direta, quanto, por sua expansão e por sua irradiação, se confunde com eles” - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 18).

PROJETO RELER - INFORMAÇÕES ESPÍRITAS E CULTURAIS 

REFORMA ÍNTIMA


Reforma Íntima

Paulo Antonio Ferreira

A vida não é uma coisa fácil de se viver. É algo muito complexo e difícil de ser transmitido por palavras, além de se constituir em uma imensidade de situações com uma infinidade de nuances.

Na falta de uma educação adequada na infância, feita por pais que já tenham atingido um grau de evolução incomum, a maioria de nós cresce sem entender a vida, sem compreender as razões que estão por trás das atitudes das pessoas e, pela ausência de referências sobre como devemos agir, sem capacidade de escolher a atitude correta para cada situação.

Na juventude a maioria passa por problemas de adaptação ao mundo, acabando por criar um sentimento de revolta contra os pais e contra a sociedade. Os colegas possuem os mesmos problemas e com eles os jovens podem se sentir à vontade, passando assim a servirem de modelos uns para os outros, aprendendo mecanismos de defesa mais fáceis de compreender como a ironia, a hostilidade e a violência. Procuram referências de comportamento na televisão, nos livros, nos filmes e nas notícias de jornais, embora esta não seja a melhor forma de aprender. Aos poucos começam a achar que seus pais sabem ainda menos do que eles, que estão atrasados em relação ao que se passa no mundo de hoje.

Ao enfrentarem mais tarde a competição no trabalho, pressionados pela profissão que abraçam, a tendência será de que, colocando então uma prioridade menor na compreensão da vida, muitos problemas existenciais acabem ficando sem solução. Ao se acomodarem terminarão como seus pais, sem condição de passar a seus filhos um entendimento maior da vida, e esse estado de coisas tende a se perpetuar por milênios.

Se a vida nos pressionar, poderemos precisar do auxílio de um profissional que nos orientará em seções de Análise. Porém a Psicologia poderá contribuir apenas com o conhecimento dos traumas e recalques não resolvidos de nossa presente existência. Modernamente alguns Psicólogos e Terapeutas já estão trabalhando com A Terapia de Vidas Passadas (TVP) onde os traumas ocorridos em outras vidas poderão ser trabalhados, trazidos para o consciente e eventualmente suplantados. Alguns porém não recomendam esse tratamento devido ao risco de encontrar pessoas não preparadas a realizá-lo corretamente.

O Espiritismo parece trazer a contribuição definitiva pela compreensão de como se processa a evolução espiritual através de sucessivas encarnações, trazendo respostas para todas as nossas questões existenciais. Fornece ainda métodos para a solução de muitos de nossos problemas, como por exemplo o Tratamento Mediúnico, a Apometria e a Reforma Íntima. Neste artigo vamos considerar apenas a Reforma Íntima, pois os outros dois métodos citados poderão ser conhecidos teoricamente na literatura espírita, sendo sua prática feita nos Centros Espíritas por médiuns devidamente treinados. Mesmo a Reforma Íntima necessita, para sua consolidação, de um estudo da Doutrina Espírita que será tanto mais efetivo quando realizado nos Centros Espíritas. Entretanto, sendo um conhecimento básico que será útil no dia a dia de todas as pessoas, e por exigir principalmente uma vontade firme de se regenerar, daremos aqui algumas noções deste procedimento.

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O QUE É
A Reforma Íntima é um processo contínuo de auto-análise, de conhecimento de nossa intimidade espiritual, libertando-nos de nossas imperfeições e permitindo-nos atingir o domínio de nós mesmos.

O QUE SE PODE TRANSFORMAR INTIMAMENTE
Podemos e devemos substituir nossos defeitos como, o Orgulho, a Inveja, o Ciúme, a Agressividade, o Egoísmo ou Personalismo, a Maledicência, e a Intolerância por virtudes, tais como a Humildade, a Resignação, a Sensatez, a Generosidade, a Afabilidade, a Tolerância e o Perdão.

QUANTO TEMPO?
Algumas pessoas que estão iniciando estes estudos imaginam que bastará a primeira leitura para ficarem livres de todos os seus defeitos. Ao verificarem na vida prática que não houve nenhuma mudança, desanimam e abandonam seu propósito inicial de se reformarem. Porisso devemos dizer, logo de início, que este estudo é para a vida toda. A leitura deste artigo e dos livros da referência permitirá a você conhecer o assunto, mas sua reforma total só virá depois que você começar a identificar estes defeitos em cada situação da vida e aprender aos poucos a prática das virtudes que irão substituí-los. Portanto, esta leitura é importantíssima pois com ela você começará a pensar no assunto. Continue estudando sempre e no futuro, quando a vida já tiver lhe ensinado bastante, você ainda verá que a cada dia, um dado defeito, considerado como vencido, retorna com nova roupagem em outra situação, surpreendendo-o.

COMO FAZER
O Conhecer a si mesmo é o primeiro passo para a reforma. A melhor maneira de fazê-lo é pelo estudo de dois excelentes livros, o primeiro de Ney Prieto Peres1 da Editora Pensamento e o segundo um novo lançamento da Editora O Clarim, de Abel Glaser2, pelo Espírito Caibar Schutel. E, sem dúvida, o estudo da Doutrina Espírita e sua prática em Centros Espíritas, que seguem a Doutrina de Allan Kardec, será de fundamental importância para a realização dessa reforma.

Lembre-se que temos a tendência natural de sempre justificar nossos defeitos com racionalismos. São artimanhas e tramas inconscientes, muitas delas sugeridas por espíritos inferiores que desejam ver a nossa queda. Portanto conheça a fundo esses defeitos em todas as suas particularidades, em como eles o afetam, localizando as ocasiões em que estamos mais vulneráveis à sua manifestação. Procure então se afastar desses momentos propícios em que eles se manifestam, para não ser mais envolvido por seus tentáculos, nem cair nas suas teias.

Um terceiro ponto importante é que precisamos contar com as quedas. Até que cresçamos espiritualmente somos como crianças aprendendo a andar. São as quedas que fortalecem nossa vontade, e nos ensinam a ter persistência. Nós somos aquilo que conseguimos realizar e não aquilo que prometemos. Através as quedas aprendemos mais sobre nós mesmos e podemos aperfeiçoar o modo de evitá-las. Mas se cairmos porque nos falta vontade de acertar estaremos no caminho descendente e, de queda em queda, nos enfraqueceremos. Percebem a sutileza? A criança aprende a andar porque está determinada a fazê-lo. Não desanime, levante-se logo e siga em frente tranqüilamente, sem se martirizar, com conhecimento de causa, na firme determinação de não mais errar.

Por último recomendamos que em cada minuto de sua vida, antes de iniciar qualquer ação, você faça este exercício de se perguntar sempre:

Isto que estou fazendo agora seria bem aceito entre os bons Espíritos?
Se for, o procedimento é correto; se não for descontinue imediatamente o que iria fazer e não pense mais nisso. Nas situações em que ficar em dúvida, por não saber o que os bons Espíritos pensam a respeito, lembre-se de estudar as obras espíritas.

Concentremo-nos em nosso interior e procuremos melhorar nosso espírito eterno, esquecendo o que esta sociedade transitória estabeleceu como "normal" para nós. Lutemos o bom combate e não a luta mesquinha dos materialistas. A humanidade continuará ainda por muito séculos como é agora, mas nós que já cansamos de ver o sangue correr nestes dois últimos milênios, que já sentimos o amor que nos é transmitido pelos Espíritos em nossos corações, que estamos aqui para a realização de nossos últimos resgates, que já começamos a compreender as palavras de nosso querido amigo e mestre Jesus, nós não precisamos participar dessa insensatez, nós podemos fazer a nossa pequena parte vivendo com Jesus, com caridade, realizando a transformação no íntimo de cada um, fazendo a Alquimia moderna de transformar chumbo em ouro.

"Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para dominar suas más inclinações."

(Allan Kardec. "O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo XVII. Sedes Perfeitos. Os bons Espíritas.)

Referências:
1"Manual Prático do Espírita" de Ney Prieto Peres, da Editora Pensamento.
2"Fundamentos da Reforma Íntima" de Abel Glaser pelo Espírito Caibar Schutel, da Editora O Clarim.
FONte: http://www.acasadoespiritismo.com.br/temas/reforma%20intima.htm

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

As personalidades psíquicas

                                                              Pierre Janet                             William James
Decifrando o Psiquismo

A experiência de trabalho medianímico vivenciada nos últimos 24 anos, em vários grupos apométricos, demonstra de forma cabal a existência e a ação dos elementos psíquicos, denominados “Personalidades Múltiplas” e “Subpersonalidades”. As conclusões, conceitos e informações que reafirmamos vêm de tempos remotos, não é nossa exclusividade, e foram observados ao longo de anos por cientistas de renome e por espíritos conceituados.
Dentro do campo da psicologia eles foram observados por Pierre Janet, William James, Jung e outros. No campo da psiquiatria estudaram o assunto o italiano Roberto Assagioli (Psicossíntese) e inúmeros outros estudiosos, conforme registros da Associação Americana de Psiquiatria. No campo espiritual, temos os estudos de André Luiz, Joanna de Ângelis, Manoel Philomeno de Miranda, Miramez, Charles Lancelin e outros.
O algo “novo” que Dr. Lacerda nos trouxe foi a forma diferente de tratar terapeuticamente esses elementos. Não é novidade o estudo dos corpos sutis.
As personalidades psíquicas foram e continuam sendo estudadas e denominadas de “personalidades múltiplas”, “subpersonalidades”, “eus”, “elementos antagônicos”, “inconsciente coletivo pessoal”, “personalidades parasitas”, “elementos da consciência”, “personas”, “papéis”, “pensamentos”, “máscaras”, “fachadas”, “cisões”, “energias” e “níveis”. As nomenclaturas diferenciadas em nada alteram a essência dos elementos e nem anulam a realidade dos fatos. Evidentemente, não pretendemos ter a posse da verdade, dar respostas definitivas e nem combater “verdades” estabelecidas. A cada dia a ciência prova de forma incontestável a relatividade e a multidimensionalidade das coisas. O resultado da observação e experimentação que fazemos sugere maior estudo sobre a essência, funções, morfologias e propriedades desses elementos psíquicos.
Nossa proposta é trabalhar com determinação, fé e amor, buscando a compreensão dos elementos e tentando aliviar a dor das pessoas tocadas pelo sofrimento, que nos procuram em busca de auxílio. Não pretendemos a unanimidade de conceitos nem de opiniões, uma vez que na unanimidade a evolução pode ser mais lenta. Ao codificar a Doutrina dos Espíritos, Kardec observava com muita propriedade que não fôssemos muito apressados em rejeitar a priori tudo o que não pudéssemos compreender, porque longe estamos ainda de conhecer todas as leis e, sem dúvida, nem a natureza nos revelou ainda todos os segredos. O mundo invisível é um campo de observação ainda novo, cujas profundezas seria presunção nossa considerar explorado, quando incessantemente se estão patenteando a nossos olhos novas maravilhas (A. Kardec, OP, Capítulo 2, Parágrafo VII, Dos Homens Duplos… item 9).

Existem inúmeros estudos sérios sobre esse assunto, dentro e fora da doutrina espírita, que não podem ser ignorados ou negados. O fenômeno das personalidades psíquicas realmente se comprova de fato, tendo em vista os inegáveis resultados benéficos após o tratamento. É comum ao abordarmos psiquicamente a consciência de um indivíduo encontrarmos duas ou mais personalidades psíquicas dissociadas, que se revezam ou alternam durante o transcorrer de um dia, percebidas e interpretadas como estados de humor.

Essas personalidades, por vezes, assumem ou tentam assumir provisoriamente a consciência da pessoa, promovendo comportamentos diversos. A sua permanência é mais demorada no distúrbio chamado “dupla personalidade”, em que a pessoa se modifica de tal modo que parece se transformar em outra.

No livro, “Nos Domínios da Mediunidade”, de André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, o instrutor Áulus esclarece que o fenômeno é comum e acrescenta: “É a influenciação de almas encarnadas entre si que, à vezes, alcança o clima de perigosa obsessão. Milhões de lares podem ser comparados a trincheiras de luta, em que pensamentos guerreiam pensamentos, assumindo as mais diversas formas de angústias e repulsão”.
Indagado se o assunto pode se enquadrar nos domínios da mediunidade, esclarece:
“perfeitamente, cabendo-nos acrescentar ainda que o fenômeno pertence à sintonia. Muitos processos de alienação mental guardam nele as origens. Muitas vezes, dentro do mesmo lar, da mesma família ou da mesma instituição, adversários ferrenhos do passado se reencontram. Chamados pela Esfera Superior ao reajuste, raramente conseguem superar a aversão de que se veem possuídos, uns à frente dos outros e alimentam com paixão, no imo de si mesmos, os raios tóxicos da antipatia que concentrados se transformam em venenos magnéticos, suscetíveis de provocar a enfermidade e a morte. Para isso, não será necessário que a perseguição recíproca se expresse em contendas visíveis. Bastam as vibrações silenciosas de crueldade e despeito, ódio e ciúme, violência e desespero, as quais alimentadas, de parte a parte, constituem corrosivos destruidores.” E isso não acontece só nos lares, ocorre nos grupos espiritualistas e espíritas, bem como entre todos os demais agrupamentos humanos e, principalmente, naqueles que levantam alguma bandeira de luz por lhes faltar a Verdadeira Luz da Fraternidade.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

PINEAL - A GLÂNDULA DA VIDA MENTAL



No séc. XVII, Descartes ensinava que a glândula pineal ou epífise era a sede da alma. No entanto, até há pouco tempo, essa estrutura cerebral era considerada simplesmente um orgão vestigial, um resquício do fotorreceptor dorsal ou terceiro olho presente em certos vertebrados inferiores.

Conhecida das religiões orientais, ela era particularmente festejadas entre os hindus como um dos componentes dos chacras coronário, a flor de mil pétalas. Mas somente a partir de 1945, com o lançamento do livro Missionários da Luz, recebido pelo médium Chico Xavier, tivemos mais amplas revelações quanto às funções da pineal no complexo mente-corpo-espírito. Nele, o autor espiritual André Luiz, pseudônimo de respeitado médico e cientista do início do século, falecido no Rio de Janeiro, expressando-se mais na condição de repórter do que de pesquisador, explica as funções, até então desconhecidas, da pineal. "Não se trata de órgão morto, mas poderosa usina", esclarece. Essas e outras informações preciosas podem ser resumidas em cinco itens:

a) A pineal segrega hormônios psíquicos ou "unidades-força" que controlam as glândulas sexuais e todo o sistema endócrino. Na puberdade, acordam no organismo do homem as forças criadoras. Aos 14 anos, aproximadamente, deixa a ação frenadora que exercia durante o período infantil e recomeça a funcionar como fonte criadora e válvula de escapamento. A partir da adolescência promove, portanto, a recapitulação da sexualidade, faz com que a criatura examine o inventário de suas paixões vividas em outras existências, que reaparecem sob fortes impulsos. Tanto os cromossomos da bolsa seminal como os do ovário recebem sua influência direta e determinada. Desse modo, sua posição na experiência sexual é básica e absoluta; b) Preside os fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão do corpo espiritual; c) Comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade, graças à sua ligação com a mente, através de princípios eletromagnéticos do campo vital; d) Supre de energias psíquicas todos os armazéns autônomos dos órgãos; e) É a glândula da vida mental, um dos principais constituintes do centro coronário, o mais importante centro vital do psicossoma ou corpo espiritual, instalado no diencéfalo.

Como vemos, em 1945, André Luiz revelou funções extremamente especializadas e importantes da pineal na economia orgânica, não suspeitadas ainda pela pesquisa médica terrestre, e foi além, afirmando que estamos plugados a outras dimensões da vida através dela. Durante a tarefa mediúnica, a epífise torna-se extremamente luminosa. Nesse momento, entram em jogo vibrações sutilíssimas, não detectadas por aparelhos comuns. A providência divina dotou essa pequenina estrutura, semelhante a uma ervilha e com o formato de um cone, que não pesa mais de 100 mg, de uma extraordinária potencialidade laboratorial que permite traduzir estímulos psíquicos em reações de ordem somática e vice-versa, colocando o ser encarnado em permanente contato com o mundo espiritual que é eterno, primitivo, preexistente.

Sono e envelhecimento

Muitos estudos foram feitos para se determinar, no homem, quais os efeitos da luz sobre a produção de melatonina (hormônio do sono). Concluiu-se que a luz do sol ou uma forte luz artificial determina a supressão da secreção de melatonina. Normalmente, o organismo tem um padrão constante de atuação, em que há altos níveis de secreção da melatonina à noite e baixos durante o dia. A luz exerce, portanto, papel primordial na regulação do hormônio pineal e atua em ciclos de 25 ou 26 horas. Os estudos cronobiológicos de Wurtman a respeito da melatonina levaram, inclusive, à utilização da luz artificial intensa para alguns casos de depressão, com bons resultados.

O escuro influencia, portanto, elevando a taxa de produção da melatonina. É possível que, intuitivamente, o homem sempre soubesse disso, porque desde os tempos imemoriais, desde as cavernas primitivas, ele tem procurado realizar seus intercâmbios com o outro lado da vida em ambientes muito pouco iluminados.

Mas não somente a luz, também o pólo magnético da Terra tem influência direta sobre o seu funcionamento.

Foram demonstradas a variação de melatonina conforme as estações do ano e sua influência na reprodução sazonal dos animais e nos fenômenos de hibernação. No homem também está presente essa variação sazonal. Nos velhos há uma redução desse processo hormonal, mas os pesquisadores não acreditam que ela esteja relacionada com a calcificação, mas a outros fatores.

A produção máxima de melatonina é alcançada durante o sono e coincide com os períodos de maior escuridão.

Observou-se que pacientes com jet-lag têm desordens dos ritmos circadianos, com perturbação nos níveis de produção da melatonina: picos em horários anormais e falta de sincronização. Há, nesses casos, um distúrbio do sono, da concentração, da fadiga, da capacidade de concentração etc.

Sistema imunológico

Sabe-se que o sistema imunológico apresenta ritmo circadiano e sazonal no cumprimento de suas funções, o que indica que ele, provavelmente, tem a sua atividade regulada pela pineal. Já se constatou essa dependência em experiências com animais.

Do mesmo modo, verificou-se que a retirada da pineal provoca um crescimento do tecido do tumor canceroso, enquanto que a administração de melatonina produz efeito contrário. Sobretudo, no câncer de mama, parece que a secreção baixa de melatonina pode influir no seu desenvolvimento.

Tudo indica que ela também tenha um papel no estresse. Já se constatou relação direta entre níveis de produção de melatonina com fadiga e sonolência em indivíduos submetidos à constante privação do sono e de informação quanto ao período claro-escuro.

Em ratos pinealecomizados (privados de pineal) houve indução da hipertensão arterial que foi bloqueada com a administração da melatonina. É provável também a sua influência nas alterações da mielina e no glaucoma.

Há ainda relatos de influência da pineal em doenças neurológicas, como a epilepsia, doença de Parkinson, esclerose lateral aminotrófica e em distúrbios endócrinos, como a síndrome de Turner, hipogonadismo etc.

Centro das emoções

"Se pudéssemos apontar para um centro das emoções no cérebro, esse o seria o hipotálamo. Isso significa apenas que é nesse nível que os vários componentes da reação emocional são organizados em padrões definitivos", afirma Marino Jr.. De fato, o hipotálamo faz parte de um sistema complexo responsável pelo mecanismo que elabora as funções emotivas, o sistema límbico de Maclean.

André Luiz afirma que a pineal preside os fenômenos nervosos da emotividade. Já vimos que dois núcleos hipotalâmicos sofrem a sua ação direta. Cremos que é uma questão de tempo para a constatação científica dessa informação mediúnica.

Altschule (1957), Eldred et al. (1961) e outros autores têm realizado importantes estudos que demonstram a ação benéfica de extratos pineais sobre alguns esquizofrênicos.

Hartley e Smith (1973), com os resultados de seus trabalhos na Escola de Farmácia da Universidade de Bradford, Inglaterra, estão inclinados a admitir que, nos casos de esquizofrenia, a HIOMT, enzima responsável pela sintetização da melatonina, estaria agindo sobre substratos anormais, produzindo as substâncias implicadas na moléstia. Como a enzima age em um ritmo circadiano, é possível que na esquizofrenia ela trabalhe fora de fase com seu substrato, favorecendo uma transmetilação anormal. Há indícios de implicação da pineal na etimologia dessa moléstia, mas os estudos precisam avançar mais para que se chegue a uma conclusão definitiva.

André Luiz, o médico desencarnado, afirma que a pineal é a glândula mestra, aquela que tem ascendência sobre todo o sistema endócrino.

Neste artigo, citamos importantes pesquisadores que já detectaram a ação da melatonina sobre o hipotálamo, estrutura nobre considerada, até a presente, como responsável pelo sistema endócrino. Vimos também a ação gonadal desse hormônio sobre a reprodução sazonal dos animais em diversos distúrbios endócrinos.

Wurtman lembrou muito bem que nenhuma glândula foi tão exaustivamente pesquisada como a tireóide. No entanto, só muito recentemente foi detectada a tireocalciotonina, hormônio tireoideano de tão grande significado fisiológico. Com esse apontamento, ele quis ressaltar o número ainda restrito de pesquisa sobre a pineal, uma vez que elas só começaram em meados deste século, enquanto as outras glândulas endócrinas já vinham sendo alvo de investigação há muitas décadas. Na verdade, a pesquisa médica vai evoluir muito mais no próximo milênio. Não se pode esquecer que o perispírito ainda é um ilustre desconhecido e sua simples descoberta por parte da ciência oficial, com possibilidade de investigação laboratorial, contribuirá para a mudança definitiva do enfoque materialista-mecanicista em que ela está lastreada. Aliás, só se conhecerá o potencial integral da pineal com as pesquisas concominantes do psicossoma. A verdadeira usina de luz em que ela se transforma, durante o fenômeno mediúnico, segundo descrição de André Luiz, só poderá ser detectada por lentes que alcancem a quarta dimensão.

Quanto a revelação de que ela é o centro das emoções, já vimos que é ainda o hipotálamo considerado como tal. Estudando, porém, o sistema límbico e suas conexões com a habênula (epitálamo) e as inter-relações desta glândula pineal, não é difícil prever que o aprofundamento das pesquisas determinarão mais ampla participação desta última no mecanismo das emoções.

O autor espiritual relata ainda, em seus estudos, que a pineal comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade. Ele entende como forças subconscientes todo o arquivo da personalidade encarnada relativo a experiências de outras encarnações, desde a fase pré-racional até os dias presentes. Este assunto é tão amplo e importante que exigiria um outro artigo muito mais extenso do que este, inclusive com considerações psicanalíticas.

A pineal supre de energias psíquicas todos os armazéns autônomos dos órgãos. Aqui é útil lembrar que em outro livro – Evolução em Dois Mundos – André Luiz introduz o conceito de bióforos, esclarecendo que são estruturas do corpo espiritual presentes no interior da célula e com atuação marcante no seu funcionamento. Como exemplo, ele cita os mitocôndrios que acumulam energias espirituais sob a forma de grânulos e imprimem na intimidade celular a vontade do espírito. Desse modo, todos os estados mentais felizes e infelizes refletem-se sobre a economia orgânica.

Função espiritual

Finalmente, é preciso considerá-la como glândula da vida mental. Já comentamos estudos que a colocam na etiologia de doenças como esquizofrenia.

É preciso considerar também o que Philip Lansky descreve sobre a conversão da melatonina em 10-methoxyharmalan, um potente alucinógeno. Em seu artigo – Neurochemistry and the Awakening of Kundalini – Lansky enfoca o processo pelo qual se dá a transmutação de energia sexual em psíquica, procurando explicar, neuroquimicamente, a experiência vivida por Gopi Krishna em sua autobiografia. Esse é o trecho descrito por Krishna, denominado kundalini:

"Durante uma dessas intensas concentrações, eu subitamente senti uma estranha sensação na base da espinha, no lugar onde toca o assento, enquanto eu sentei de pernas cruzadas em um tapete dobrado espalhado no chão. A sensação foi tão extraordinária e prazerosa que minha atenção foi dirigida forçosamente para isso. No momento em que minha atenção foi então inesperadamente para o ponto onde foi focalizado, a sensação cessou... Quando completamente imerso, de novo experimentei a sensação, mas, desta vez, ao invés de alongar minha mente até o ponto onde eu tinha fixado, eu mantive uma rigidez de atenção para fora. A sensação de novo estendeu-se para cima, crescendo em intensidade, e eu senti a mim mesmo flutuando; mas com um grande esforço, eu mantive minha atenção centrada ao redor da lótus. De repente, eu senti uma corrente de líquido luminosa entrando em meu cérebro através da medula espinhal".

Ao buscar explicações neuroquímicas para a experiência espiritual, Lansky faz as seguintes observações: A) os conceitos tradicionais conhecidos revelam uma interação entre os centros sexuais dos chacras inferiores e os centros psíquicos localizados no cérebro, nos chacras superiores ; b) a experiência de Gopi Krishna envolve a percepção subjetiva da luz. Esse fenômeno mental poderia ser chamado de "alucinatório"; c) o chacra superior, o mais importante deles, está associado à glândula pineal.

Em seguida, Lansky faz conciderações sobre a melatonina, sobre suas funções ainda em grande parte desconhecidas, ressaltando as experiências que evidenciam o efeito inibitório sobre mamíferos, machos e fêmeas, e também o inverso, os hormônios sexuais, testosterona, estrógeno e progesterona inibindo a biossíntese da melatonina. E ressalta também o que já está muito estabelecido, que a pineal está envolvida na percepção da luz.

Nesse ponto, Lansky diz que a melatonina pode se transformar em 10-methoxyharmalan, que é um potente alucinógeno. Isso poderia explicar também as alucinações que ocorrem em diferentes desordens mentais. Como se vê, a experiência do nascimento da kundalini e de sua transformação parece envolver diretamente a pineal.

É interessante destacar também que ela permite ao homem reencarnado adaptar-se ao tempo da terceira dimensão, bem como faculta-lhe a percepção, durante o fenômeno mediúnico, do tempo em outras dimensões. O fato de que ela provê o organismo de um tempo circulante parece estar ligado à sua atividade rítmica em torno de 24 horas, que produz maior ou menor quantidade de melatonina, conforme os períodos de obscuridade e de claridade.

Na realidade, o olho humano deixa passar a informação de claro-escuro, mas só a pineal é capaz de interpretar mais amplamente os dados ambientais, inclusive aquele do pólo magnético da Terra, sob a direção da mente.

É interessante lembrarmos aqui as pesquisas da NASA sobre médiuns brasileiros do estado de Minas Gerais. Eles detectaram a aura recorde de Chico Xavier, com mais de 20 metros, e procuraram relacionar os dados sobre o magnetismo terrestre desse Estado brasileiro – os índices mais baixos do mundo – com a incidência de médiuns excepcionais. Segundo as informações espirituais, deve haver relação direta porque a pineal funciona também com base no pólo magnético da Terra. Essas três experiências, portanto, não devem ser negligenciadas pelos pesquisadores da pineal. Mas ela ainda tem a nobre missão de facultar ao homem a percepção de uma outra luz que promana do mundo espiritual em fenômeno conhecido de tempos imemoriais, o da mediunidade, capaz de impulsionar o homem para as mais amplas e definitivas conquistas.

Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição especial 08.

FONTE: http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=84:pineal-a-glandula-da-vida-mental&catid=34:artigos&Itemid=54

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Cientistas tentam provar existência da alma


Cientistas tentam provar existência da alma

Segundo dois cientistas, depois que a pessoa morre a informação quântica dentro de estruturas cerebrais não é destruída.

O médico americano Stuart Hamerroff e o físico britânico Sir Roger Penrose afirmaram que podem provar cientificamente a existência da alma. 

Em entrevista ao Daily Mail, eles explicam a teoria quântica da consciência, que revela que as almas estão contidas dentro de estruturas chamadas de microtúbulos, os quais vivem dentro de nossas células cerebrais. 

Segundo a publicação, a ideia se origina da noção de que o cérebro seja um computador biológico, com 100 bilhões de neurônios, que agem como redes de informação. A teoria foi levantada em 1996 e, desde então, os cientistas estudam a possibilidade.
Os dois alegam que as experiências da consciência são resultado dos efeitos da gravidade quântica dentro dos microtúbulos. 

Experiência
Em uma EQM (Experiência de Quase-Morte), os microtúbulos perdem seu estado quântico, mas a informação dentro deles não é destruída. É como se "a alma não morresse, voltasse ao universo". 

Hameroff explicou a teoria em um documentário narrado por Morgan Freeman, chamado “Through the Wormhole” (Através do Buraco de Minhoca), que foi levado ao ar recentemente pelo Science Channel, nos Estados Unidos.

"Vamos dizer que o coração pare de bater, o sangue pare de fluir, os microtúbulos percam seu estado quântico. A informação quântica dentro dos microtúbulos não é destruída; ela não pode ser destruída; ela simplesmente é distribuída e dissipada pelo universo“, disse o cientista.

Segundo ele, "se o paciente é ressuscitado, esta informação quântica pode voltar para os microtúbulos e o paciente passa por uma EQM".

FONTE: http://noticias.band.uol.com.br/ciencia/noticia/?id=100000547279

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

PERSPECTIVAS DA APOMETRIA


PERSPECTIVAS DA APOMETRIA

Concluído o nosso diálogo com o Dr. Lacerda, almejamos a possibilidade de um futuro esperançoso para todos os que militam no campo prático da Doutrina Espírita em face dos atuais descortinos revelados aos nossos olhos. Diante do extenso quadro das enfermidades espirituais, cada vez mais mais alarmantes, como acabamos de ver, já dispomos de recursos que nos permitam a elaboração de um diagnóstico de certeza e de propostas terapêuticas mais contundentes ante as mais graves patologias obsessivas.

Nos dias atuais, é perfeitamente possível estabelecer-se o diagnóstico diferencial entre um transtorno anímico de natureza auto-obsessiva e um distúrbio desencadeado por uma influenciação espiritual sutil. Antes, muitos espíritas imaginavam que toda anomalia comportamental grave não responsiva aos procedimentos clássicos da Psiquiatria Clínica fosse de causa obsessiva e que os casos variavam entre as influenciações simples e as subjugações espirituais, passíveis de responderem aos métodos habituais de doutrinação evangélica.

No entanto, certas situações parecem fugir ao nosso controle pela dificuldade de conduzi-las a bom termo, e os enfermos, seguidamente, não acusarem qualquer sinal de melhora. São situações, habitualmente, tidas na conta de problemas cármicos, como se nada mais devesse ser tentado em termos de auxílio mais efetivo. Prescreve-se paciência, preces, passes e água fluidificada, deixando-se que o tempo se incumba do resto.

Hoje, se o diagnóstico revelar uma Ressonância Vibratória com o Passado, autêntica enfermidade anímica de natureza auto-obsessiva, já dispomos de técnicas específicas que nos permitam trabalhá-la adequadamente.

Por outro lado, se o diagnóstico apontar uma Síndrome de Aparelho Parasita no Sistema Nervoso do Corpo Astral, enfermidade incluída no campo das obsessões complexas, evidentemente, saberemos como agir, de forma que, ao final do atendimento, o nosso paciente sinta-se realmente beneficiado pelo emprego dos mais refinados procedimentos desobsessivos, acusando melhoras sensíveis.

A Apometria, na medida de sua correta utilização, nos reserva descortinos progressivos dos transtornos espirituais, com a introdução de novas equações e novos conceitos esclarecedores à medida que outros confrades se empenhem no prosseguimento das pesquisas.
Demonstrando sua excelência como técnica magnética de desdobramento do perispírito, método eficaz de desenvolvimento das qualidades anímico-mediúnicas, recurso eficiente de diagnóstico e tratamento dos distúrbios espirituais e, por fim, exprimindo-se como dadivosa oportunidade de auxílio em larga escala aos espíritos sofredores, aos poucos, ela será absorvida pelo Aspecto Científico do Espiritismo, em virtude de sua excelência, sobretudo, por se tratar de providencial recurso dispensador da caridade pura.

Não oponho resistência aos que acham que a Apometria deva ser submetida às exigências do critério kardequiano de aceitabilidade, porquanto, um dia, eu mesmo, no início de minhas especulações no assunto, assim a submeti.

Porém, se ficar comprovada pela maioria a sua aplicabilidade inconteste no diagnóstico e cura dos distúrbios espirituais, não duvidem de sua integração ao contexto doutrinário, da mesma forma que as idéias de André Luiz foram aos poucos confirmadas pelos médiuns espíritas em seus desdobramentos espirituais, até que as informações trazidas, de bom grado por este tarefeiro de escol, tornaram-se voz corrente na Doutrina, como valorosa contribuição subsidiária..
Em decorrência, a satisfatória atuação da Apometria na investigação das patologias psíquicas, revelando, inclusive, novas síndromes espirituais e a otimização, a bem dizer, de sua eficiente ação terapêutica, fará com que o seu emprego seja urgentemente requerido pêlos companheiros que labutam na assistência espiritual aos doentes internados na intimidade dos nossos Hospitais Espíritas. A propósito, gostaríamos de externar algumas idéias a respeito dos nosocômios que albergam pacientes psiquiátricos em regime de internação.

Quando se trata de organização hospitalar convencional, sem nenhuma vinculação com os propósitos espiritistas, nada temos a acrescentar, já que a nossa postura diante do enfermo mental difere do pensamento clássico manifestado pelos médicos que só divisam na criatura humana o seu aspecto morfo-funcional, desprezando a realidade do espírito imortal.

Todavia, em se tratando de hospital com orientação espírita, podemos perfeitamente analisar a validade dos métodos ali empregados, comparando-os com os procedimentos da Psiquiatria tradicional.
No entanto, para que não haja dúvidas, perguntaríamos se os nossos sanatórios cumprem realmente a sua finalidade, ou seja, se exercem, na prática, a terapêutica espírita em toda sua totalidade. A resposta, infelizmente, não é tão positiva quanto seria de se esperar, porquanto, alguns estabelecimentos, de espírita, só ostentam o rótulo para decepção e tristeza da clientela ali abrigada. Esse estado de coisas conflitantes com a realidade espírita tem lá a sua explicação, muito embora, não se justifique.

No nosso entender, o tão conhecido e rotineiro emprego de passes e água magnetizada encontram sua razão de ser na forma de complemento terapêutico largamente solicitados nos ambientes espíritas, como não poderia deixar de ser, porém, sem a pretensão de serem considerados no ambiente hospitalar, a albergar imensos dramas obsessionais, uma atividade fim, objetivando a recuperação de enfermos tão comprometidos.

É exatamente isto que acontece em alguns estabelecimentos assistenciais, mormente os de médio e grande porte, o que não lhes confere o direito de se auto- intitularem de Espíritas. Um hospital, para honrar tal divisa, tem por obrigação e dever de honestidade, ofertar bem mais do que as Sociedades Espíritas oferecem.

Do ponto de vista espiritual, o paciente psiquiátrico necessita dos mais modernos recursos desobsessivos, recursos estes que nos permitem chegar ao diagnóstico de certeza e trabalhar o caso com o emprego de terapêutica objetiva e eficiente. A atividade fim de um Hospital Espírita, portanto, além dos procedimentos rotineiros dispensados pela Psiquiatria e pelas Casas Espíritas, é a utilização das "técnicas desobsessivas de alta eficiência", aplicadas a cada caso individualmente.

Ora, é fato sabido hoje em dia que uma das causas mais frequentes de distonia mental grave é a síndrome dos aparelhos parasitas no sistema nervoso do corpo espiritual, pela capacidade de tais engrenagens astrais destrambelharem por completo a neurofisiologia cerebral com seríssimas repercussões. Diante de tais pacientes, rotulados cientificamente de psicóticos, os métodos desobsessivos clássicos nem sempre surtem o efeito esperado, e o que se pensar, então, daqueles Hospitais Espíritas que se propõem ao emprego de passes e desobsessões coletivas sem outras providências mais qualificadas?

É bem verdade que em certas circunstâncias nas quais se expressam precariedade temporária de recursos doutrinários, aceitamos o fato de uma organização hospitalar só dispensar o modelo de terapia espiritual que esteja ao seu alcance o que já é uma iniciativa diferenciada, mas não a ideal.

Contudo, somos forçados a reconhecer o grande número de fracassos diante das tentativas costumeiras, pois as patologias espirituais complexas, a exemplo das que exigem internações pela intensidade do seu comprometimento, evidentemente, requerem procedimentos especializados.
Pelo tempo que estivemos ligados aos Hospitais de Psiquiatria, observando e comparando a evolução dos enfermos submetidos às mais variadas formas de tratamento, chegamos à seguinte conclusão:

Às patologias mentais, que se destacam pela gravidade dos sintomas, respondem melhor ao tratamento apométrico. Tivemos a chance de acompanhar centenas de casos, considerados gravíssimos pelos especialistas, regredirem satisfatoriamente, quando beneficiados pelo emprego da Apometria, culminando com a cura total de vários deles, para surpresa dos distintos colegas psiquiatras.

Cremos, desta forma, que se a Apometria tiver o seu lugar garantido nos esquemas terapêuticos ofertados pelos nossos Sanatórios Espíritas, o índice de sucesso no combate ao flagelo da enfermidade mental será bem mais significativo.

Vitor Ronaldo Costa

FONTE: http://www.acasadoespiritismo.com.br/reflexoes/apometria%20perspectivas%20da%20apometria.htm