Escrito por Marco Túlio Michalick
Acreditamos que a
intuição possa ser considerada como uma espécie de inteligência superior, fruto
dos nossos conhecimentos acumulados, ainda que não tenhamos consciência deles.
É uma manifestação da nossa “alma”, reflexo da Inteligência Divina que habita
em nós. Por isso, transcende os limites da razão.
Mediunicamente
considerada, é uma espécie de inspiração que os espíritos nos dão, captada
psiquicamente, muitas vezes sem que nos damos conta. É algo que deveríamos
utilizar com mais frequência, mas, na maioria das vezes, não conseguimos captar
as mensagens que nossos guias ou amigos espirituais nos enviam, constantemente,
com a intenção de nos auxiliar.
Se soubéssemos utilizar
a intuição poderíamos resolver muitos problemas que nos afligem no dia-a-dia.
Mas o problema maior é que, normalmente, pedimos ajuda espiritual em momento de
aflição, e dessa forma, não conseguimos captar a inspiração com clareza.
No livro O Despertar da
Intuição – Desenvolvendo o seu Sexto Sentido, do escritor e médium americano,
James Van Praagh, ele explica que “intuição é uma sensação de saber, e isso vem
de dentro. Essa sensação é espontânea, não é racional. Se você se esforçar
muito para usar sua intuição, impedirá o processo. Em outras palavras: intuição
não é uma coisa que você possa fazer acontecer. Ela simplesmente acontece. Você
pode aprender a perceber quando ela ocorre. A intuição acontece quando nossas
mentes estão relaxadas e não concentradas em um determinada tarefa”.
Precisamos estar com a
mente tranquila e harmoniosa com o Alto para que possamos ter a intuição. Caso
contrário, nossa sintonia estará vibrando em baixa frequência, sendo assim, a
única intuição que receberemos é da espiritualidade das trevas ou de quem nos
queira prejudicar.
A intuição em ambiente
harmonioso é tão importante que escritores, compositores, pintores etc, somente
conseguem exercer sua arte em lugares onde há tranquilidade e que possam
trabalhar aproveitando sua intuição da melhor maneira possível.
Mas, como saber se a
intuição é fruto da inspiração de um espírito ou de nossa própria mente? Van
Praagh escreve que “para fazer contato com esse tipo de conhecimento, é preciso
começar estabelecendo um relacionamento íntimo com você. Quanto mais compreender
suas próprias razões, idéias e crenças, mais fácil se tornará separar o que é
seu daquilo que é dos espíritos”.
Inspiração dos espíritos
Inspiração dos espíritos
Certa vez, uma amiga
médium me disse que meu pai iria manter contato comigo. Ele já havia
desencarnado há anos. Mas ela afirmou que ele faria contato em breve. Certo
dia, minha esposa trouxe as correspondências para mim e o que nos espantou foi
que, em uma delas, o destinatário estava no nome de meu pai. Ficamos
espantados. Como aquilo havia acontecido? Lembrei-me que havia preenchido um
cadastro em uma loja, com os meus dados e também o nome de meus pais. O
impressionante é que ao invés da loja enviar a correspondência em meu nome,
enviou no de meu pai. O que isto quer dizer? Que a médium, minha amiga, estava
certa? Também! Mas meu pai quis me alertar que ele estava ao meu lado, para eu
ficar atento, pois estava me inspirando no dia-a-dia. Às vezes, um ente querido
ou um amigo já desencarnado nos envia uma mensagem similar, mas como estamos
preocupados com nossos problemas, deixamos de captar o que poderia ser a
solução de uma aflição.Van Praagh explica que “no nível mental, a intuição
costuma manifestar-se em forma de imagens (...) Os inventores afirmam que suas
invenções lhes chegam por devaneios, sonhos noturnos ou quando não estão
concentrados nos problemas (...) Executivos com altos cargos administrativos
costumam dizer que tiveram uma ‘sensação visceral’ ao tomar certa decisão (...)
A capacidade de saber intuitivamente o que vai dar certo aumenta a possibilidade
de sucesso de uma pessoa nos negócios”.
Confiando na voz
interior
Isto explica alguma
intuição que a pessoa tem e é considerada maluca, pois os outros acham absurda
aquela idéia. Porém, a pessoa deverá se manter firme em sua convicção, afinal a
intuição lhe mostrou uma imagem, o que dá a certeza de estar fazendo a coisa
certa. Essa passagem me lembra Juscelino Kubitcheck. Quando idealizou Brasília,
ele seguiu sua intuição e colocou em prática um projeto audacioso. Se ele não
seguisse sua intuição, a imagem daquela cidade no planalto central não passaria
de mera imagem.
Comecei a praticar as
técnicas descritas na obra de James Van Praagh, afinal, os pequenos detalhes
fazem a diferença. Assim, dia desses, quando voltava de carro de uma viagem a
trabalho no norte de Goiás, pegando a BR 153, fiquei na dúvida se seguiria para
Goiânia (onde poderia continuar a trabalhar) ou voltaria para Brasília, onde
moro. Em determinado ponto da estrada, pedi auxílio aos meus guias espirituais
que pudessem me inspirar o que seria melhor para mim. Estava chegando a um
trevo onde seguir reto seria tomar um caminho logo à frente para Brasília ou
virar a direita era ir para Goiânia. Quando mentalizava ao Alto pedindo uma
intuição, uma viatura da polícia rodoviária veio na contramão em minha direção.
Achei aquilo estranho. Quando a viatura chegou no trevo, parou. Perguntei se
não podia seguir” e o policial respondeu: “Só se for para Goiânia” – apontando
a estrada a minha direita, pois havia acontecido um acidente na outra estrada.
Fiquei pasmo ao ouvir aquilo. Muitas pessoas vão dizer que é coincidência, mas
não acredito em coincidências e penso que nada acontece por acaso. Segui viagem
para Goiânia pensando no acontecido. Acabei fechando bons negócios naquela
cidade. Neste caso soube ouvir e seguir a minha intuição.
James Van Praagh escreve
que “a intuição também deve estar integrada ao intelecto para podermos traduzir
as informações enviadas por ela. Médicos que passaram anos na faculdade sabem
que combinar seu conhecimento médico com a intuição é a melhor forma de
diagnosticar problemas difíceis de serem identificados por meios
convencionais”.
Sendo assim, não basta
pedir, temos que fazer a nossa parte. Para que a intuição funcione precisamos
ter fé. Não adianta você pedir para ser inspirado em algo, se no fundo não
acredita que seja possível. É a mesma coisa de orar sem fé, ou seja, o pedido é
em vão. “Só é possível desenvolver a percepção mediúnica com que você nasceu
através da prática e com persistência. É um processo de sintonia em que o
instrumento é seu próprio sexto sentido”, finaliza Van Praagh.
FONTE: http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1120:o-poder-da-intuicao&catid=34:artigos&Itemid=54
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