sábado, 6 de abril de 2013

TVP - Brian Weiss


Terapia de vida passada

Brian L. Weiss

É grande o número de pessoas que dizem ter encontrado na TVP (Terapia de Vidas Passadas) a solução que buscavam há muito tempo para medos, traumas ou dificuldade em lidar com determinadas pessoas ou situações, ou melhor, sensações de origem inexplicável na vida atual.

Mistérios que a Ciência oficial ainda busca compreender, mas que ainda está distante de aceitar que as experiências e lembranças podem ficar armazenadas para sempre nos “arquivos” do espírito. Um vasto acervo de memória guardado no cofre do tempo e que o nosso estágio evolutivo não permite, ainda, compreender tamanha complexidade.
Há estudos que mostram que no velho Egito, sacerdotes-médicos já utilizavam o desdobramento espiritual (projeção da consciência) dos enfermos pela indução magnética para que ampliassem a percepção e conseguissem atingir as causas profundas de seus males. Mas na atualidade, foi com os avanços da psicologia transpessoal, que leva em conta o aspecto espiritual do indivíduo, que a TVP – como é conhecida a Terapia de Vidas Passadas – ganhou maior força. O intercâmbio de conhecimento entre a cultura ocidental e oriental também permitiu o crescimento da terapêutica.
Das técnicas utilizadas pela psicanálise de Freud para a expansão da consciência até a regressão de memória e, posteriormente, a vidas passadas, ocorreram grandes evoluções a respeito, mas é preciso caminhar muito, ainda, para que finalmente corpo e alma entrem em plena conexão.

Embora exista maior divulgação sobre regressões obtidas por intermédio de indução terapêutica, com aplicação de técnicas que promovam estados alterados de consciência, há também aqueles que afirmam terem se recordado de fatos importantes relacionados a existências anteriores através de sonhos. Mas neste caso, vamos abordar apenas as regressões de memória promovidas por especialistas. A terapia utilizada de forma correta e séria possibilita que o paciente, durante as sessões terapêuticas, possa entrar em contato com as lembranças traumáticas que influenciam na atualidade determinados comportamentos, e conseqüentemente, consiga se libertar de padrões estabelecidos em diversas existências.

Os especialistas dizem que a TVP é indicada como um recurso importante na compreensão e superação desses desequilíbrios, mas, assim como qualquer outro tratamento, não funciona como mágica capaz de resolver os problemas de todos os pacientes. Além disso, o tratamento deve ser aplicado por profissionais capacitados e não por qualquer pessoa. É o que alerta a dra. Maria Júlia Peres, considerada a precursora da Terapia de Vidas Passadas no Brasil e fundadora do Instituto Nacional de Pesquisa e Terapia Regressiva Vivencial Peres. Ela associa a terapia cognitivo-comportamental ao uso do estado modificado de consciência, promovido pelo relaxamento físico e mental do paciente. A associação das técnicas permite um processo de auto-resolução dos conflitos interiores e uma reprogramação dos padrões mentais do paciente.

O psiquiatra e conceituado escritor norte-americano, Brian Weiss, especialista em Terapia de Vidas Passadas ressalta, também, sobre o cuidado no momento de escolher o terapeuta adequado, um que saiba diferenciar a imaginação do paciente de uma verdadeira regressão. “Recordo de um paciente que achava que tinha sido Napoleão. Ele via batalhas, uniformes e estratégias de guerra. Nós checamos e os fatos eram realmente reais, mas ele não foi Napoleão, mas um soldado de seu exército e estava, inclusive, a alguns metros dele. Como na vida atual ele era um pessoa que sentia necessidade de poder, acabou fazendo uma distorção da realidade”, relata.

Em recente visita ao Brasil para o lançamento de seu novo livro, Muitas Vidas Uma Só Alma, Brian Weiss concedeu uma entrevista exclusiva a Revista Cristã de Espiritismo.

Dr. Weiss é o autor de vários livros que bateram recordes de vendas, todos baseados em sua experiência como psiquiatra e terapeuta de vidas passadas. Formado pela Columbia University e pela Yale Medical School, Brian L. Weiss M.D. foi diretor do Departamento de Psiquiatria do Mount Sinai Medical Center em Miami.

O médico, que era cético em relação à existência da reencarnação, diz ter mudado sua visão de vida há 25 anos, após um caso de regressão com uma de suas pacientes, durante uma sessão de hipnose. O caso é relatado no livro Muitas Vidas Muitos Mestres, que se tornou recorde de vendas. A partir desse episódio, Brian Weiss passou a trabalhar com terapia de vidas passadas. Em todos esses anos de experiência, foram mais de quatro mil pacientes atendidos, além de um grande número de palestras por diversos países do mundo.

Em geral como é a visão dos americanos em relação à espiritualidade?

Brian Weiss - Está mudando, existem cada vez mais pessoas interessadas no assunto nos EUA. Esse novo conceito vai contra o movimento fundamentalista e ultra-religioso que predomina. Porque religiosidade e espiritualidade são coisas diferentes. A pessoa pode ser extremamente religiosa, mas não ser espiritualizada. Ao mesmo tempo em que cresce o número de pessoas que buscam a espiritualidade, aumenta também a influência, principalmente política, do fundamentalismo, um grupo perigoso, com uma visão fechada a respeito das coisas e que acredita ser dono da verdade. Porém, há nos EUA muitos grupos diferentes, ou seja, diversas correntes de pensamentos.

Os americanos falam sobre Espiritismo?

Sim, de certa forma, mas não como no Brasil, onde a crença é centrada na codificação de Kardec. Eles falam sobre espiritualidade, mas em âmbito mais amplo e geral, o que engloba também outras correntes espiritualistas.

A influência do Protestantismo também está crescendo nos EUA?

Sem dúvida, está crescendo. Para mim a espiritualidade está diretamente relacionada ao amor, independente da religião. A compaixão, a não-violência e a empatia podem estar presentes em qualquer tradição religiosa. Às vezes, penso que o protestantismo está tentando se tornar um só sistema, o que é perigoso demais, porque faz com que as pessoas deixem de ter a mente aberta e se tornem seguidores sem lógica.

Em sua opinião, a Ciência está próxima de provar a existência do espírito?

É difícil medir isso cientificamente, porque hoje em dia tudo é feito com testes de DNA, mas clinicamente é possível verificar um aperfeiçoamento. É fato que existem pessoas se curando de diversos problemas através das memórias de vidas passadas. Quando a pessoa consegue se recordar de uma vida passada, é seu espírito que lembra e não seu corpo, por isso seria difícil comprovar cientificamente, testando-se o cérebro e o DNA. Até agora tem se provado a existência do espírito clinicamente, mas nunca foi utilizado um exame de sangue para isso. Então, ninguém pode provar que funciona através da química cerebral, embora possa ser observada a melhora desses pacientes. É isso que a terapia de vidas passadas e a análise psíquica tem em comum. São técnicas similares que promovem a melhora ou até mesmo, o desaparecimento de sintomas físicos, medos e problemas mentais.

O senhor acredita que algum dia as escolas ensinarão aos alunos temas ligados à natureza espiritual como a reencarnação?

Hoje em dia esse é um assunto importante nos EUA. O país tem a tradição de não ensinar religião nas escolas, eles chamam isso de separação entre a Igreja e o Estado. Na minha opinião é provavelmente o melhor caminho, porque a religião está entrando nas escolas de uma forma errada. Talvez, inserir religião na escola seja uma tarefa mais complicada do que tira-la, porque muitas vezes, dirigentes ignorantes querem impor sua religião. Portanto, seria melhor deixar a religião de lado e deixar essa tarefa para os pais.

Com relação à regressão, ela pode ocorrer sem a interferência de um terapeuta?

Claro que sim, isso acontece o tempo todo. Podemos nos recordar de vidas passadas de forma detalhada por meio dos sonhos. Pode ocorrer, também, quando a pessoa viaja para algum lugar no qual nunca esteve antes e sabe onde tudo se localiza, como se já estivesse estado lá outras vezes. Então existem os sonhos, as memórias espontâneas e o “déjá vu”, expressão de origem francesa que significa “já visto”.

É aconselhável que apenas alguém formado em medicina trabalhe com terapia de vidas passadas ou um médium também atuar nesta área?

São duas coisas diferentes. O médium pode até falar sobre vidas passadas, mas é completamente diferente quando a própria pessoa experimenta e sente novamente as emoções vivenciadas no passado. Nos EUA não temos muitos médiuns, então, não são exatamente eles que fazem isso, mas podem existir pessoas que não possuem treinamento em TVP e isso atrapalha na interpretação de informações. Porque muitos fatos podem ter sentido metafórico ou serem apenas fruto da imaginação. Se o paciente apresentar algum problema psicológico mais significativo, vai precisar de um terapeuta para ajudá-lo a lidar com as emoções revividas.

Existe perigo da pessoa não voltar da hipnose adequadamente?

Eu acredito que não, porque mesmo na hipnose, o subconsciente é muito protetor e não permite que aconteça algo que a pessoa não possa lidar.

Qual foi sua intenção ao escrever o livro A Cura Através da Terapia de Vidas Passadas?

Foi para mostrar as pessoas e ao meio científico que é possível a cura dessa forma. O livro Muitas Vidas Muitos Mestres teve muita repercussão, especialmente entre a comunidade acadêmica, mas entre os psicólogos e psiquiatras houve muita crítica. Então, quis escrever um livro para mostrar que esse assunto é mais importante e sério do que parece. A obra A Cura Através da Terapia de Vidas Passadas relata vários casos de pessoas que obtiveram melhora por meio da regressão. Mostra, também, para que serve e como fazer. Minha intenção foi permitir que médicos e cientistas entendessem o que é exatamente essa terapia e que realmente existe uma sólida base clínica para isso.

Poderia citar algum caso de experiência com regressão a vidas passadas?

Existe um caso famoso sobre uma mulher nos EUA. Ela teve uma memória de uma vida passada na antiga Jerusalém e nessa vida recente, sofreu por dezessete anos com um problema severo de dor nas costas, em conseqüência de um câncer que teve. A cirurgia e os tratamentos radioativos causaram danos em suas costas. Através da lembrança de uma vida passada em Jerusalém e das referências a Jesus nessa época por meio da regressão, ela descreveu sua vida com muitos detalhes. Sua forte dor nas costas desapareceu quando se lembrou desses fatos importantes.

E seu livro mais recente, o Muitas Vidas, Uma só Alma, que além de vidas passadas também aborda vidas futuras?

O livro aborda sobre vidas passadas e o processo de cura, mas também sobre vidas futuras. Muitos dos meus pacientes passaram a penetrar no futuro espontaneamente. Eu dizia a eles: “Vá até onde está o problema” e muitas vezes eles se reportavam ao futuro, não apenas ao passado. Eu estava fazendo pesquisa a respeito de sonhos do futuro (pré-cognitivos) e descobri que muitos de meus pacientes que passaram por uma Experiência de Quase-morte desenvolveram a capacidade de sonhar com o futuro. A partir desse fato, cheguei a conclusão de que, se alguns deles, com essas Experiências Quase-morte podiam fazer isso, outros pacientes, através da hipnose, poderiam também e descobri que realmente podem. Muitos dos meus pacientes puderam se reportar não apenas a fatos futuros dessa vida, mas das próximas existências.

Mas o futuro é algo dinâmico...

O tempo só existe aqui nesse mundo. Os estudos da física quântica, por exemplo, mostram que existem dimensões paralelas. Tudo é energia.

Eu acredito que quanto mais as pessoas mudam nessa vida, mais suas vidas mudarão, porque o futuro não é fixo. É como admite a física moderna, existem muitos mundos paralelos. Então, passei a trabalhar mais com vidas futuras, porém nunca esquecendo das vidas passadas, porque ambas estão conectadas.

Poderia citar algum caso?

Eu fiz muitas pesquisas nessa área, levando indivíduos até o futuro. Posso citar o caso de um pai que estava muito preocupado com sua filha porque ela tinha leucemia. Ele “foi” ao futuro e conseguiu ver seus netos, que seriam filhos dela. Então ele sabia que sua filha iria sobreviver. Ao conseguir vislumbrar o futuro, o pai passou a sentir menos medo, se tornou mais amoroso com a filha e ela respondeu a esse estímulo e realmente obteve a cura.

Outro trabalho que fiz, ainda nesta área, foi levar grupos de pessoas em conferências a um futuro distante. Depois essas pessoas responderam a um questionário relatando suas experiências. Eu fiz isso com milhares de pessoas e chegamos a um consenso desses relatos, principalmente os que dizem respeito a mil anos à frente. Os relatos descreviam um mundo muito bonito, sem doenças, violência e com uma população menos numerosa que atualmente.

É importante ressaltar que no caso de experiências futuras trabalhamos com possibilidades e probabilidades. As pessoas enxergam o futuro mais provável, porque não podemos nos esquecer que temos livre-arbítrio, ou seja, poder de escolha que determinará nosso futuro.

Gostaria de deixa uma mensagem aos leitores da Revista Cristã de Espiritismo?

Eu estive em muitos países e acredito que o Brasil seja um dos lugares mais espiritualizados do mundo, mais até do que a Índia, que já foi bastante, mas as coisas mudaram.

Espero que os brasileiros continuem nesse caminho, porque o Brasil pode ser uma luz para o mundo nesses tempos de escuridão. É importante jamais nos esquecermos de que a alma é o que realmente importa, que nossa real natureza é espiritual e não física. Somos seres espirituais e nós vivemos nessa escola por um tempo, mas não há morte, a alma continua sempre viva.

Ramatís e Kardec

Ramatís e Kardec

Muitas foram as encarnações de Ramatís, ele próprio afirma. No continente da pequena Atlântida, desaparecida por volta de 8.000/10.000 a . C. aproximadamente, foi contemporâneo do espírito que mais tarde se tornaria conhecido como Allan Kardec e, na época, era profundamente dedicado à matemática e as chamadas ciências positivas. Posteriormente, em sua passagem pelo Egito, no templo do Faraó Tutmés IV, teve novo encontro com Kardec, que reencarnou como o sacerdote Amenófis, que substituiu o culto a Ámon pela religião de Áton, monoteísta e universalista. No século XIX, Kardec reencarnaria na França com a árdua tarefa de estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional, abrindo novas perspectivas para o homem pela interpretação aos diversos aspectos da vida, sob o prisma das Leis Divinas, da existência e sobrevivência do espírito e sua evolução natural e permanente, através de sucessivas encarnações.

Ramatís vem causando controvérsias entre espíritas por não ser uma entidade exclusivamente devotada aos princípios da doutrina de Kardec, mas sim, uma alma liberta de sectarismos cujos ensinamentos são de cunho universalista. O instrutor espiritual Ramatís, embora não se situe na área codificada por Kardec, afirma que esta doutrina é o mais eficiente caminho de ascensão espiritual para a mente Ocidental. Porém, nem todos os instrutores deverão pregar sob um mesmo e exclusivo aspecto, espírita, ou isoladamente em outra nobre instituição, porquanto esse exclusivismo de modo algum ampliaria as idéias, cerceando o progresso.

Ramatís esclarece: é de senso comum que o mediunismo difere muito do espiritismo; o primeiro é uma faculdade independente das doutrinas e ou das religiões; o segundo, doutrina codificada por Kardec, se constitui num conjunto de leis morais que disciplina as relações desse mediunismo entre o plano visível e o plano invisível. Constituindo uma lei da natureza, os fenômenos estudados pelo espiritismo hão de ter existido desde a origem dos tempos e em todas as épocas da humanidade, são mencionados e reconhecidos, qualquer que seja cultura. Os fenômenos mediúnicos ocorriam muito antes do advento da Doutrina Espírita e podem suceder independentemente de sua existência.

Para aqueles que afirmam que as mensagens de Ramatís podem provocar dissociação no seio do espiritismo, o instrutor espiritual responde que o espírito humano é dotado de razão e de sentimento; quando a razão não está suficientemente desenvolvida para protegê-lo, pelo menos que seja amparado pela "Fé que remove montanhas". Esse temor desaparece perante aqueles que estão plenamente convictos e integrados nos consagrados postulados espíritas. Só uma fé viva, continua forte, sustenta qualquer ideal, caso contrário, a debilidade da convicção de alguns adeptos tornará o espiritismo desamparado não só diante das mensagens de Ramatís quanto diante de todas as demais Comunicações.

Embora polêmicos, os ensinamentos deste grande espírito despertam e elevam muitas criaturas dispostas a evoluir. Ramatís fala corajosamente sobre seres e orbes extraterrestres, mediunismo, vegetarianismo, sensibilizando aqueles que possuem características universalistas. Muitas vezes, suas mensagens são classificadas como fantasiosas, porém, sob a aparente fantasia, efetua um convite para o reino amoroso de Jesus. Com bases nas diretrizes morais deixadas pelo Mestre, são ofertas de boa vontade, para cada um que as assimile colocar em prática de acordo com a sua evolução espiritual.

Para Ramatís, o Cristo é um estado pleno de amor e de associação divina; a verdade crística não pode ser segregada por ninguém; é um estado permanente de procura e de ansiedade espiritual, bem distante dos rótulos doutrinários. Deve-se evitar a exclusividade, que contraria o dinamismo da vida espiritual, mas acima de tudo, cumprir a universalidade do Cristo, pois nunca se pode pregar a união "Amai-vos uns aos outros" sob a exclusividade religiosa. A doutrina "mais eficiente" é opinião humana com a qual pode discordar a opinião crística. A doutrina mais eficiente é, ainda, o amor pregado por Jesus, doutrina que não possui postulados.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

A cura através da imposição de mãos



A cura através da imposição de mãos


A troca de energia através das mãos tem sua eficácia divulgada em várias correntes filosóficas e, nos últimos 40 anos, a ciência traz pesquisas da aplicação e benefícios da mesma na área da saúde

O Toque Terapêutico é uma técnica contemporânea de terapia complementar desenvolvida por Dolores Krieger e Dora Kunz, na década de 70. A expressão “toque terapêutico” corresponde à conhecida técnica de “imposição de mãos”, amplamente estudada pela Doutrina Espírita como fator promotor de benefícios na área da saúde. Por ser um meio não invasivo, pode ser utilizado como complemento da terapia ou tratamento utilizado nos doentes.
O toque terapêutico tem registros antigos: aparece no Papiro de Ebers, um dos tratados médicos mais antigos e importantes que é conhecido. Este tratado foi escrito no Antigo Egito e é datado de 1552 a.C. A confirmação deste achado aparece também no livro “O Espiritismo perante à Ciência”, de Gabriel Delanne no trecho “Os egípcios ... empregavam, no alívio dos sofri¬mentos, os passes e a aposição de mãos, como os executa¬mos ainda em nossos dias”. Esta prática aparece por toda a história da humanidade, como na Bíblia, na época dos romanos, na ascensão da medicina árabe com Aviccena, em épocas medievais, etc.
O médico Paracelso (1493-1541) coloca mais explicitamente a existência de uma força vital magnética e que essa substância sutil possuía notáveis qualidades curativas, pode-se encontrar o principio de bases para o magnetismo que viria a ser descoberto alguns séculos depois. Robert Fludd, médico e místico, atuante no século seguinte a morte de Paracelso, acreditava que os seres humanos possuíam as propriedades magnéticas semelhantes às dos imãs. Esta utilização terapêutica na cura de pessoas começa a ser didaticamente estudada após as descobertas de Franz Mesmer, com o detalhamento do magnetismo animal, em 1779.
No final da década de 60, Dora Kunz estudava a imposição de mãos praticada por Oskar Estebany, um coronel húngaro com a reputação de ter poderes de cura de bócio com seu toque terapêutico. Kunz convidou Krieger a conhecer o trabalho realizado por Estebany. Krieger observava cuidadosamente as sessões onde ele se aproximava do paciente e suavemente movia as mãos para o ponto em que sentia a necessidade de cura. Ao perceber que a prática aliviava e promovia a cura de grande variedade de doenças, Krieger passou a se dedicar a estudar a aplicabilidade deste fenômeno, introduzindo-o no cuidado com o paciente.
Em meados da década de 70, Dolores Krieger, enfermeira e professora na escola de Enfermagem da universidade de Nova Iorque, e a terapeuta Dora Kunz introduziram a prática que denominaram “toque terapêutico”, com a finalidade de promover a melhora da saúde física e emocional.

Os princípios científicos que sustentam esta terapia baseiam-se na concepção de que o ser humano possui um campo de energia que pode estender-se além da pele, é abundante, e flui em determinados padrões que se pretendem equilibrados.

A metodologia deste trabalho é bem semelhante ao passe ministrado em centros espíritas: a pessoa que aplica o toque terapêutico entra em estado meditativo objetivando a cura do paciente. Com compaixão e motivação, o curador foca o desejo de ajudar e até mesmo curar o individuo. Esta vontade é parte importante do processo. Com este pensamento, o campo de energia individual é acessado e a troca de energia faz-se real. As mãos podem agir como um instrumento onde a sensibilidade e a intuição ficam mais vulneráveis a sensações que indicam onde a energia do paciente possa apresentar algum bloqueio. Após a determinação onde das áreas que possam estar em desequilíbrio, o curador começa a mover ou distribuir a energia pelo corpo, aliviando partes doloridas ou congestionadas e melhorando aquelas que estão sem tanta energia.

COMPROVAÇÕES CIENTÍFICAS DO TOQUE TERAPÊUTICO - Desde a década de 60, pesquisas acadêmicas mostram a eficácia da utilização do toque terapêutico, ou imposição de mãos. Inicialmente realizada com animais, as pesquisas logo foram direcionadas a pessoas com diferentes tipos de patologias. Em 1975, Dolores Krieger demonstrou os efeitos do toque terapêutico através da medição de índices fisiológicos em seres humanos após estudos laboratoriais. Comprovou que após a imposição de mãos ocorrem significativas alterações fisiológicas em doentes hospitalizados em diferenciados casos clínicos. Este estudo foi publicado na Revista Americana de Enfermagem, em 1979, sob o título de “Therapeutic touch: searching for evidence of physiological change” (Toque Terapêutico: busca por evidências de mudanças fisiológicas).

A maioria dos estudos foi realizada em ambiente hospitalar com grupos de controle. Procedeu a uma investigação com a colaboração de profissionais de saúde em que participaram vários doentes divididos em dois grupos, foram seguidos ao longo de três anos. Um grupo recebeu o tratamento convencional, o outro recebeu além do tratamento instituído a imposição de mãos. Conforme a própria Dolores Krieger escreveu após detalhado estudo dos benefícios desta prática em pacientes oncológicos, os níveis da hemoglobina nos doentes com neoplasia submetidos ao toque terapêutico aumentaram significativamente, apesar de estarem a ser submetidos à quimioterapia.

De acordo com o Instituto Nacional de Saúde de Washington (EUA), com base em cerca de trinta teses de doutoramento foi atribuído ao Toque Terapêutico, em 1994, a comprovação da sua eficácia como terapia alternativa. A maioria dos estudos da evidência científica relaciona-se com a diminuição da intensidade da dor e do estresse e aumenta a resposta em tratamentos, incluindo a cicatrização de cortes e feridas. A diminuição da ansiedade e indução de relaxamento também aparecem com significância em diversos estudos.
Em fevereiro de 2005, o “Australian Nursing Journal” traz um artigo acerca da aplicação do toque terapêutico em idosos com diversas patologias. Foram selecionados 121 doentes de acordo com os critérios de inclusão definidos pelas autoras (Sue Gregory e Julie Verdouw), tendo sido reagrupados conforme as diversas patologias. Relativamente ao total de doentes que referiam dor (53), após a aplicação da imposição de mãos, os mesmos referiram que a intensidade da dor diminuiu em aproximadamente 40%.

O trabalho desenvolvido pela enfermeira Dolores Krieger tem crescido e angariou muitos adeptos em vários países. O toque terapêutico assumiu a condição de curso, e passou a ser ministrado para os alunos do Mestrado e Doutoramento em Enfermagem, na Universidade de Nova Iorque e também pela ordem dos enfermeiros da província de Quebec, no Canadá e por muitos hospitais americanos, sendo incluído no currículo escolar como disciplina na oncologia, saúde materna e nos pacientes com transplante dos órgãos.

Desde a introdução do toque terapêutico, Krieger já divulgou e realizou treinamentos para enfermeiras em várias universidades. Estima-se que mais de 70 mil enfermeiros, fisioterapeutas, auxiliares e terapeutas ocupacionais tenham participado de treinamentos conduzidos por Krieger e sua colega Kunz..

Em 1981, Dolores Krieger publicou “Foundations for Holistic Health Nursing Practices” e o manual, As Mãos: Como usá-las para ajudar ou curar, em 1992. Seu livro mais recente é Toque Terapêutico: Novos Caminhos da Cura Transpessoal, de 2002.

Neste ano, a enfermeira Dolores Krieger participa do 2º Congresso Espírita dos Estados Unidos trazendo um pouco mais sobre as descobertas e pesquisas acerca do toque terapêutico e dos benefícios que esta técnica não-invasiva traz à melhora e até mesmo cura de diversos quadros patológicos.

FONTE: http://www.amebrasil.org.br/2011/node/249

Estresse e Espiritualidade


Estresse e Espiritualidade


Por Dra. Marlene Rossi Severino Nobre

Para o grande público, estresse é uma situação psicologicamente agressiva que repercute no corpo. Este, porém, é apenas um dos aspectos do estresse, a sua versão psicossomática, há outros, porém, a serem considerados. Na verdade, o ser humano vive em estado de estresse permanente, bombardeado por fatores estressantes diversos - físicos, psico-emocionais, e espirituais - que lhe exigem constante adaptação ao mundo que o cerca.

Os fatores estressantes emocionais tanto podem ser tristes, como a morte de um ente querido, o desemprego, quanto felizes, como o sucesso do atleta ou as alegrias do reencontro - todos desencadeiam, do mesmo modo, os mecanismos e as conseqüências do estresse. O mesmo acontece em relação aos abalos nervosos, como no estado de cólera, medo, etc., assim como frente aos fenômenos físicos nocivos -frio, calor, fadiga, agentes tóxicos ou infecciosos, jejum, exercícios físicos exagerados, etc.

Na verdade, o estresse é a resposta não específica que o corpo dá a toda demanda que lhe é feita. Ele corresponde à interação entre uma força e a resistência do organismo a esta força. É o complexo agressão-reação.

Se a agressão é ocasionada por uma grande diversidade de fatores, a reação comporta uma parte idêntica, comum a todos os indivíduos, e uma parte própria de cada um, denominada "coping" ou aspecto específico da reação não específica.

A medicina hoje considera a doença como sendo a resultante da agressão mais a reação não específica, mais reação específica. Isto pode ser resumido em estresse mais coping. Desse modo, considera-se a originalidade própria das reações específicas ao agente estressor, superpostas às reações não específicas do estresse, criando a diversidade dos aspectos clínicos.

Em 1936, Hans Selye, descobridor do estresse, publicou os seus primeiros trabalhos sobre o assunto. Em 1950, descreveu a Síndrome Geral de Adaptação - Reação de Alarme, estágio de Resistência e de Exaustão - com seus aspectos bioquímicos e endócrinos, mostrando qual a reação não específica do organismo às agressões do mundo exterior. Para ele, a intensidade da demanda, a duração e a repetição determinam a resposta. E condiciona o bom ou o mau estresse à eficiência ou não da fase de adaptação. Para Selye, todo indivíduo tem um capital de energia biológica diferente e pode consumir suas reservas conforme tenha maus estresses.

Na reação de alarme, a primeira resposta do organismo ao estresse, entra em ação o sistema hipotálamo-simpático-adrenérgico que prepara o organismo para a luta ou fuga. Entram em jogo a adrenalina e a noradrenalina, com isso, há muita produção de glicogênio, taquicardia, respiração acelerada, concentração do sangue nos vasos principais e nos músculos estriados, inibição dos sistemas digestivo, sexual e imunológico.

Depois disso, outro sistema vai entrar em jogo, o hipotálamo - hipófiso-suprarrenal com produção de ACTH e corticóides.

Esses sistemas entram em funcionamento na fase de reação e o organismo pode sofrer esgotamento ou entrar na fase de exaustão, tendo como resultado final doença e morte. São inúmeras as doenças de adaptação, entre elas, hipertensão, úlcera, hemorróidas, ataques cardíacos, acidente vascular cerebral, diabetes, enxaqueca, etc.

Hoje, como avanço dos estudos, considera-se o sistema limbo-hipotálamo-hipófiso-suprarrenaliano (LHHS). Através do hipotálamo na zona parvocelular mediana do núcleo paraventricular (NPV), são liberados o CRF, o Fator de liberação corticotrófico (Corticotrophin Releasing Factor) e a Argenina Vasopressina (AVP) - que determinam a liberação de ACTH pela hipófise e esta o cortisol pela suprarrenal.

Com vemos, o estresse está ligado ao centro das emoções no hipotálamo, assim é importante o estudo de fatores como o medo, a raiva, etc, nos seus mecanismos e reações. Assim, quando o indivíduo sente raiva, por exemplo, é como se ele estivesse diante de um predador, de um perigo iminente e isto desencadeia a reação.

Como vimos, cada indivíduo tem uma reação específica frente ao estresse. Ele coloca suas estratégias de ajuste cognitivas e comportamentais, o "coping", para fazer face aos agentes estressores.

As pesquisas têm demonstrado que doenças como depressão estão absolutamente ligadas ao estresse. Investigação ampla, realizada em 52 países, da qual participou o dr. Alvaro Avezum, do Brasil, acerca dos fatores de risco da doença cardíaca, demonstrou que os psico-sociais entram em mais de 30% dos casos.

O estresse é o campo da medicina que reunifica corpo e alma. O seu estudo está, portanto, intimamente ligado à espiritualidade.

Segundo as lições espirituais dadas em 1947, no livro No Mundo Maior, o nosso cérebro tem três áreas distintas: a inicial, onde habita o automatismo e que está no plano subconsciente, a do córtex motor que engloba as conquistas do hoje e está na área do consciente e a dos lobos frontais que representam o ideal e a meta superiores e estão vinculados ao superconsciente. Esta classificação encontra respaldo no livro de Paul Maclean, de 1968, The Triune Brain in Evolution, que nos fala acerca dessas três regiões, afirmando que vemos o mundo através de três cérebros distintos.

Aprendemos também com os Instrutores Espirituais que somos seres em evolução. Quanto mais perto nos encontramos da animalidade mais agimos com instintos e sensações. Com o passar do tempo, e a evolução espiritual conseqüente, passamos a ter sentimentos, sendo o amor, o mais sublimado deles.

Se estamos escravizados aos instintos, a maneira pela qual fazemos face aos fatores estressantes é muito primitiva e resulta quase sempre em um mau estresse.

Aprendemos também que é preciso humildade para vencer a animalidade inferior. Infelizmente, porém, em nossas relações em sociedade e no lar estamos muito longe desse sentimento sublime que está intimamente ligado ao amor.

Assim, a fé é importante porque abre as portas do coração para sentir e viver o amor divino em nossas vidas. Através da oração, da meditação, da compreensão do valor da dor, temos a possibilidade de conhecermo-nos a nós mesmos e a reagirmos de forma mais equilibrada às tensões da existência humana. Compreendemos, igualmente, que é preciso treino para o perdão e para eliminação da raiva, da inveja, da mágoa e de outros sentimentos negativos.

A nossa busca da paz para viver no lar, no ambiente de trabalho, dentro da sociedade tem de ser centralizada em Jesus, o Médico da Almas, que afirmou ter a paz verdadeira para nos oferecer. Chico Xavier disse com muita sabedoria: "A paz em nós não resulta de circunstâncias externas e sim da nossa tranqüilidade de consciência no dever cumprido." Para vencer positivamente o estresse é preciso guardar a paz, tê-la como patrimônio. E esta pacificação interior que é responsável pelo sucesso do "Coping", só será uma conquista definitiva quando houver harmonia entre os três cérebros. Para isso, no entanto, é imprescindível não esquecer que é preciso fé em Deus e obediência às Suas Leis.


(*) Dra. Marlene Nobre é presidente da Associação Médico Espírita do Brasil e Internacional.

FONTE: http://www.amebrasil.org.br/2011/node/62?q=node/232

 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

A religião e os transtornos mentais


A religião e os transtornos mentais

Editorial-O Consolador

 

No item VII da Conclusão d´O Livro dos Espíritos, obra que lançou os fundamentos da doutrina espírita, Kardec alude aos efeitos que se verificam na vida das pessoas que compreendem o Espiritismo filosófico e nele veem outra coisa que não apenas fenômenos mais ou menos curiosos.

A resignação com relação às vicissitudes da vida seria, segundo Kardec, um desses efeitos. Entenda-se, porém, que na visão espírita resignação não quer dizer passividade, mas aceitação das coisas que não podemos mudar, embora lutemos para que a mudança ocorra. ”O Espiritismo – observou Kardec – dá a ver as coisas de tão alto, que, perdendo a vida terrena três quartas partes da sua importância, o homem não se aflige tanto com as tribulações que a acompanham. Daí, mais coragem nas aflições, mais moderação nos desejos. Daí, também, o banimento da ideia de abreviar os dias da existência, por isso que a ciência espírita ensina que, pelo suicídio, sempre se perde o que se queria ganhar.”

A certeza quanto ao futuro, que podemos realmente tornar feliz, e a possibilidade de estabelecermos relações com os entes queridos oferecem ao espírita suprema consolação. “O horizonte se lhe dilata ao infinito, graças ao espetáculo, a que assiste incessantemente, da vida de além-túmulo, cujas misteriosas profundezas lhe é facultado sondar”, acrescentou o Codificador do Espiritismo.

Outro efeito, sempre conforme as palavras de Kardec, é o de estimular no homem a indulgência para com os defeitos alheios, embora o princípio egoísta e tudo que dele decorre sejam o que há de mais tenaz no homem e, por conseguinte, o mais difícil de desarraigar. “Toda gente – escreveu o Codificador – faz voluntariamente sacrifícios, contanto que nada custem e de nada privem. Para a maioria dos homens, o dinheiro tem ainda irresistível atrativo e bem poucos compreendem a palavra supérfluo, quando de suas pessoas se trata. Por isso mesmo, a abnegação da personalidade constitui sinal de grandíssimo progresso.”

Focalizemos agora o efeito que Kardec enumerou como sendo o primeiro e o mais geral, o qual consiste em desenvolver o sentimento religioso nas pessoas que tomam contato com a doutrina espírita, mesmo naquelas que, sem serem materialistas, olham com absoluta indiferença para as questões espirituais.

Se na época de Kardec, com o desprestígio que já afetava as religiões dominantes, seria discutível ver importância em alguém desenvolver o sentimento religioso, um efeito que o Codificador expressamente destacou na obra citada, acreditamos que nos dias atuais, conquanto o desprestígio das religiões tenha até se acentuado, tal dúvida perdeu grandemente sua força.

Dizemos isso porque estudos diversos, publicados nos últimos anos, comprovaram a importância da fé, até mesmo nas questões de saúde, porque é ela que mantém acesa a chama da esperança, tão importante na superação dos conflitos e das provações da vida.

Em favor deste pensamento, foi divulgado semanas atrás o resultado de um estudo feito pelo University College London e publicado no “British Journal of Psychiatry”, no qual foram entrevistadas 7.400 indivíduos, dos quais 35% seguiam uma religião e 46% se declararam ateus e agnósticos.

Uma das conclusões do trabalho é que a falta da prática de uma religião eleva o risco de transtornos mentais e acentua a tendência de se buscar o uso de drogas.

Os autores da pesquisa, que foi coordenada pelo professor Michael King, reconhecem que são necessários outros estudos para explicar realmente a relação existente entre os não-religiosos e os transtornos mentais, mas entendem que o trabalho publicado sugere uma explicação, mesmo que parcial, para o fenômeno, a saber: a falta da estrutura de uma religião formal na busca espiritual pode deixar os crentes mais vulneráveis aos problemas mentais.

FONTE: http://blog.forumespirita.net/2013/02/14/a-religiao-e-os-transtornos-mentais/

A SÍNDROME DE DOWN NA VISÃO ESPÍRITA


A SÍNDROME DE DOWN NA VISÃO ESPÍRITA

Ciro Francisco Amantéa

Paulo de Tarso, o extraordinário “Apóstolo dos Gentios”, em excelsa inspiração escreveu aos Gálatas (6:8) afirmando que se o homem semeia na carne, na carne expiará (ceifará a corrupção). Para quem tem “olhos de ver e ouvidos de ouvir”, não interpretando a Escritura segundo a letra que mata mas segundo o espírito que vivifica, o apóstolo aponta para a necessidade do espírito humano, que haja cometido algum delito contra alguém ou praticado equívocos de conduta numa existência, em corrigir tal situação em existência posterior. Precisando dessa correção para alívio da própria consciência traumatizada pelo erro, vivencia a experiência da doença ou das deficiências físicas ou mentais. As leis divinas pois, não nos castigam mas nos auxiliam a retomar o caminho evolutivo normal. É o que ocorre com os espíritos que precisam da deficiência denominada Síndrome de Down, pela qual resgatam algum problema do passado.

O próprio Jesus, referindo-se a nossa inclusão nos mundos expiatórios afirmou que “…dali não sairíamos enquanto não pagássemos até o último ceitil”, referendando igualmente a necessidade evolutiva do Espírito humano. Nossas aflições no entanto podem advir não só de vidas anteriores como também desta mesma vida, como resultado de nossa imprevidência na atual existência.

A Síndrome de Down, é uma dessas situações ligadas a problemas de vidas anteriores.
Normalmente, cada uma das nossas células possui 46 cromossomos, que são iguais, dois a dois. A causa da Síndrome de Down no corpo físico, resulta daquilo que os cientistas chamam de “acidente genético”, devido á presença de um cromossomo 21 a mais nas células. É chamada de trissomia do cromossomo 21, erro que, segundo a Medicina, não está no controle de ninguém. Esse “acidente genético” que acarreta a Síndrome de Down ocorre em uma para cada 500 crianças nascidas, caracterizando-se por deficiência mental e anomalias no desenvolvimento ósseo e de vários órgãos internos, em 95% dos casos. Os demais casos também são explicados pela Ciência Médica, mas sempre do ponto de vista materialista ou físico.
Evidentemente o Espiritismo concorda com as informações das pesquisas médicas, obtidas no árduo e sério trabalho investigativo do homem na busca da etiologia das doenças.
O que a Ciência Espírita no entanto acrescenta é que o acaso não existe pois não há erro ou injustiça segundo a Doutrina Espírita. Aquele “acidente genético” ocorre na realidade pela presença do espírito, que tem alguma “conta” a acertar com a Justiça

Divina e que se liga á célula ovo ou zigoto no momento em que esta se constitui na fecundação humana. Esse espírito tem um campo energético próprio, agindo não somente na atração dos gametas sexuais, como também na intimidade do zigoto, em plena elaboração do ser embrionário. Essa tese é espírita e é absolutamente racional como hipótese científica. A ciência materialista dita oficial, evidentemente, ainda não aceita tal tese, já que não investigou o espírito. Aos poucos no entanto vai chegar lá como já chegaram inúmeros pesquisadores e estudiosos das causas atuais e anteriores das doenças e deficiências que acodem á espécie humana. O novo paradigma da Medicina, em futuro bem próximo, tenho certeza, é aquele que admitirá, em bases científicas, a existência do espírito, como principal componente do homem integral, ou seja, do ser cósmico criado por Deus.

Agora mesmo, cientistas da Universidade do Texas, E.U., bem como do Instituto Weizmann de Israel, proclamam que óvulos se comunicam com espermatozóides, enviando-lhes sinais para guiá-los até às trompas de Falópio, tornando possível a fecundação, acreditando os pesquisadores que o sinal emitido pelo óvulo é um componente do líquido que o circunda. Sem serem espíritas, confirmam a tese espírita de que todo efeito inteligente tem sempre uma causa também inteligente, podendo-se deduzir que pode estar ali o espírito reencarnante, ligado vibratóriamente á sua futura mãe, exercendo ação sobre o óvulo, atraindo depois o espermatozóide que lhe é afim por estar com ele sintonizado energeticamente, dentro da faixa evolutiva em que se encontra. Isso não é história não. São dados de pesquisas recentes do Dr Américo

Domingues Nunes Filho, presidente da Associação Médico-Espírita do Rio de Janeiro.
De qualquer forma, precisamos respeitar e amar o deficiente, seja qual for a lesão de que seja portador.

A compreensão da Lei Divina da Reencarnação nos inspira nesse sentido.

Fonte: http://blog.forumespirita.net/2011/12/18/a-sindrome-de-down-na-visao-espirita/

Umbral


O umbral

Localiza-se em um universo paralelo que ocupa um espaço invisível aos nossos sentidos que vai do solo terrestre até a algumas dezenas de metros de altura na nossa atmosfera.

É descrito por quem já esteve lá como sendo um ambiente depressivo, angustiante, de vegetação feia, ambientes sujos, fedorentos, de clima e ar pesado e sufocante. Para alguns espíritos é uma região terrível e horripilante. Para outros é o local onde optaram viver. A vegetação vária de acordo com a região do Umbral. Muitas vezes constituída por pouca variedade de plantas. As árvores são normalmente de baixa estatura, com troncos grossos e retorcidos, de pouca folhagem. Existem também áreas desertas, locais rochosos, e lugares de vegetação rasteira composta de ervas e capim. É possível encontrar alguns tipos de animais e aves desprovidos de beleza. No Umbral se encontram montanhas, vales, rios, grutas, cavernas, penhascos, planícies, regiões de pântano e todas as formas que podem ser encontradas na Terra.

Como os espíritos sempre se agrupam por afinidade (igual a todos nós aqui na Terra), ou seja, se unem de acordo com seu nível vibracional, existem inúmeras cidades habitadas por espíritos semelhantes. Algumas cidades se apresentam mais organizadas e limpas do que outras. Todas possuem espíritos lideres que são chamados de diversos nomes: chefes, governadores, mestres, presidentes, imperadores, reis, etc. São espíritos inteligentes mas que usam sua inteligência para a prática consciente do mal. São estudiosos de magia, conhecem muito bem a natureza e adoram o poder, quase sempre odeiam o bem e os bons que podem por em risco sua posição de liderança.

Há grupos de pessoas nas cidades que trabalham para os chefes. Acreditam ter liberdade e muitas vezes gostam de servirem seu chefe na ansiedade pelo poder e status. Consideram-se livres, mas na verdade não o são, ao menor erro ou na tentativa de fugir são duramente punidos.

Existem os espíritos escravos que vivem nas cidades realizando trabalho e mantendo sua estrutura sem receberem nada em troca além da possibilidade de lá morarem. São duramente castigados quando desobedecem e vivem cercados pelo medo imposto pelo chefe da cidade.

As cidades possuem construções semelhantes as que encontramos nas cidades da Terra. As maiores construções são de propriedade do chefe e de seus protegidos. Sempre existem locais grandiosos para festas, e local para realização de julgamentos dos que lá habitam. Em cada cidade existem leis diferentes especificadas pelos seus lideres. Lá também encontramos bibliotecas recheadas de livros dedicados a tudo que de mal e negativo possa existir. Muitos livros e revistas publicados na Terra são encontrado lá, principalmente os de conteúdo pornográfico.

Pode-se se perguntar. Porque é permitido que existam estes chefes e desta estrutura negativa de tanto sofrimento? Deus nos permite tudo, ele nos deu o livre arbítrio. O homem tem total liberdade para fazer tudo de ruim ou tudo de bom. Quando faz ou constrói algo de ruim acaba se prejudicando com isso e aos poucos, com o passar de anos ou de séculos vai aprendendo que o único caminho para a libertação do sofrimento e da felicidade plena é a prática do bem. A vida na Terra e no Umbral funcionam como grandes escolas onde aprendemos no amor ou na dor.

Ninguém vai para o UMBRAL por castigo. A pessoa vai para o lugar que melhor se adapta a sua vibração espiritual. Quando deseja melhorar existe quem ajude. Quando não deseja melhorar fica no lugar em que escolheu. Todos que sofrem no Umbral um dia são resgatados por espíritos do bem e levados para tratamento para que melhorem e possam viver em planos de vibrações superiores. Existem muitos que ficam no Umbral por livre e espontânea vontade se aproveitando do poder e dos benefícios que acreditam ter em seus mundos.

Além das cidades encontramos o que é chamado de Núcleos. Não constitui uma cidade organizada como conhecemos, mas se trata de um agrupamento de espíritos semelhantes. Os grupamentos maiores e mais conhecidos são os dos suicidas. Estes núcleos são encontrados nas regiões
montanhosas, nos abismos e vales. Por serem espíritos perturbados são considerados inúteis pelos habitantes do Umbral e por isto não são aceitos e nem levados para as cidades em volta. Os vales dos suicidas são muito visitados por espíritos bons e ruins. Os bons tentam resgatar aqueles que desejam sair dali por terem se arrependido com sinceridade do que fizeram. Os espíritos ruins fazem suas visitas para se divertirem, para zombarem ou para maltratarem inimigos que lá se encontram em desespero. Não é difícil imaginar um local com centenas de milhares de pessoas que cometeram suicídio, todas ali unidas, sem entender o que está acontecendo já que não estão mortas como desejariam estar.

Existem os núcleos de drogados onde também existem pequenas cidades. Existem algumas poucas cidades de drogados de porte grande no Umbral. Realizam-se grandes festas e são cidades movimentadas. Existem relatos psicografados sobre uma região de drogados chamada de Vale das Bonecas e cidades como a de Tongo que é liderada por um Rei. Para todo tipo de vício da carne existem cidades e núcleos de viciados. Por exemplo, existem cidades de alcoólatras ou de compulsivos sexuais. Todos os viciados costumam visitar o planeta Terra em bandos para sugarem as energias prazerosas dos vivos que possuem os mesmos vícios.

É comum a existência de núcleos de marginais. Locais onde estão reunidos assaltantes, assassinos, ladrões, traficantes, e outros tipos de criminosos em sintonia mútua.

Nas regiões fora das cidades e longe dos núcleos encontramos andarilhos solitários, espíritos considerados inúteis até pelos povos de cidades e núcleos do Umbral.

Grandes tempestades de chuva e raios ocorrem em todo Umbral. Tem importante função de limpar os excessos de energias negativas acumuladas no solo e no ar, tornando o ambiente menos insuportável aos seus habitantes.
As cidades, tribos e vilarejos do Umbral normalmente possuem chefes ou lideres. São pessoas inteligentes com capacidade de liderança que costumam controlar, dominar e explorar as almas que nestas cidades residem. Como pode ver não é muito diferente da vida aqui na Terra onde temos exploradores e explorados. Exercem seu controle a partir do medo, das mentiras, da escravidão, de regras rígidas e violência. Algumas sabem que estão no Umbral e sabem que trabalham pelo mal das pessoas. Seu reinado não dura muito tempo já que espíritos superiores trabalham para convencer sobre o mal que faz a si mesmo fazendo o mal aos outros. É comum que estes “chefes” desapareçam inesperadamente destas cidades por terem sido resgatados por bons Samaritanos em sua missão. Em pouco tempo uma nova liderança acaba assumindo o posto de chefe nestas cidades.

As regiões umbralinas são as que mais se parecem com a Terra. Os espíritos por estarem ainda muito atrelados a vida material, por lhe faltarem informação e conhecimento acabam vivendo suas vidas como se realmente estivessem vivos. As necessidades básicas do corpo acabam se manifestando nestes espíritos. Sofrem por sentirem dores, sono, fome, sede, desejos diversos.

No Umbral encontramos grupos de pessoas que se consideram justiceiras. Coletam espíritos desorientados em hospitais, cemitérios, e no próprio umbral. Pessoas que fizeram muito mal a outras durante a vida ou em outras vidas, e pessoas que fizeram poucos amigos e por isto não tem quem as possa ajudar. Estes espíritos sedentos de vingança e de justiça feita pelas próprias mãos conseguem aprisionar e escravizar as pessoas que capturam. Acreditam que as pessoas que estão no Umbral só estão lá por merecimento. E isto não deixa de ser verdade. Mas no lugar de ajudar estas pessoas eles a maltratam por vingança e ódio pelo mal que cometeram em quanto estavam vivas.
Somente quando estas pessoas se arrependem dos erros que cometem na Terra e esquecem os sentimentos negativos que ainda nutrem é que os espíritos mais elevados conseguem se aproximar para seu resgate.

Fonte: Mensagem espiritas