"As pessoas gastam uma vida inteira buscando pela felicidade; procurando pela paz. Elas perseguem sonhos vãos, vícios, religiões, e até mesmo outras pessoas, na esperança de preencherem o vazio que as atormenta. A ironia é que o único lugar onde elas precisavam procurar era sempre DENTRO DE SI MESMAS." (Ramona L. Anderson)
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
domingo, 15 de dezembro de 2013
MEDITAÇÃO
O poder
da meditação
A técnica ganha
espaço em instituições renomadas e prova ser eficaz contra um leque cada vez
maior de doenças. Entre elas, a depressão, males cardíacos e até Aids
Cilene
Pereira e Maíra Magro
Ela chegou ao
Ocidente como mais um item da lista de atrações exóticas do Oriente. Hoje, está
se transformando em um dos mais respeitados recursos terapêuticos usados pela
medicina que conhecemos. Está se falando aqui da meditação, uma prática milenar
cujo principal objetivo é limpar a mente dos milhares de pensamentos
desnecessários que por ela passam a cada minuto, ajudando o indivíduo a se
concentrar no momento presente. É por essa razão que um de seus benefícios é o
de ajudar as pessoas a lidar com sentimentos como a ansiedade. Mas o que se tem
visto, de acordo com as numerosas pesquisas científicas a respeito da técnica,
é que a meditação se firma cada vez mais como uma espécie de remédio –
acessível e sem efeitos colaterais – indicado para um leque já amplo de
enfermidades: da depressão ao controle da dor, da artrite reumatoide aos
efeitos colaterais do câncer.
A inclusão da
prática no rol de tratamentos da medicina ocidental é um fenômeno mundial. Nos
Estados Unidos, por exemplo, ela figura entre as opções de centros renomados
como o Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, um dos centros de referência do
planeta no tratamento da doença. Também está disponível na Clínica Mayo, outro
respeitado serviço de saúde. No Brasil, o método começa a ganhar espaço, boa
parte dele assegurado pela Política de Práticas Integrativas e Complementares
do SUS, implementada em 2006 pelo Ministério da Saúde. Ela incentiva o uso,
pela rede pública, de uma série de práticas não convencionais – como a medicina
tradicional chinesa, a acupuntura e a fitoterapia – para auxiliar no processo
de cura. “Nessas diretrizes, a meditação está prevista como parte integrante da
medicina chinesa”, explica a médica sanitarista Carmem De Simoni, coordenadora
do programa.
Em Campinas, no
interior de São Paulo, 20 postos de saúde oferecem treinamentos de meditação
gratuitos à população. Em São Carlos, também no interior paulista, alguns
postos públicos de atendimento começarão a ofertar este ano sessões usando uma
técnica conhecida como atenção plena (Mindfulness-Based Stress Reduction, ou
MBSR, em inglês), desenvolvida pelo Centro Médico da Universidade de
Massachusetts, nos Estados Unidos. É baseada em exercícios de respiração e
consciência corporal que ajudam o indivíduo a focar as percepções no momento
presente. “Queremos incluir a prática em 30 unidades de saúde”, diz Marcelo
Demarzo, chefe do Departamento de Medicina da Universidade Federal de São
Carlos.
Outra experiência
interessante no Brasil é o uso do método em escolas da rede estadual do ensino
médio do Rio de Janeiro. Trata-se de uma iniciativa da Fundação David Lynch,
criada pelo cineasta americano, com o objetivo de reduzir a violência nos
colégios por meio da prática. Um projeto piloto com cerca de 750 crianças e
adolescentes de 10 a 18 anos mostrou que ela contribui para o aumento da
concentração e da criatividade. “Muitas relataram ainda benefícios como redução
de crises de dor de cabeça”, diz Joan Roura, representante da entidade no
Brasil.
O Hospital Albert
Einstein, em São Paulo, decidiu oferecer a prática tanto para pacientes quanto
para funcionários, depois de testá-la por dois anos no setor de oncologia. “Nos
pacientes em tratamento contra o câncer, notamos uma diminuição na ansiedade e
maior disposição para enfrentar a doença”, afirma o médico Paulo de Tarso Lima.
Ele é responsável pelo serviço de medicina integrativa no hospital, que promove
a adoção de terapias complementares – entre elas, a meditação – para auxiliar
no tratamento convencional.
O movimento que se
observa atualmente com a meditação é o mesmo experimentado pela acupuntura
cerca de dez anos atrás. Da mesma forma que o método das agulhas, ela conquista
o respeito da medicina tradicional porque tem passado nas provas de eficácia
realizadas de acordo com a ciência ocidental. Isso quer dizer que, aos olhos
dos pesquisadores, foi despida de qualquer caráter esotérico, mostrando-se, ao
contrário, um recurso possível a todos – ninguém precisa ser guru indiano para
praticá-lo – e de fato capaz de promover no organismo mudanças fisiológicas
importantes.
A profusão de
pesquisas que apontam algumas dessas alterações é grande. Os resultados mais
impressionantes vêm dos estudos que se propõem a investigar seus efeitos no
cérebro. Um exemplo é o trabalho realizado na Universidade da Califórnia, nos
Estados Unidos, e publicado na revista científica “NeuroImage”. Após compararem
o cérebro de 22 meditadores com o de 22 pessoas que nunca meditaram, eles
descobriram que os praticantes possuem algumas estruturas cerebrais maiores do
que as dos não praticantes. Especificamente, hipocampo, tálamo e córtex
orbitofrontal. As duas primeiras estão envolvidas no processamento das emoções.
E a terceira região, no raciocínio. “Sabemos que as pessoas que meditam têm uma
habilidade singular para cultivar emoções positivas”, disse à ISTOÉ Eileen
Luders, do Laboratório de Neuroimagem da universidade. “As diferenças
observadas na anatomia cerebral desses indivíduos nos deram uma pista da razão
desse fenômeno.”
Na publicação
“Psychological Science”, há outro trabalho interessante. Pesquisadores da
Universidade George Mason constataram que a prática proporciona uma melhora
significativa na memória visual. Normalmente, uma imagem é armazenada
integralmente no cérebro por pouquíssimo tempo. Mas o estudo verificou que
monges, habituados a meditar todos os dias, conseguem guardá-las – com riqueza
de detalhes – até 30 minutos depois de praticar. “Isso significa que a
meditação melhora muito este tipo de memória, mesmo após um certo período”,
disse à ISTOÉ Maria Kozhenikov, autora do experimento. Essa habilidade
transforma a técnica em um potencial instrumento para complementar o tratamento
de doenças que prejudiquem a memória, como o mal de Alzheimer.
No Instituto do
Cérebro do Hospital Albert Einstein, aqui no Brasil, pela técnica de
ressonância magnética foram fotografados os cérebros de 100 voluntários, antes
e depois de um retiro de uma semana para práticas diárias. “Na análise de uma
primeira amostra, observamos que as áreas ligadas à atenção, como o córtex
pré-frontal e o cíngulo anterior, ficaram mais ativadas após o treinamento”,
afirma a bióloga Elisa Kozasa, responsável pela pesquisa. As regiões cerebrais
eram observadas enquanto os voluntários realizavam testes para medir o quanto
estavam atentos. “Houve uma tendência de maior número de acertos e mais
velocidade nas respostas após a meditação”, explica a pesquisadora Elisa.
Na área da
oncologia, há várias evidências científicas de eficácia. Tome-se como exemplo o
estudo feito na Universidade de Brasília pelo psiquiatra Juarez Iório
Castellar. Ele investiga os efeitos do método em 80 pacientes com histórico de
câncer de mama. Castellar pediu às participantes que preenchessem questionários
para medir a qualidade de vida. Por meio da coleta de amostras de sangue e
saliva antes e depois dos exercícios meditativos, ele também está acompanhando
variações hormonais que indicam a situação da doença. “Um dos dados que já
verificamos é que a meditação reduziu os efeitos colaterais da quimioterapia,
como náuseas, vômitos, insônia e inapetência”, afirma.
Outra frente de
pesquisas tenta decifrar seu impacto nas doenças mentais. Novamente, as
conclusões são bem animadoras. Na Universidade de Exeter, na Inglaterra, o
pesquisador Willem Kuyken verificou que o método é uma opção concreta para
auxiliar no controle da depressão a longo prazo. Depois de 15 meses comparando
a evolução de pacientes que meditavam e tomavam remédios com a apresentada por
aqueles que apenas usavam os antidepressivos, o cientista constatou que crises
mais sérias ocorreram em 47% dos meditadores, enquanto entre os outros o índice
foi de 60%. Na Universidade George Washington, nos Estados Unidos, a técnica
provou-se uma aliada no tratamento de crianças com transtorno de hiperatividade
e déficit de atenção. “Houve redução de 50% dos sintomas após três meses de
prática”, disse à ISTOÉ Sarina Grosswald, coordenadora da pesquisa. Há ainda
evidências de benefícios na luta contra transtornos alimentares como bulimia e
dependência de drogas. “A meditação relaxa os dependentes e os torna mais
fortes para resistir à vontade de consumir drogas”, explicou à ISTOÉ Elias
Dakwar, do Instituto de Psiquiatria do Columbia-Presbyterian Medical Center, em
Nova York, instituição que passou a usar o método recentemente.
O segredo que
possibilita efeitos dessa magnitude nestes tipos de patologias é o fato de a
meditação ensinar o indivíduo a viver o presente, sem antecipar medos e
sofrimentos. “E como o ato de pensar é ‘desligado’, a mente transcende seu
estado ocupado e experimenta um profundo silêncio”, explica Sarina Grosswald.
“O corpo, por sua vez, fica totalmente relaxado.” É este o mecanismo que também
explica parte do seu poder contra a dor. “O método ajuda os pacientes a
perceberem a dor e a deixá-la ir embora, sem se prender a ela”, disse à ISTOÉ
Paula Goolkasian, da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Ela
faz parte de uma equipe que estuda intensamente a relação entre dor e meditação
e é autora de alguns artigos científicos a respeito do tema.
Permeando todos
esses processos, porém, está a redução do stress proporcionada pelo método – e
os benefícios advindos disso. O controle da tensão implica mudanças importantes
na química cerebral, entre elas a diminuição da produção do cortisol. Liberado
em situações de stress, o hormônio tem consequências danosas. Uma delas é a
elevação da pressão arterial. Portanto, quanto menor sua concentração, mais
baixas são as chances de hipertensão. E como a meditação diminui o stress,
acaba reduzindo, indiretamente, a pressão. Este mecanismo explica por que a
técnica contribui para a prevenção de doenças cardiovasculares, como o infarto
e o acidente vascular cerebral, causadas, entre outras coisas, por uma pressão
arterial acima dos níveis recomendados. Um estudo recente realizado na
Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, deu uma ideia desse potencial.
Durante nove anos, os cientistas acompanharam 201 homens e mulheres com média
de 59 anos de idade. Parte foi orientada a meditar todos os dias e o restante
recebeu recomendação para mudar hábitos. Os meditadores tiveram 47% menos
chance de morrer de um problema cardiovascular em comparação com os outros. Com
base nesse resultado, o coordenador da pesquisa, Robert Schneider, considera
que a descoberta equivale ao encontro de uma nova classe de “remédios” para
evitar essas enfermidades. “Nesse caso, a medicação é derivada dos próprios
mecanismos de cura do corpo e de sua farmácia interna”, disse à ISTOÉ.
A ciência registrou
ainda mais um impacto positivo da redução do stress promovida pelo método: o
auxílio contra a Aids. A doença caracteriza-se pelo ataque do vírus HIV aos
linfócitos CD-4 (células que integram o sistema de defesa do corpo). Por causa
disso, o corpo fica mais vulnerável a infecções, podendo sucumbir a elas. Mas é
sabido que outro inimigo dos exércitos de defesa é o stress: o hormônio
cortisol enfraquece seu funcionamento. Por isso, diminuir a tensão é uma
maneira de evitar que isso aconteça. Na Universidade da Califórnia, nos Estados
Unidos, os cientistas testaram a força da meditação para controlar o stress em
pacientes com Aids e constataram que, também aqui, ela funciona. Eles
selecionaram 48 pessoas soropositivas, divididas em dois grupos: um meditou e o
outro, não. Após oito semanas, os que a praticaram não apresentavam perda de
CD-4, ao contrário dos outros participantes. Isso revela que a meditação
reduziu o stress. Dessa maneira, contribuiu para preservar o sistema
imunológico dos pacientes, ajudando a retardar o avanço do HIV.
Uma das mais
intrigantes abordagens de pesquisa é a que estuda a relação entre o método e o
envelhecimento precoce. Os pesquisadores começaram a fazer essa associação a
partir da certeza do vínculo entre o stress – ele de novo – e a ocorrência de
uma deterioração celular acentuada. Partindo desse raciocínio, eles querem
saber se a meditação também teria efeito indireto nesse mecanismo, já que atua
sobre o stress. Cientistas da Universidade da Califórnia estão investigando se
a redução do stress causada pela meditação poderia provocar um efeito benéfico
sobre os telômeros – espécie de capa protetora das extremidades dos cromossomos
cujo comprimento está associado ao grau de envelhecimento celular. Quanto mais
comprido, menor o índice de desgaste. E um dos fatores de desgaste dos
telômeros é o stress. Portanto, quanto menos stress, mais preservadas essas
estruturas.
No Brasil, o
interesse por esse tema, especificamente, também cresce. O médico José Antônio
Esper Curiati, do Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas de São Paulo,
por exemplo, coordena grupos de meditação para idosos. “Estou medindo os
efeitos da prática em aspectos como memória, humor e qualidade do sono”, diz.
No Centro de Estudos do Envelhecimento da Universidade Federal de São Paulo, o
médico Fernando Bignardi é outro que acompanha os reflexos em indivíduos na
terceira idade. “O que notamos de mais imediato é uma mudança na condição
emocional”, relata. “Depois há uma melhora no sono, nas condições metabólicas
e, finalmente, alterações clínicas que levam à melhora de doenças como
hipertensão e diabetes.”
A experiência
bem-sucedida incentivou Bignardi a desenvolver uma pesquisa mais ampla. A
instituição acompanha a saúde de 1,5 mil idosos para verificar a relação entre
estilo de vida, personalidade, cognição e doenças. A intenção agora é analisar
como a prática meditativa interfere nessa equação – inclusive na incidência de
doenças neurodegenerativas como o mal de Alzheimer. A médica Edith Horibe,
presidente da Academia Brasileira de Medicina Antienvelhecimento, já indica a
meditação para seus pacientes. “Sem dúvida, ela permite uma vida mais longa e
com saúde”, afirma. “E a técnica não exige mudanças no estilo de vida”,
completa Kleber Tani, diretor da seção carioca da Sociedade Internacional de
Meditação.
Matéria
publicada na Revista ISTOÉ, em 19 de fevereiro de 2010
ECTOPLASMA
Ectoplasma
(Mediunidade de
efeitos físicos)
Jorge Ândrea
Jorge Ândrea
Resumo: -
Este pequeno ensaio sobre Ectoplasmia faz referências iniciais sobre o
significado do título e os pesquisadores que contribuíram na elucidação do
processo. Procura mostrar o que é ectoplasma e o resultado de algumas análises
realizadas. Apresenta o conceito bioquímico que pode responder pelo processo,
onde o ATP, elemento bastante difundido no metabolismo celular e resultante do
ciclo de Krebs, seria uma das unidades chaves na formação da substância
ectoplásmica.
Na moldagem de objetos ou seres humanos, com propósitos bem definidos, terá de existir o campo de energias responsável pela congregação e orientação das moléculas do ectoplasma, traduzido num verdadeiro campo-organizador, consciente e inteligente pelo que demonstra, representando o agente Psi-Theta (Espírito) ou campo espiritual.
A ectoplasmia, conhecida de modo mais popular como fenômeno de materialização, pelos estudos realizados e experiências criteriosas há um século aproximadamente, ainda em despertando o mais expressivo interesse da área cientifica. Foi Charles Richet quem utilizou a denominação diante das pesquisas realizadas em sua época.
A Parapsicologia, com os conhecimentos dos dias atuais, tem por obrigação fazer a abordagem da temática, no capítulo dos fenômenos Psi-Theta. Devido à existência de inúmeros fatos a ectoplasmia não pode ser relegada ao desconhecimento ou mesmo falta de interesse como desejam algumas posições sectaristas.
A ciência avalia os fenômenos de ectoplasmia com desconfiança. Como todo fenômenos Psi-Theta, não pode ser controlado de acordo com as diretrizes e vontade do pesquisador. Essa fenomenologia, em que os agentes Psi-Theta (Espíritos) participam, é quase sempre fugaz, de difícil abordagem e controle, pela presença de inúmeros fatores que se desenvolvem em dimensão diversa daquela que a metodologia cientifica pode avaliar e controlar.
Na moldagem de objetos ou seres humanos, com propósitos bem definidos, terá de existir o campo de energias responsável pela congregação e orientação das moléculas do ectoplasma, traduzido num verdadeiro campo-organizador, consciente e inteligente pelo que demonstra, representando o agente Psi-Theta (Espírito) ou campo espiritual.
A ectoplasmia, conhecida de modo mais popular como fenômeno de materialização, pelos estudos realizados e experiências criteriosas há um século aproximadamente, ainda em despertando o mais expressivo interesse da área cientifica. Foi Charles Richet quem utilizou a denominação diante das pesquisas realizadas em sua época.
A Parapsicologia, com os conhecimentos dos dias atuais, tem por obrigação fazer a abordagem da temática, no capítulo dos fenômenos Psi-Theta. Devido à existência de inúmeros fatos a ectoplasmia não pode ser relegada ao desconhecimento ou mesmo falta de interesse como desejam algumas posições sectaristas.
A ciência avalia os fenômenos de ectoplasmia com desconfiança. Como todo fenômenos Psi-Theta, não pode ser controlado de acordo com as diretrizes e vontade do pesquisador. Essa fenomenologia, em que os agentes Psi-Theta (Espíritos) participam, é quase sempre fugaz, de difícil abordagem e controle, pela presença de inúmeros fatores que se desenvolvem em dimensão diversa daquela que a metodologia cientifica pode avaliar e controlar.
Laboram nestes fatos inúmeros pesquisadores
dos quais lembramos: Albert Coste em 1895;Alexandre Aksakof em 1895; Paul
Gibier em 1898;Williams Crookes em 1899 e 1923;Gabriel Delanne em 1909 e 1911 e
muitos outros.
Os autores são categóricos em afirmar a
inconteste existência dessa mecânica, onde dois elementos entram,
indiscutivelmente, no processo: o ectoplasma e o agente orientador para que a
moldagem se observe. De um lado, a matéria ectoplásmica, fugaz e vaporosa e, do
outro, o campo organizador da forma ( campo espiritual) às expensas do qual o
ectoplasma se distribui em adequada moldagem.
Ektós ( do grego) - por fora; plasseinforma. O vocábulo ectoplasmia passa a definir, com mais precisão do que o termo materialização, a formação de objetos e pessoas, em ambiente apropriado, às expensas da substância especifica doada pelos sensíveis ou médiuns (ectoplasma).Devemos fazer diferença do termo ectoplasma empregado em biologia para designar a região mais externa do protoplasma celular, do significado parapsicológico do presente escrito.
Ektós ( do grego) - por fora; plasseinforma. O vocábulo ectoplasmia passa a definir, com mais precisão do que o termo materialização, a formação de objetos e pessoas, em ambiente apropriado, às expensas da substância especifica doada pelos sensíveis ou médiuns (ectoplasma).Devemos fazer diferença do termo ectoplasma empregado em biologia para designar a região mais externa do protoplasma celular, do significado parapsicológico do presente escrito.
O ectoplasma é substância amorfa, vaporosa,
com tendência a solidificação pela evolução do fenômeno, tomando forma por
influencia de um campo-organizador especifico. Facilmente fotografado; de cor
branco acinzentado; vai desde a névoa transparente à forma tangível; de aspecto
semelhante aos tecidos vivos oferecendo sensação de viscosidade e frieza.
O ectoplasma foi analisado por vários
pesquisadores dos quais destacamos as seguintes conclusões:
Dr.V. Dombrowsky (Varsóvia) - "O
ectoplasma está constituído de matéria albuminóide, acompanhado de gordura e de
células tipicamente orgânicas. Não foram encontrados amiláceos e
açúcares".
Dr. Francês ( Munich) - "Substância
constituída de inúmeras células epiteliais, leucócitos e glóbulos de
gordura".
Dr. Albert Scherenk-Notzing citado por
Charles Richet - "O ectoplasma está constituído por restos de tecido
epitelial e gorduras".
Dr. Hernani G. Andrade - "O ectoplasma é
Substância formada com recursos da natureza originando-se dos tecidos vegetais
(ectofiloplasma) e de origem animal (ectozooplasma) e de origem mineral
(ectomineroplasma)".
Muitos autores que analisaram a substância
encontram células anucleadas em sua constituição. O ectoplasma seria substância
originária no protoplasma das usinas celulares, onde o ATP( trifosfato de
adenosina) teria expressiva participação, ao lado de outros elementos. Dessa
forma, não podemos deixar de considerar a importância do fósforo nas atividades
bioquímicas orgânicas e, consequentemente, no desenvolvimento do processo
ectoplásmico em suas especificas dosagens. No dizer do professor Aldemar
Brasil: " Em síntese, o ATP, que eqüivale por cada ligação piro-fosfática
desgarrada de sua molécula, a mais ou menos 7.500 kcal, é a unidade usada em
biologia para expressar a transferência de energia oriunda do ciclo de Krebs, e
de outras fontes. No ciclo de Krebs, também denominado de ciclo dos ácidos
tri-carboxílicos, a energia é libertada pela transferência de elétrons para a
cadeia respiratória, provindos de substratos em que o hidrogênio é ativado,
desgarrado e transportado com seu elétron até o oxigênio, também ativado ao
receber esses elétrons, formando-se, então, a água. Para tanto, no ciclo de
Krebs há processos de descarbolização, desidrogenação, etc., operados por
enzimas especificas ativadas por coenzimas determinadas".
Qual o mecanismo criativo do ectoplasma na
organização do agente doador (sensível ou médium)?Claro que seria uma
condensação energética apropriada transformando-se em matéria. A informação de
André Luíz, em "Mecanismos da Mediunidade", é bastante lógica e
sensata: "O ectoplasma resulta de um processo de desagregação molecular
formado por forças desconhecidas, ao mesmo tempo que o fenômeno fica sob
controle de campos de forças organizadoras capazes de reagrupar as moléculas
segundo um modelo determinado. "O fenômeno de ectoplasmia, é preciso que
se diga, é fenômeno de plasmagem e não de criação de matéria. A plasmagem se
dará às expensas da substância (energia) fornecida pelo médium que, a pouco e
pouco, atingirá o processo de condensação, voltando à sua fonte por mecanismo
inverso. Temos como certo, também, que o ectoplasma é substância que, além de fornecida
pela organização humana (médium), será plenamente enriquecida (completada) com
outros elementos da natureza provindos dos vegetais e de outras matérias
orgânicas, de origem animal, numa especifica arregimentação.
Os chamados processos de ectoplasmia investem
complexa mecânica, de difícil avaliação pelos atuais métodos que a ciência pode
oferecer. Para que o fenômeno se observe e seja bem equacionado, haverá
necessidade de lembrarmos o conceito de Claude Bernard de que na usina celular
opera-se a totalidade dos fenômenos vitais, muitos dos quais transcendem a
avaliação pelos nossos sentidos. A maioria desses fenômenos bioquímicos,
mormente da esfera da ectoplasmia, estariam ligados aos compostos fosforados e
suas correlações com as enzimas e hormônios.
No núcleo celular existiriam fontes
especificas de energia, ligadas ao ADN e ARN (ácido desoxirribonucleico e
ribonucleico), a comandarem os processos metabólicos mais expressivos no soalho
protoplasmático. O elemento participante ativo desse processo de formação de
energias no corpo celular seria o ATP ( trifosfato de adenosina), resultante do
ciclo de Krebs.O ATP, sendo a primordial fonte de energia nos processos
celulares, estaria comprometido na formação do ectoplasma. Esse processo de
doação do ATP traduziria uma "qualidade especifica" do médium na
manifestação da fenomenologia paranormal de efeitos físicos. Haveria, neste
caso, por intermédio das organizações celulares, uma maior irradiação dessas
energias, que se tornariam mais expressivas nas reuniões destinadas a esse tipo
de trabalho. Isto mostraria a influência dos participantes da equipe
(encarnados e desencarnados) concorrendo no maior fornecimento da substância
ectoplasmática por parte dos que apresentam essa possibilidade. Quando a
quantidade de substância irradiativa fosse bem expressiva, já fora da fonte de
origem, poderia mostrar-se sob forma gasosa visível (nuvem), por um processo de
condensação, constituindo material especializado e com possibilidades de
aproveitamento nos mecanismos em pauta.
No denominado passe energético, muito
utilizado nas casas espíritas sob forma de fluidoterapia, acreditamos que esses
elementos de irradiação, devidamente elaborados pelo psiquismo, carregam em seu
bojo quase que especificamente energias originárias no ATP da usina celular.
Ainda mais, este material de doação energética, passando à dimensão física por
condensação, poderá ser aproveitado pelas Entidades Espirituais na vestidura de
seus campos de forças nos trabalhos especializados da ectoplasmia.
Assim, essa substância, o ATP, deverá fazer
parte do ectoplasma e, na medida que o processo se desenvolve por condensação,
vai oferecendo as naturais modificações químicas pela queima da molécula
fosfórica que permitirá a ectoplasmia luminosa; por tudo, podemos avaliar a
importância do fósforo, em suas múltiplas combinações, no mecanismo da
ectoplasmia.
Esclarecemos que o processo da ectoplasmia
revelando o aparecimento de um ser humano (Espírito envolto no ectoplasma) não
representa exclusivamente a vestidura com ATP. Haveria, na massa ectoplásmica,
em sua constituição, pelo alto teor de energias que carrega consigo, outros
elementos orgânicos das próprias células ou mesmo substâncias arrecadadas na
Natureza, em especificas reações químicas, às expensas de equipes espirituais
que participem do processo.
Chepelle, descobriu que o mecanismo de
emissão de luz dos pirilampos (vagalumes) estaria ligado a uma enzima, a
luciferase, quando oxidada pela luciferina. Neste mecanismo não haveria
participação ativa do ATP celular? Não existiria, neste processo, uma
correlação, pelas reações afins, de doação de energias embora em degrau
bioquímico diverso, com a mecânica da ectoplasmia?
Na ectoplasmia a bioquímica seria mais
avançada e onde deverá existir uma participação toda especial das camadas
profundas do psiquismo do doador, sem que a vontade e o raciocínio da zona
superficial ou consciente possam interferir. Isto não quer dizer que a zona do
inconsciente ou espiritual do doador ou médium seja a responsável pelo processo
ectoplásmico, mas uma zona orientadora dos mecanismos psicológicos e
parapsicológicos. Só haverá ectoplasmia de um ser humano quando o campo
inteligente do agente Psi-Theta, ou campo espiritual, comandar o processo. O
inconsciente ou psiquismo de profundidade do médium dirige o seu próprio
metabolismo e quimismo, mas, nunca a moldagem externa do objeto. A substância
ectoplásmica, ao definir a morfologia humana, terá que sofrer a influência
orientadora dos vórtices inteligentes do agente modelador que, de acordo com a
necessidade e possibilidade, traduzirá o processo de modo parcial ou total, a
fim de atingir a sua finalidade.
As variedades de ectoplasmia são inúmeras e com tonalidades especificas. Existem moldagens tão marcantes da parte do doador (médium), que o campo modelador não consegue efetivar com precisão as suas próprias características, mostrando semelhança com o corpo do médium; é como se o médium reforçasse o mecanismo com substância pré-moldada, isto é, o seu corpo astral (matéria orgânica especifica irradiante) fosse projetado na massa ectoplásmica em processamento. Isto tem criado muita celeuma quanto à validade do processo. Aqui não cabe a discussão do problema.
Além das variedades parciais ou totais, a ectoplasmia poderá ser opaca ou luminosa. Neste último caso, pela iluminação da forma em exposição, devido à queima do fósforo, será apreciado, com detalhes, pela nossa visão, a aparição. Sabemos que os processos da ectoplasmia, em sua maioria, necessitam da ausência de luz branca para a sua realização; esta como que desorganiza o processo, o que não acontece com a faixa luminosa do vermelho, até recomendado nas câmaras de ectoplasmia.
Concluindo: a ectoplasmia encontraria no ATP das células uma das substâncias especificas para as próprias moldagens. E, estas, só seriam possíveis com a presença do campo-organizador-orientador do agente Psi-Theta ou Campo Espiritual.
Revista Presença Espirita, nov. de 1980.
As variedades de ectoplasmia são inúmeras e com tonalidades especificas. Existem moldagens tão marcantes da parte do doador (médium), que o campo modelador não consegue efetivar com precisão as suas próprias características, mostrando semelhança com o corpo do médium; é como se o médium reforçasse o mecanismo com substância pré-moldada, isto é, o seu corpo astral (matéria orgânica especifica irradiante) fosse projetado na massa ectoplásmica em processamento. Isto tem criado muita celeuma quanto à validade do processo. Aqui não cabe a discussão do problema.
Além das variedades parciais ou totais, a ectoplasmia poderá ser opaca ou luminosa. Neste último caso, pela iluminação da forma em exposição, devido à queima do fósforo, será apreciado, com detalhes, pela nossa visão, a aparição. Sabemos que os processos da ectoplasmia, em sua maioria, necessitam da ausência de luz branca para a sua realização; esta como que desorganiza o processo, o que não acontece com a faixa luminosa do vermelho, até recomendado nas câmaras de ectoplasmia.
Concluindo: a ectoplasmia encontraria no ATP das células uma das substâncias especificas para as próprias moldagens. E, estas, só seriam possíveis com a presença do campo-organizador-orientador do agente Psi-Theta ou Campo Espiritual.
Revista Presença Espirita, nov. de 1980.
FONTE: http://www.redeamigoespirita.com.br/group/temas-espiritas/forum/topics/ectoplasma
FLUIDOS
Os Fluidos
Projeto Reler
“... e quando semeias, não semeias o corpo que
há de ser, mas o simples grão, como de trigo ou de qualquer outra semente. Mas
Deus dá o corpo como lhe aprouve dar e a cada uma das sementes, o seu corpo
apropriado. Nem toda carne é a mesma; porém uma é a carne dos homens, outra a
dos animais, outra a das aves, outra a dos peixes. Também há corpos celestiais
e corpos terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais e outra, a dos
terrestres. Uma é a glória do sol, outra a glória da lua, outra a das estrelas;
porque até entre as estrelas há diferenças de esplendor” - (I
Coríntios, cap. 15 - 37 a 41).
CONSIDERAÇÕES
Um dos grandes mistérios que a Ciência humana
procura esclarecer é o da existência de uma matéria básica universal, capaz de
servir como ponto de partida para a origem dos elementos físicos conhecidos.
Embora pesquisadores em todo o mundo tenham se empenhado no estudo da estrutura
íntima dos átomos, ainda não se conseguiu encontrar esse elemento básico
primitivo. Acredita-se que o Universo, em seu lado material, tenha uma idade
calculada aproximadamente entre 9 e 16 bilhões de anos. Estudos modernos
afirmam que no princípio todos os elementos materiais estavam reunidos num só
“ponto”, sob uma pressão incalculável. Num dado momento, esse ponto teria
explodido, dispersando matéria pelo espaço, dando origem às nebulosas, aos
sistemas estelares, aos planetas e aos astros. O Universo, de acordo com a
física moderna, continua a se expandir e não se sabe até quando continuará
neste processo. A Ciência entende que, encontrando o elemento material
primitivo, estaria frente à solução de muitos mistérios sobre a origem das
coisas. No século XIX, quando começaram as manifestações dos Espíritos, eles
revelaram uma teoria onde explicavam de forma racional a origem das coisas
materiais e espirituais. Diziam que havia por toda a Criação um elemento
primitivo etéreo, denominado “fluido universal”, e que todos os elementos
materiais conhecidos seriam formas modificadas deste fluido. Alguns cientistas
no passado pesquisaram a matéria básica, também denominada “éter”, mas não
conseguiram convencer os meios científicos de sua existência. A Ciência não
podia compreender a presença, no espaço, de uma matéria tão sutil que não fosse
detectada pelos instrumentos existentes. O Espiritismo, através dos fenômenos
de efeitos físicos, demonstrou a existência do fluido universal, base de todos
os elementos materiais.
FLUIDO UNIVERSAL
O fluido universal é a matéria básica
fundamental de todo o Universo material e espiritual, a matéria elementar
primitiva. É altamente influenciável pelo pensamento (que é uma forma de
energia), podendo se modificar, assumir formas e propriedades particulares. A
ação do Pensamento Divino sobre o fluido universal deu origem às nebulosas, aos
sistemas estelares, aos planetas e astros. É nessa matéria fluídica que o
Criador executa o plano existencial. O fluido universal preenche todo o espaço
existente entre os mundos. Por meio dele viajam as ondas do pensamento, do
mesmo modo que as ondas sonoras se projetam na camada atmosférica.
Em torno dos planetas, o fluido universal
apresenta-se modificado. A presença da vida no orbe impõe-lhe características
especiais, pois que é alterado pela atividade mental dos habitantes. Assim, nos
mundos mais primitivos, o fluido universal que os circunda apresenta-se escuro
e pesado. Nos mundos mais civilizados, a atmosfera espiritual é mais leve e
luminosa. Para melhor compreensão, pode-se dizer que esse princípio elementar
tem dois estados distintos: o da imponderabilidade ou de eterização (estado
normal primitivo), e o de ponderabilidade ou de materialização. Ao primeiro
estado pertencem os fenômenos do mundo invisível e ao segundo os do mundo visível.
Logicamente entre os dois pontos existem inúmeras formas intermediárias de
transformação do fluido em matéria tangível. No estudo deste importante assunto
poderemos entender a origem de muitas afeções do ser humano e os fundamentos da
fluidoterapia, largamente empregada nos centros espíritas, na profilaxia e
tratamento das enfermidades físicas e espirituais.
“No estado de eterizarão, o fluido universal não
é uniforme; sem cessar de ser etéreo, passa por modificações tão variadas em
seu gênero, e mais numerosas talvez, do que no estado de matéria tangível. Tais
modificações constituem fluidos distintos que, se bem sejam procedentes do
mesmo princípio, são dotados de propriedades especiais, e dão lugar aos
fenômenos particulares do mundo invisível. Uma vez que tudo é relativo, esses
fluidos têm para os Espíritos, que em si mesmo são fluídicos, uma aparência
material quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados, e são para eles o
que para nós são as substâncias do mundo terrestre; eles as elaboram, as combinam
para produzir efeitos determinados como o fazem os homens com seus materiais,
embora usando processos diferentes” - (Allan Kardec - A Gênese, cap.
XIV, item 3).
FLUIDO VITAL
Os Espíritos afirmam que uma das modificações
mais importantes do fluido universal é o fluido vital. Ele é o responsável pela
força motriz que movimenta os corpos vivos. Sem ele, a matéria é inerte.
Podemos dizer que ele é responsável pela animalização da matéria, pois, segundo
os Espíritos, a vida é resultado da ação de um agente sobre a matéria. Esse
agente é o fluido vital. É ele que dá vida a todos os seres que o absorvem e
assimilam. A matéria sem ele não tem vida assim como ele sem a matéria não é vida.
Quando os seres orgânicos perdem a vitalidade, por ocasião da morte, a matéria
se decompõe formando novos corpos e o fluido vital volta à massa, ao todo
universal, para novas combinações e utilizações no Universo. Cada ser tem uma
quantidade de fluido vital, de acordo com suas necessidades. As variações
dependem de um série de fatores. Allan Kardec nos instrui sobre o assunto
em O Livro dos Espíritos, pergunta 70:
“A quantidade de fluido vital não é a mesma em
todos os seres orgânicos:
varia segundo as espécies e não é constante no
mesmo indivíduo, nem nos vários indivíduos de uma mesma espécie. Há os que
estão, por assim dizer, saturados de fluido vital, enquanto outros o possuem
apenas em quantidade suficiente. É por isso que uns são mais ativos, mais enérgicos,
e de certa maneira, de vida superabundante.
A quantidade de fluido vital se esgota. Pode
tornar-se incapaz de entreter a vida, se não for renovada pela absorção e
assimilação de substâncias que o contêm.
O fluido vital se transmite de um indivíduo a
outro. Aquele que o tem em maior quantidade pode dá-lo ao que tem menos, e em
certos casos fazer voltar uma vida prestes a extinguir-se”.
Estudando esses fundamentos à luz do
Espiritismo, chegamos à compreensão de muitas coisas simples que nos pareciam
complicadas e irreais, como por exemplo a citação de Moisés na Bíblia sobre a
origem do homem. Diz ele: “ Deus formou o corpo do homem do limo da terra e lhe
deu uma alma vivente à sua semelhança”. Ele estava certo, pois queria dizer que
o corpo material era formado dos mesmos elementos que tinham servido para
formar o pó da terra. A “alma vivente à sua semelhança” é o princípio
inteligente ou espiritual retirado da essência divina, fazendo grande distinção
entre o material e o espiritual.
O homem pode manter o equilíbrio de sua saúde
vital através da alimentação, da respiração de ar não poluído e, acima disso,
mantendo uma conduta mental sadia. O Princípio vital é a lei que rege a
existência do fluido vital.
ATMOSFERA FLUÍDICA
“Os maus pensamentos corrompem os fluidos
espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável” - (Allan
Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).
Vimos que o pensamento exerce uma poderosa
influência nos fluidos espirituais, modificando suas características básicas.
Os pensamentos bons impõem-lhes luminosidade e vibrações elevadas que causam
conforto e sensação de bem estar às pessoas sob sua influência. Os pensamentos
maus provocam alterações vibratórias contrárias às citadas acima. Os fluidos
ficam escuros e sua ação provoca mal estar físico e psíquico.
Pode-se concluir assim, que em torno de uma
pessoa, de uma família, de uma cidade, de uma nação ou planeta, existe uma
atmosfera espiritual fluídica, que varia vibratoriamente, segundo a natureza
moral dos Espíritos envolvidos.
À atmosfera fluídica associam-se seres
desencarnados com tendências morais e vibratórias semelhantes. Por esta razão,
os Espíritos superiores recomendam que nossa conduta, nas relações com a vida,
seja a mais elevada possível. Uma criatura que vive entregue ao pessimismo e
aos maus pensamentos, tem em volta de si uma atmosfera espiritual escura, da
qual aproximam-se Espíritos doentios. A angústia, a tristeza e a desesperança
aparecem, formando um quadro físico-psíquico deprimente, que pode ser
modificado sob a orientação dos ensinos morais de Jesus.
“A ação dos Espíritos sobre os fluidos
espirituais tem conseqüências de importância direta e capital para os
encarnados. Desde o instante em que tais fluidos são o veículo do pensamento;
que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é evidente que eles devem
estar impregnados das qualidades boas ou más, dos pensamentos que os colocam em
vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos” - (Allan
Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16).
À medida que cresce através do conhecimento, o
homem percebe que suas mazelas, tanto físicas quanto espirituais, é diretamente
proporcional ao seu grau evolutivo e que ele pode mudar esse estado de coisas,
modificando-se moralmente. Aliando-se a boas companhias espirituais através de
seus bons pensamentos, poderá estabelecer uma melhor atmosfera fluídica em
torno de si e, consequentemente, do ambiente em que vive. Resumindo, todos
somos responsáveis pelo estado de dificuldades morais que vive o planeta
atualmente.
“Melhorando-se, a humanidade verá depurar-se a
atmosfera fluídica em cujo meio vive, porque não lhe enviará senão bons fluidos,
e estes oporão uma barreira à invasão dos maus. Se um dia a Terra chegar a não
ser povoada senão por homens que, entre si, praticam as leis divinas do amor e
da caridade, ninguém duvida que não se encontrem em condições de higiene física
e moral completamente outras que as hoje existentes” - (Allan Kardec -
Revista Espírita, Maio, 1867).
O PERISPÍRITO
Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo
espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual” - (Coríntios I,
cap. 15, versículo 44). Sabe-se que a alma é revestida por um envoltório ou
corpo fluídico, chamado perispírito, constituído das modificações do fluido
universal. É, por assim dizer, uma condensação do fluido cósmico em redor do
foco de inteligência ou alma, deduzindo-se daí que o corpo perispiritual e o
corpo humano têm sua fonte no mesmo fluido, posto que sob dois estados
diferentes. O perispírito, ou corpo astral, pode ser definido como um veículo
intermediário entre o Espírito e a matéria. É o agente das sensações externas.
Paulo de Tarso, na Bíblia, chamou-o corpo espiritual. O Espírito, quando
encarnado, não age diretamente sobre os corpos materiais. Sua natureza abstrata
não o permite. O perispírito é o laço que serve de elo entre ambos, pois,
enquanto de um lado sofre a influência do pensamento, do outro exerce contato
com a matéria. É o perispírito quem transmite as ordens conscientes e
inconscientes do Espírito para a atuação do corpo físico. No sentido contrário,
o corpo astral leva as sensações captadas pelo corpo físico à apreciação da
alma. a) Constituição do perispírito O corpo espiritual é de natureza
semimaterial, constituído de uma modificação do fluido universal do orbe onde o
Espírito está encarnado. A estrutura do perispírito varia de mundo para mundo.
Quanto mais evoluído é o planeta, mais sutil é o corpo fluídico dos que nele
vivem. O perispírito modifica-se de acordo com a evolução do Espírito. Isso se
dá por causa da influência do pensamento da entidade, na estrutura molecular do
corpo espiritual. Diz Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, pergunta 182: “À
medida que o Espírito se purifica o corpo que o reveste aproxima-se igualmente
da natureza espírita”.
O perispírito não é uma massa homogênea. Possui
órgãos como o corpo físico e centros vitais, por onde são absorvidas as
energias espirituais. Segundo as provas que certos Espíritos devem passar em
suas encarnações, o corpo astral poderá exercer influência na formação do corpo
carnal, dando origem a enfermidades ou anomalias orgânicas. O perispírito é
altamente plasmável. Quando o Espírito está em liberdade, pode mudá-lo de forma
pela ação da sua vontade. Esta propriedade explica as freqüentes referências às
aparições de seres angelicais e demoníacos, narradas na história da humanidade.
As aparições de Espíritos são chamadas
“materializações”. Nesses fenômenos, o que se vê é o perispírito da criatura
manifesta e não o Espírito, como pensam alguns. b) Funções do perispírito
Quando migra de um mundo para outro, o Espírito troca de perispírito como se
trocasse de roupa, pois seu corpo espiritual é formado de uma variação do
fluido universal, existente em torno do planeta onde encarna. O corpo fluídico
reflete as experiências da entidade, mas não é a sede da memória. O perispírito
registra as experiências vividas pela criatura e as envia ao “sensorium comune”
do Espírito (que é o próprio Espírito), arquivo definitivo de todas as
passagens da entidade pelo processo evolutivo. Sabe-se que os fluidos são o
veículo do pensamento do Espírito e que este pode imprimir naqueles as características
que lhe aprouver, com a força de sua vontade, exercendo sobre a matéria a ação
resultante desta atuação. É através do perispírito que se dá essa ação na
matéria. Funciona, portanto, como uma esponja que absorve do meio as emanações
fluídicas boas ou más existentes nele. Deduz-se daí a origem de certos
processos de enfermidades, como também compreende-se os mecanismos da cura
através da fluidoterapia. O perispírito tem importante papel nos fenômenos
psicológicos, fisiológicos e patológicos. Quando a Medicina humana der abertura
aos conhecimentos da Ciência Espírita, ela abrirá novos horizontes para uma
abordagem e um tratamento mais completos das moléstias orgânicas e psíquicas. O
Espiritismo contribuirá com as técnicas de manipulação das energias para
revitalizar o corpo astral e fornecerá elementos morais educativos, necessários
ao equilíbrio definitivo do ser.
“O perispírito dos encarnados é de natureza
idêntica à dos fluidos espirituais, e por isso os assimila com facilidade, como
a esponja se embebe de líquido. Esses fluidos têm sobre o perispírito uma ação
tanto mais direta, quanto, por sua expansão e por sua irradiação, se confunde
com eles” - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 18).
PROJETO RELER - INFORMAÇÕES ESPÍRITAS E CULTURAIS
REFORMA ÍNTIMA
Reforma
Íntima
Paulo Antonio
Ferreira
A vida não é uma coisa
fácil de se viver. É algo muito complexo e difícil de ser transmitido por
palavras, além de se constituir em uma imensidade de situações com uma
infinidade de nuances.
Na falta de uma educação
adequada na infância, feita por pais que já tenham atingido um grau de evolução
incomum, a maioria de nós cresce sem entender a vida, sem compreender as razões
que estão por trás das atitudes das pessoas e, pela ausência de referências
sobre como devemos agir, sem capacidade de escolher a atitude correta para cada
situação.
Na juventude a maioria
passa por problemas de adaptação ao mundo, acabando por criar um sentimento de
revolta contra os pais e contra a sociedade. Os colegas possuem os mesmos
problemas e com eles os jovens podem se sentir à vontade, passando assim a
servirem de modelos uns para os outros, aprendendo mecanismos de defesa mais
fáceis de compreender como a ironia, a hostilidade e a violência. Procuram
referências de comportamento na televisão, nos livros, nos filmes e nas
notícias de jornais, embora esta não seja a melhor forma de aprender. Aos
poucos começam a achar que seus pais sabem ainda menos do que eles, que estão atrasados
em relação ao que se passa no mundo de hoje.
Ao enfrentarem mais tarde
a competição no trabalho, pressionados pela profissão que abraçam, a tendência
será de que, colocando então uma prioridade menor na compreensão da vida,
muitos problemas existenciais acabem ficando sem solução. Ao se acomodarem
terminarão como seus pais, sem condição de passar a seus filhos um entendimento
maior da vida, e esse estado de coisas tende a se perpetuar por milênios.
Se a vida nos pressionar,
poderemos precisar do auxílio de um profissional que nos orientará em seções de
Análise. Porém a Psicologia poderá contribuir apenas com o conhecimento dos
traumas e recalques não resolvidos de nossa presente existência. Modernamente
alguns Psicólogos e Terapeutas já estão trabalhando com A Terapia de Vidas
Passadas (TVP) onde os traumas ocorridos em outras vidas poderão ser
trabalhados, trazidos para o consciente e eventualmente suplantados. Alguns
porém não recomendam esse tratamento devido ao risco de encontrar pessoas não preparadas
a realizá-lo corretamente.
O Espiritismo parece
trazer a contribuição definitiva pela compreensão de como se processa a
evolução espiritual através de sucessivas encarnações, trazendo respostas para
todas as nossas questões existenciais. Fornece ainda métodos para a solução de
muitos de nossos problemas, como por exemplo o Tratamento Mediúnico, a
Apometria e a Reforma Íntima. Neste artigo vamos considerar apenas a Reforma
Íntima, pois os outros dois métodos citados poderão ser conhecidos teoricamente
na literatura espírita, sendo sua prática feita nos Centros Espíritas por
médiuns devidamente treinados. Mesmo a Reforma Íntima necessita, para sua
consolidação, de um estudo da Doutrina Espírita que será tanto mais efetivo
quando realizado nos Centros Espíritas. Entretanto, sendo um conhecimento
básico que será útil no dia a dia de todas as pessoas, e por exigir
principalmente uma vontade firme de se regenerar, daremos aqui algumas noções
deste procedimento.
AVALIE A SI
MESMO
Se você possuir o VB 5.0 instalado,
pode optar pelo download do aplicativo: avaliação.zip (9Kb)
O QUE É
A Reforma Íntima é um
processo contínuo de auto-análise, de conhecimento de nossa intimidade
espiritual, libertando-nos de nossas imperfeições e permitindo-nos atingir o
domínio de nós mesmos.
O QUE SE PODE
TRANSFORMAR INTIMAMENTE
Podemos e devemos
substituir nossos defeitos como, o Orgulho, a Inveja, o Ciúme, a Agressividade,
o Egoísmo ou Personalismo, a Maledicência, e a Intolerância por virtudes, tais
como a Humildade, a Resignação, a Sensatez, a Generosidade, a Afabilidade, a
Tolerância e o Perdão.
QUANTO TEMPO?
Algumas pessoas que estão
iniciando estes estudos imaginam que bastará a primeira leitura para ficarem
livres de todos os seus defeitos. Ao verificarem na vida prática que não houve
nenhuma mudança, desanimam e abandonam seu propósito inicial de se reformarem.
Porisso devemos dizer, logo de início, que este estudo é para a vida toda. A
leitura deste artigo e dos livros da referência permitirá a você conhecer o
assunto, mas sua reforma total só virá depois que você começar a identificar
estes defeitos em cada situação da vida e aprender aos poucos a prática das
virtudes que irão substituí-los. Portanto, esta leitura é importantíssima pois
com ela você começará a pensar no assunto. Continue estudando sempre e no
futuro, quando a vida já tiver lhe ensinado bastante, você ainda verá que a
cada dia, um dado defeito, considerado como vencido, retorna com nova roupagem
em outra situação, surpreendendo-o.
COMO FAZER
O Conhecer a si mesmo é o
primeiro passo para a reforma. A melhor maneira de fazê-lo é pelo estudo de
dois excelentes livros, o primeiro de Ney Prieto Peres1 da Editora Pensamento e
o segundo um novo lançamento da Editora O Clarim, de Abel Glaser2, pelo
Espírito Caibar Schutel. E, sem dúvida, o estudo da Doutrina Espírita e sua
prática em Centros Espíritas, que seguem a Doutrina de Allan Kardec, será de
fundamental importância para a realização dessa reforma.
Lembre-se que temos a
tendência natural de sempre justificar nossos defeitos com racionalismos. São
artimanhas e tramas inconscientes, muitas delas sugeridas por espíritos
inferiores que desejam ver a nossa queda. Portanto conheça a fundo esses
defeitos em todas as suas particularidades, em como eles o afetam, localizando
as ocasiões em que estamos mais vulneráveis à sua manifestação. Procure então
se afastar desses momentos propícios em que eles se manifestam, para não ser
mais envolvido por seus tentáculos, nem cair nas suas teias.
Um terceiro ponto
importante é que precisamos contar com as quedas. Até que cresçamos
espiritualmente somos como crianças aprendendo a andar. São as quedas que
fortalecem nossa vontade, e nos ensinam a ter persistência. Nós somos aquilo
que conseguimos realizar e não aquilo que prometemos. Através as quedas
aprendemos mais sobre nós mesmos e podemos aperfeiçoar o modo de evitá-las. Mas
se cairmos porque nos falta vontade de acertar estaremos no caminho descendente
e, de queda em queda, nos enfraqueceremos. Percebem a sutileza? A criança
aprende a andar porque está determinada a fazê-lo. Não desanime, levante-se
logo e siga em frente tranqüilamente, sem se martirizar, com conhecimento de
causa, na firme determinação de não mais errar.
Por último recomendamos
que em cada minuto de sua vida, antes de iniciar qualquer ação, você faça este
exercício de se perguntar sempre:
Isto que estou fazendo
agora seria bem aceito entre os bons Espíritos?
Se for, o procedimento é correto; se não for descontinue imediatamente o que iria fazer e não pense mais nisso. Nas situações em que ficar em dúvida, por não saber o que os bons Espíritos pensam a respeito, lembre-se de estudar as obras espíritas.
Se for, o procedimento é correto; se não for descontinue imediatamente o que iria fazer e não pense mais nisso. Nas situações em que ficar em dúvida, por não saber o que os bons Espíritos pensam a respeito, lembre-se de estudar as obras espíritas.
Concentremo-nos em nosso
interior e procuremos melhorar nosso espírito eterno, esquecendo o que esta
sociedade transitória estabeleceu como "normal" para nós. Lutemos o
bom combate e não a luta mesquinha dos materialistas. A humanidade continuará
ainda por muito séculos como é agora, mas nós que já cansamos de ver o sangue
correr nestes dois últimos milênios, que já sentimos o amor que nos é
transmitido pelos Espíritos em nossos corações, que estamos aqui para a
realização de nossos últimos resgates, que já começamos a compreender as
palavras de nosso querido amigo e mestre Jesus, nós não precisamos participar
dessa insensatez, nós podemos fazer a nossa pequena parte vivendo com Jesus,
com caridade, realizando a transformação no íntimo de cada um, fazendo a
Alquimia moderna de transformar chumbo em ouro.
"Reconhece-se o
verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega
para dominar suas más inclinações."
(Allan Kardec. "O
Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo XVII. Sedes Perfeitos. Os bons
Espíritas.)
Referências:
1"Manual Prático do Espírita" de Ney Prieto Peres, da Editora Pensamento.
2"Fundamentos da
Reforma Íntima" de Abel Glaser pelo Espírito Caibar Schutel, da Editora O
Clarim.1"Manual Prático do Espírita" de Ney Prieto Peres, da Editora Pensamento.
FONte: http://www.acasadoespiritismo.com.br/temas/reforma%20intima.htm
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
As personalidades psíquicas
Pierre Janet William James
Decifrando o Psiquismo
A experiência de trabalho medianímico vivenciada nos últimos 24 anos, em
vários grupos apométricos, demonstra
de forma cabal a existência e a ação dos elementos psíquicos, denominados “Personalidades Múltiplas” e “Subpersonalidades”. As conclusões,
conceitos e informações que reafirmamos vêm de tempos remotos, não é nossa
exclusividade, e foram observados ao longo de anos por cientistas de renome e
por espíritos conceituados.
Dentro do campo da psicologia eles foram observados por Pierre Janet, William James, Jung e outros. No campo da psiquiatria estudaram o assunto o italiano Roberto Assagioli (Psicossíntese) e inúmeros outros estudiosos, conforme registros da Associação Americana de Psiquiatria. No campo espiritual, temos os estudos de André Luiz, Joanna de Ângelis, Manoel Philomeno de Miranda, Miramez, Charles Lancelin e outros.
O algo “novo” que Dr. Lacerda nos trouxe foi a forma diferente de tratar terapeuticamente esses elementos. Não é novidade o estudo dos corpos sutis.
As personalidades psíquicas foram e continuam sendo estudadas e denominadas de “personalidades múltiplas”, “subpersonalidades”, “eus”, “elementos antagônicos”, “inconsciente coletivo pessoal”, “personalidades parasitas”, “elementos da consciência”, “personas”, “papéis”, “pensamentos”, “máscaras”, “fachadas”, “cisões”, “energias” e “níveis”. As nomenclaturas diferenciadas em nada alteram a essência dos elementos e nem anulam a realidade dos fatos. Evidentemente, não pretendemos ter a posse da verdade, dar respostas definitivas e nem combater “verdades” estabelecidas. A cada dia a ciência prova de forma incontestável a relatividade e a multidimensionalidade das coisas. O resultado da observação e experimentação que fazemos sugere maior estudo sobre a essência, funções, morfologias e propriedades desses elementos psíquicos.
Nossa proposta é trabalhar com determinação, fé e amor, buscando a compreensão dos elementos e tentando aliviar a dor das pessoas tocadas pelo sofrimento, que nos procuram em busca de auxílio. Não pretendemos a unanimidade de conceitos nem de opiniões, uma vez que na unanimidade a evolução pode ser mais lenta. Ao codificar a Doutrina dos Espíritos, Kardec observava com muita propriedade que não fôssemos muito apressados em rejeitar a priori tudo o que não pudéssemos compreender, porque longe estamos ainda de conhecer todas as leis e, sem dúvida, nem a natureza nos revelou ainda todos os segredos. O mundo invisível é um campo de observação ainda novo, cujas profundezas seria presunção nossa considerar explorado, quando incessantemente se estão patenteando a nossos olhos novas maravilhas (A. Kardec, OP, Capítulo 2, Parágrafo VII, Dos Homens Duplos… item 9).
Dentro do campo da psicologia eles foram observados por Pierre Janet, William James, Jung e outros. No campo da psiquiatria estudaram o assunto o italiano Roberto Assagioli (Psicossíntese) e inúmeros outros estudiosos, conforme registros da Associação Americana de Psiquiatria. No campo espiritual, temos os estudos de André Luiz, Joanna de Ângelis, Manoel Philomeno de Miranda, Miramez, Charles Lancelin e outros.
O algo “novo” que Dr. Lacerda nos trouxe foi a forma diferente de tratar terapeuticamente esses elementos. Não é novidade o estudo dos corpos sutis.
As personalidades psíquicas foram e continuam sendo estudadas e denominadas de “personalidades múltiplas”, “subpersonalidades”, “eus”, “elementos antagônicos”, “inconsciente coletivo pessoal”, “personalidades parasitas”, “elementos da consciência”, “personas”, “papéis”, “pensamentos”, “máscaras”, “fachadas”, “cisões”, “energias” e “níveis”. As nomenclaturas diferenciadas em nada alteram a essência dos elementos e nem anulam a realidade dos fatos. Evidentemente, não pretendemos ter a posse da verdade, dar respostas definitivas e nem combater “verdades” estabelecidas. A cada dia a ciência prova de forma incontestável a relatividade e a multidimensionalidade das coisas. O resultado da observação e experimentação que fazemos sugere maior estudo sobre a essência, funções, morfologias e propriedades desses elementos psíquicos.
Nossa proposta é trabalhar com determinação, fé e amor, buscando a compreensão dos elementos e tentando aliviar a dor das pessoas tocadas pelo sofrimento, que nos procuram em busca de auxílio. Não pretendemos a unanimidade de conceitos nem de opiniões, uma vez que na unanimidade a evolução pode ser mais lenta. Ao codificar a Doutrina dos Espíritos, Kardec observava com muita propriedade que não fôssemos muito apressados em rejeitar a priori tudo o que não pudéssemos compreender, porque longe estamos ainda de conhecer todas as leis e, sem dúvida, nem a natureza nos revelou ainda todos os segredos. O mundo invisível é um campo de observação ainda novo, cujas profundezas seria presunção nossa considerar explorado, quando incessantemente se estão patenteando a nossos olhos novas maravilhas (A. Kardec, OP, Capítulo 2, Parágrafo VII, Dos Homens Duplos… item 9).
Existem inúmeros estudos sérios sobre esse assunto, dentro e fora da
doutrina espírita, que não podem ser ignorados ou negados. O fenômeno das
personalidades psíquicas realmente se comprova de fato, tendo em vista os
inegáveis resultados benéficos após o tratamento. É comum ao abordarmos
psiquicamente a consciência de um indivíduo encontrarmos duas ou mais
personalidades psíquicas dissociadas, que se revezam ou alternam durante o
transcorrer de um dia, percebidas e interpretadas como estados de humor.
Essas personalidades, por vezes, assumem ou tentam assumir
provisoriamente a consciência da pessoa, promovendo comportamentos diversos. A
sua permanência é mais demorada no distúrbio chamado “dupla personalidade”, em
que a pessoa se modifica de tal modo que parece se transformar em outra.
No livro, “Nos Domínios da Mediunidade”, de André Luiz, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, o instrutor Áulus esclarece que o fenômeno é comum e
acrescenta: “É a influenciação de almas encarnadas entre si que, à vezes,
alcança o clima de perigosa obsessão. Milhões de lares podem ser comparados a
trincheiras de luta, em que pensamentos guerreiam pensamentos, assumindo as
mais diversas formas de angústias e repulsão”.
Indagado se o assunto pode se enquadrar nos domínios da mediunidade, esclarece:
“perfeitamente, cabendo-nos acrescentar ainda que o fenômeno pertence à sintonia. Muitos processos de alienação mental guardam nele as origens. Muitas vezes, dentro do mesmo lar, da mesma família ou da mesma instituição, adversários ferrenhos do passado se reencontram. Chamados pela Esfera Superior ao reajuste, raramente conseguem superar a aversão de que se veem possuídos, uns à frente dos outros e alimentam com paixão, no imo de si mesmos, os raios tóxicos da antipatia que concentrados se transformam em venenos magnéticos, suscetíveis de provocar a enfermidade e a morte. Para isso, não será necessário que a perseguição recíproca se expresse em contendas visíveis. Bastam as vibrações silenciosas de crueldade e despeito, ódio e ciúme, violência e desespero, as quais alimentadas, de parte a parte, constituem corrosivos destruidores.” E isso não acontece só nos lares, ocorre nos grupos espiritualistas e espíritas, bem como entre todos os demais agrupamentos humanos e, principalmente, naqueles que levantam alguma bandeira de luz por lhes faltar a Verdadeira Luz da Fraternidade.
Indagado se o assunto pode se enquadrar nos domínios da mediunidade, esclarece:
“perfeitamente, cabendo-nos acrescentar ainda que o fenômeno pertence à sintonia. Muitos processos de alienação mental guardam nele as origens. Muitas vezes, dentro do mesmo lar, da mesma família ou da mesma instituição, adversários ferrenhos do passado se reencontram. Chamados pela Esfera Superior ao reajuste, raramente conseguem superar a aversão de que se veem possuídos, uns à frente dos outros e alimentam com paixão, no imo de si mesmos, os raios tóxicos da antipatia que concentrados se transformam em venenos magnéticos, suscetíveis de provocar a enfermidade e a morte. Para isso, não será necessário que a perseguição recíproca se expresse em contendas visíveis. Bastam as vibrações silenciosas de crueldade e despeito, ódio e ciúme, violência e desespero, as quais alimentadas, de parte a parte, constituem corrosivos destruidores.” E isso não acontece só nos lares, ocorre nos grupos espiritualistas e espíritas, bem como entre todos os demais agrupamentos humanos e, principalmente, naqueles que levantam alguma bandeira de luz por lhes faltar a Verdadeira Luz da Fraternidade.
terça-feira, 29 de outubro de 2013
PINEAL - A GLÂNDULA DA VIDA MENTAL
No séc. XVII, Descartes
ensinava que a glândula pineal ou epífise era a sede da alma. No entanto, até
há pouco tempo, essa estrutura cerebral era considerada simplesmente um orgão
vestigial, um resquício do fotorreceptor dorsal ou terceiro olho presente em
certos vertebrados inferiores.
Conhecida das religiões
orientais, ela era particularmente festejadas entre os hindus como um dos
componentes dos chacras coronário, a flor de mil pétalas. Mas somente a partir
de 1945, com o lançamento do livro Missionários da Luz, recebido pelo médium
Chico Xavier, tivemos mais amplas revelações quanto às funções da pineal no
complexo mente-corpo-espírito. Nele, o autor espiritual André Luiz, pseudônimo
de respeitado médico e cientista do início do século, falecido no Rio de
Janeiro, expressando-se mais na condição de repórter do que de pesquisador,
explica as funções, até então desconhecidas, da pineal. "Não se trata de
órgão morto, mas poderosa usina", esclarece. Essas e outras informações
preciosas podem ser resumidas em cinco itens:
a) A pineal segrega
hormônios psíquicos ou "unidades-força" que controlam as glândulas
sexuais e todo o sistema endócrino. Na puberdade, acordam no organismo do homem
as forças criadoras. Aos 14 anos, aproximadamente, deixa a ação frenadora que
exercia durante o período infantil e recomeça a funcionar como fonte criadora e
válvula de escapamento. A partir da adolescência promove, portanto, a
recapitulação da sexualidade, faz com que a criatura examine o inventário de
suas paixões vividas em outras existências, que reaparecem sob fortes impulsos.
Tanto os cromossomos da bolsa seminal como os do ovário recebem sua influência
direta e determinada. Desse modo, sua posição na experiência sexual é básica e
absoluta; b) Preside os fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de
elevada expressão do corpo espiritual; c) Comanda as forças subconscientes sob
a determinação direta da vontade, graças à sua ligação com a mente, através de
princípios eletromagnéticos do campo vital; d) Supre de energias psíquicas
todos os armazéns autônomos dos órgãos; e) É a glândula da vida mental, um dos
principais constituintes do centro coronário, o mais importante centro vital do
psicossoma ou corpo espiritual, instalado no diencéfalo.
Como vemos, em 1945,
André Luiz revelou funções extremamente especializadas e importantes da pineal
na economia orgânica, não suspeitadas ainda pela pesquisa médica terrestre, e
foi além, afirmando que estamos plugados a outras dimensões da vida através
dela. Durante a tarefa mediúnica, a epífise torna-se extremamente luminosa.
Nesse momento, entram em jogo vibrações sutilíssimas, não detectadas por
aparelhos comuns. A providência divina dotou essa pequenina estrutura,
semelhante a uma ervilha e com o formato de um cone, que não pesa mais de 100
mg, de uma extraordinária potencialidade laboratorial que permite traduzir
estímulos psíquicos em reações de ordem somática e vice-versa, colocando o ser
encarnado em permanente contato com o mundo espiritual que é eterno, primitivo,
preexistente.
Sono e envelhecimento
Muitos estudos foram
feitos para se determinar, no homem, quais os efeitos da luz sobre a produção
de melatonina (hormônio do sono). Concluiu-se que a luz do sol ou uma forte luz
artificial determina a supressão da secreção de melatonina. Normalmente, o
organismo tem um padrão constante de atuação, em que há altos níveis de
secreção da melatonina à noite e baixos durante o dia. A luz exerce, portanto,
papel primordial na regulação do hormônio pineal e atua em ciclos de 25 ou 26
horas. Os estudos cronobiológicos de Wurtman a respeito da melatonina levaram,
inclusive, à utilização da luz artificial intensa para alguns casos de
depressão, com bons resultados.
O escuro influencia,
portanto, elevando a taxa de produção da melatonina. É possível que,
intuitivamente, o homem sempre soubesse disso, porque desde os tempos
imemoriais, desde as cavernas primitivas, ele tem procurado realizar seus
intercâmbios com o outro lado da vida em ambientes muito pouco iluminados.
Mas não somente a luz,
também o pólo magnético da Terra tem influência direta sobre o seu
funcionamento.
Foram demonstradas a
variação de melatonina conforme as estações do ano e sua influência na
reprodução sazonal dos animais e nos fenômenos de hibernação. No homem também
está presente essa variação sazonal. Nos velhos há uma redução desse processo
hormonal, mas os pesquisadores não acreditam que ela esteja relacionada com a
calcificação, mas a outros fatores.
A produção máxima de
melatonina é alcançada durante o sono e coincide com os períodos de maior
escuridão.
Observou-se que
pacientes com jet-lag têm desordens dos ritmos circadianos, com perturbação nos
níveis de produção da melatonina: picos em horários anormais e falta de
sincronização. Há, nesses casos, um distúrbio do sono, da concentração, da
fadiga, da capacidade de concentração etc.
Sistema imunológico
Sabe-se que o sistema
imunológico apresenta ritmo circadiano e sazonal no cumprimento de suas
funções, o que indica que ele, provavelmente, tem a sua atividade regulada pela
pineal. Já se constatou essa dependência em experiências com animais.
Do mesmo modo,
verificou-se que a retirada da pineal provoca um crescimento do tecido do tumor
canceroso, enquanto que a administração de melatonina produz efeito contrário.
Sobretudo, no câncer de mama, parece que a secreção baixa de melatonina pode
influir no seu desenvolvimento.
Tudo indica que ela
também tenha um papel no estresse. Já se constatou relação direta entre níveis
de produção de melatonina com fadiga e sonolência em indivíduos submetidos à
constante privação do sono e de informação quanto ao período claro-escuro.
Em ratos
pinealecomizados (privados de pineal) houve indução da hipertensão arterial que
foi bloqueada com a administração da melatonina. É provável também a sua influência
nas alterações da mielina e no glaucoma.
Há ainda relatos de
influência da pineal em doenças neurológicas, como a epilepsia, doença de
Parkinson, esclerose lateral aminotrófica e em distúrbios endócrinos, como a
síndrome de Turner, hipogonadismo etc.
Centro das emoções
"Se pudéssemos
apontar para um centro das emoções no cérebro, esse o seria o hipotálamo. Isso
significa apenas que é nesse nível que os vários componentes da reação
emocional são organizados em padrões definitivos", afirma Marino Jr.. De
fato, o hipotálamo faz parte de um sistema complexo responsável pelo mecanismo
que elabora as funções emotivas, o sistema límbico de Maclean.
André Luiz afirma que a
pineal preside os fenômenos nervosos da emotividade. Já vimos que dois núcleos
hipotalâmicos sofrem a sua ação direta. Cremos que é uma questão de tempo para
a constatação científica dessa informação mediúnica.
Altschule (1957), Eldred
et al. (1961) e outros autores têm realizado importantes estudos que demonstram
a ação benéfica de extratos pineais sobre alguns esquizofrênicos.
Hartley e Smith (1973),
com os resultados de seus trabalhos na Escola de Farmácia da Universidade de
Bradford, Inglaterra, estão inclinados a admitir que, nos casos de
esquizofrenia, a HIOMT, enzima responsável pela sintetização da melatonina,
estaria agindo sobre substratos anormais, produzindo as substâncias implicadas
na moléstia. Como a enzima age em um ritmo circadiano, é possível que na
esquizofrenia ela trabalhe fora de fase com seu substrato, favorecendo uma
transmetilação anormal. Há indícios de implicação da pineal na etimologia dessa
moléstia, mas os estudos precisam avançar mais para que se chegue a uma
conclusão definitiva.
André Luiz, o médico
desencarnado, afirma que a pineal é a glândula mestra, aquela que tem
ascendência sobre todo o sistema endócrino.
Neste artigo, citamos
importantes pesquisadores que já detectaram a ação da melatonina sobre o
hipotálamo, estrutura nobre considerada, até a presente, como responsável pelo
sistema endócrino. Vimos também a ação gonadal desse hormônio sobre a
reprodução sazonal dos animais em diversos distúrbios endócrinos.
Wurtman lembrou muito
bem que nenhuma glândula foi tão exaustivamente pesquisada como a tireóide. No
entanto, só muito recentemente foi detectada a tireocalciotonina, hormônio
tireoideano de tão grande significado fisiológico. Com esse apontamento, ele
quis ressaltar o número ainda restrito de pesquisa sobre a pineal, uma vez que
elas só começaram em meados deste século, enquanto as outras glândulas
endócrinas já vinham sendo alvo de investigação há muitas décadas. Na verdade,
a pesquisa médica vai evoluir muito mais no próximo milênio. Não se pode
esquecer que o perispírito ainda é um ilustre desconhecido e sua simples
descoberta por parte da ciência oficial, com possibilidade de investigação
laboratorial, contribuirá para a mudança definitiva do enfoque
materialista-mecanicista em que ela está lastreada. Aliás, só se conhecerá o
potencial integral da pineal com as pesquisas concominantes do psicossoma. A
verdadeira usina de luz em que ela se transforma, durante o fenômeno mediúnico,
segundo descrição de André Luiz, só poderá ser detectada por lentes que
alcancem a quarta dimensão.
Quanto a revelação de
que ela é o centro das emoções, já vimos que é ainda o hipotálamo considerado
como tal. Estudando, porém, o sistema límbico e suas conexões com a habênula
(epitálamo) e as inter-relações desta glândula pineal, não é difícil prever que
o aprofundamento das pesquisas determinarão mais ampla participação desta
última no mecanismo das emoções.
O autor espiritual
relata ainda, em seus estudos, que a pineal comanda as forças subconscientes
sob a determinação direta da vontade. Ele entende como forças subconscientes
todo o arquivo da personalidade encarnada relativo a experiências de outras
encarnações, desde a fase pré-racional até os dias presentes. Este assunto é
tão amplo e importante que exigiria um outro artigo muito mais extenso do que
este, inclusive com considerações psicanalíticas.
A pineal supre de
energias psíquicas todos os armazéns autônomos dos órgãos. Aqui é útil lembrar
que em outro livro – Evolução em Dois Mundos – André Luiz introduz o conceito
de bióforos, esclarecendo que são estruturas do corpo espiritual presentes no
interior da célula e com atuação marcante no seu funcionamento. Como exemplo,
ele cita os mitocôndrios que acumulam energias espirituais sob a forma de
grânulos e imprimem na intimidade celular a vontade do espírito. Desse modo,
todos os estados mentais felizes e infelizes refletem-se sobre a economia orgânica.
Função espiritual
Finalmente, é preciso
considerá-la como glândula da vida mental. Já comentamos estudos que a colocam
na etiologia de doenças como esquizofrenia.
É preciso considerar
também o que Philip Lansky descreve sobre a conversão da melatonina em
10-methoxyharmalan, um potente alucinógeno. Em seu artigo – Neurochemistry and
the Awakening of Kundalini – Lansky enfoca o processo pelo qual se dá a
transmutação de energia sexual em psíquica, procurando explicar,
neuroquimicamente, a experiência vivida por Gopi Krishna em sua autobiografia.
Esse é o trecho descrito por Krishna, denominado kundalini:
"Durante uma dessas
intensas concentrações, eu subitamente senti uma estranha sensação na base da
espinha, no lugar onde toca o assento, enquanto eu sentei de pernas cruzadas em
um tapete dobrado espalhado no chão. A sensação foi tão extraordinária e
prazerosa que minha atenção foi dirigida forçosamente para isso. No momento em
que minha atenção foi então inesperadamente para o ponto onde foi focalizado, a
sensação cessou... Quando completamente imerso, de novo experimentei a
sensação, mas, desta vez, ao invés de alongar minha mente até o ponto onde eu
tinha fixado, eu mantive uma rigidez de atenção para fora. A sensação de novo
estendeu-se para cima, crescendo em intensidade, e eu senti a mim mesmo
flutuando; mas com um grande esforço, eu mantive minha atenção centrada ao
redor da lótus. De repente, eu senti uma corrente de líquido luminosa entrando
em meu cérebro através da medula espinhal".
Ao buscar explicações
neuroquímicas para a experiência espiritual, Lansky faz as seguintes
observações: A) os conceitos tradicionais conhecidos revelam uma interação
entre os centros sexuais dos chacras inferiores e os centros psíquicos
localizados no cérebro, nos chacras superiores ; b) a experiência de Gopi
Krishna envolve a percepção subjetiva da luz. Esse fenômeno mental poderia ser
chamado de "alucinatório"; c) o chacra superior, o mais importante
deles, está associado à glândula pineal.
Em seguida, Lansky faz
conciderações sobre a melatonina, sobre suas funções ainda em grande parte
desconhecidas, ressaltando as experiências que evidenciam o efeito inibitório
sobre mamíferos, machos e fêmeas, e também o inverso, os hormônios sexuais,
testosterona, estrógeno e progesterona inibindo a biossíntese da melatonina. E
ressalta também o que já está muito estabelecido, que a pineal está envolvida
na percepção da luz.
Nesse ponto, Lansky diz
que a melatonina pode se transformar em 10-methoxyharmalan, que é um potente
alucinógeno. Isso poderia explicar também as alucinações que ocorrem em
diferentes desordens mentais. Como se vê, a experiência do nascimento da
kundalini e de sua transformação parece envolver diretamente a pineal.
É interessante destacar
também que ela permite ao homem reencarnado adaptar-se ao tempo da terceira
dimensão, bem como faculta-lhe a percepção, durante o fenômeno mediúnico, do
tempo em outras dimensões. O fato de que ela provê o organismo de um tempo
circulante parece estar ligado à sua atividade rítmica em torno de 24 horas,
que produz maior ou menor quantidade de melatonina, conforme os períodos de
obscuridade e de claridade.
Na realidade, o olho humano deixa passar a
informação de claro-escuro, mas só a pineal é capaz de interpretar mais
amplamente os dados ambientais, inclusive aquele do pólo magnético da Terra,
sob a direção da mente.
É interessante
lembrarmos aqui as pesquisas da NASA sobre médiuns brasileiros do estado de
Minas Gerais. Eles detectaram a aura recorde de Chico Xavier, com mais de 20
metros, e procuraram relacionar os dados sobre o magnetismo terrestre desse
Estado brasileiro – os índices mais baixos do mundo – com a incidência de
médiuns excepcionais. Segundo as informações espirituais, deve haver relação
direta porque a pineal funciona também com base no pólo magnético da Terra.
Essas três experiências, portanto, não devem ser negligenciadas pelos
pesquisadores da pineal. Mas ela ainda tem a nobre missão de facultar ao homem
a percepção de uma outra luz que promana do mundo espiritual em fenômeno
conhecido de tempos imemoriais, o da mediunidade, capaz de impulsionar o homem
para as mais amplas e definitivas conquistas.
Artigo publicado na
Revista Cristã de Espiritismo, edição especial 08.
FONTE: http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=84:pineal-a-glandula-da-vida-mental&catid=34:artigos&Itemid=54
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