Júpiter
Villoz Silveira é médico endocrinologista e vice-presidente da Associação Médico-Espírita
(AME-PR)
A
Doutrina Espírita afirma que a causa das nossas doenças está no espírito e as
lesões do corpo físico são projeções doentias do pensamento e dos sentimentos,
mais especificamente do ego, da personalidade ou máscara.
“No
caso da hipertensão arte rial, do ponto de vista da Medicina puramente
mate-rialista, suas causas podem ser renais, glandulares e
cardio-circulatórias, porém a mais comum é de origem desconhe-cida, a chamada
hipertensão essencial. Mas, no paradigma espírita, a causa está no espírito”,
declara Júpiter Villoz Silveira, médico endocrino-logista e vice-presidente da
Associação Médico-Espírita (AME) de Londrina (PR), que tratou do tema no IV
Congresso Nacional da Associação Médico-Espírita (Medinesp 2003), realizado em junho,
em São Paulo (SP).
Júpiter
lembra que o neu-rologista Antônio Carlos Costardi, de Taubaté (SP), autor de
vários livros sobre a mente, entre eles Um condomínio chamado família, faz essa
afirmação há anos. “Costardi nos diz que a hipertensão arterial sistêmica
ocorre em pacientes com personalidade controlado-ra, que, ao perderem o
controle de uma determinada situação, geram um sentimento de raiva que,
descarregado sobre o seu próprio corpo somático, produz, entre outras coisas, a
hiper-tensão arterial”, afirma.
Para
provar a tese de que todas as pessoas hipertensas têm personalidade
controladora e traçar um perfil psicoespiritual do hipertenso, Júpiter
convidou, este ano, aleatoriamente, paci-entes hipertensos, tanto de seu
consultório, como da instituição Casa do Caminho, de Londrina, que estivessem
dispostos a parti-cipar do trabalho de investigação. As pessoas escolhidas
foram de ambos os sexos, de 20 a 50 anos. Posteriormente, elas foram
encaminhadas ao Instituto Reviver, clínica do médico Cláudio Sproesser, que
trabalha com as doutoras Eliane Alves de Andrade e Marilene Moreli Padoa, onde
passaram por testes em que foi avaliada a história detalhada de suas doenças e
promovidos testes psicológicos. “Após anamne-se detalhada e aplicação de testes
como o Warteg, eles encontraram os seguintes resultados: into-lerância, pessoas
dominadoras e baixa auto-estima”, relata (a anamnese é a informação sobre o
princípio e evolução de uma doença até a primeira observação do médico, e os
testes de Warteg são avaliações psicológicas do paciente). “Entre a população
avaliada, a intolerância e o comportamento dominador obtiveram um perfil de
100%. Já em relação à baixa auto-estima, o índice constatado foi de 90% e o
nível de estresse dessa população está numa escala altíssima”, completa
Júpiter.
De
acordo com Júpiter, aqueles que apresentam faixa etária acima de 40 anos e/ou
aqueles que fumam, independentemente da idade, segundo a literatura médica, já
estão na probabilidade da ocorrência de apresentarem ou já estarem apresentando
alterações cardio-vasculares. “Mas, podemos afirmar que, independentemente do
grau de cultura, a conscientização quanto à espiritualidade é fator
predominante no equilíbrio da qualidade de vida do paciente”, diz.
O
vice-presidente da AME-Londrina também aponta que, através dos protocolos
avaliados, é possível identificar carac-terísticas quanto ao “eu” do indivíduo
na sua afe-tividade, a sua ambição, sexualidade e proteção. “Pode-se notar
algumas características comuns entre essas pessoas, como insegurança, busca de
proteção, negação da sua individualidade, repressão da angústia, objetivos
indefinidos e dificuldades quanto a sua sexualidade. Cabe ressaltar que também
foram constatadas outras características distintas, sendo algumas positivas”,
lembra.
Centro
coronário
Segundo
André Luiz, no livro Evolução em Dois Mundos, te-mos particularmente no centro
coronário o ponto de interação entre as forças determinantes do espírito e as
forças fisiopsicos-somáticas organizadas. Dele, parte, desse modo, a corrente
de energia vitalizante formada de estímulos espirituais com ação difusível
sobre a matéria mental que o envolve, transmitindo aos demais centros da alma
os reflexos vivos de nossos sentimentos, idéias e ações, tanto quanto esses
mesmos centros, interdependentes entre si, im-primem semelhantes reflexos nos
órgãos e demais implementos de nossa constituição particular, plasmando em nós
próprios os efeitos agradáveis ou desagra-dáveis de nossa influência e conduta.
“A
mente elabora as criações que lhe fluem da vontade, apro-priando-se dos
elementos que a circundam, e o centro coronário incumbe-se, automaticamente, de
fixar a natureza da responsabilidade que lhes diga respeito, marcando no
próprio ser as conseqüências felizes e infelizes de sua motivação consciencial
no campo do destino”, finaliza Júpiter.
“Na
obra de André Luiz, fica muito claro que o espírito é o responsável, através de
seus sentimentos em desequilíbro, pelas lesões perispiríticas que se traduzem
como doenças no corpo físico.”
FONTE: http://www.amebrasil.org.br/html/outras_hiper.htm
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